Camisa de força – A América Latina vive um momento de extrema fragilidade política, situação que se agravou sobremaneira após a morte do caudilho Hugo Chávez, o arlequim da esquerda regional que chamava para si a a responsabilidade de tomar conta do circo.
Com o vácuo de liderança deixado pelo tiranete bolivariano, que agora reencarnou em um passarinho que pousa no chapelão do “chofeur” Nicolás Maduro, muitos chefes de Estado da região começam a ultrapassar o limite do bom senso democrático para ocupar a vaga.
Não bastassem as muitas e seguidas sandices cometidas por Maduro, que há dias começou a governar a arruinada Venezuela por decreto, que começa a colocar as mangas de fora é a presidente Cristina Fernández de Kirchner, da Argentina, com suas conhecidas medidas autoritárias e o jogo sujo e rasteiro dos bastidores. Após cirurgia para retirada de um coágulo cerebral, Cristina Kirchner agora impõe aos adversários políticos situações de instabilidade, que não passa de missa encomendada.
A província de Córdoba está sob tensão devido aos muitos saques promovidos por populares (sic), enquanto o “politburo” da Casa Rosada age de maneira sórdida para desestabilizar o governador Juan Manuel de La Sota, no vácuo de uma greve de policiais. A situação em Córdoba piorou muito nas últimas horas, com o governo local trocando acusações com a equipe de Cristina Kirchner, que nos últimos tempos tem deixado à mostra a sua clara vocação para o totalitarismo.
Enquanto decidia sobre o envio de mil policiais militares a Córdoba, o núcleo duro do governo Kirchner acusava o governador Juan Manuel de La Sota de estar curtindo uma temporada de veraneio no Panamá. De La Sota, por sua vez, alega que Cristina Kirchner conspira contra o seu governo para ter o caminho livre e fincar no poder alguém de sua confiança e alinhado ideologicamente.
Com mais de 3 milhões de habitantes, a província de Córdoba está nas mãos dos criminosos, que promovem saques a lojas e bancos e assaltam pedestres sem qualquer cerimônia. Nesta quarta-feira a capital da província, que leva o mesmo nome, amanheceu sem aula nas escolas e com o comércio fechado. Com medo da violência que pode crescer com o passar das horas, a população começa a estocar alimentos e gêneros de primeira necessidade.
O envio de tropas federais contou com a resistência de alguns assessores da presidente Kirchner, que lucraria politicamente com o avanço do caos em Córdoba. A ideia de Cristina Kirchner é muito similar à do PT, que tenta comandar as grandes cidades brasileiras e para tal não mede esforços e muito menos recursos financeiros.
Para o Brasil essa crise na província de Córdoba é muito ruim, pois há no desgoverno de Dilma Vana Rousseff vários “companheiros” que são simpatizantes declarados do modelo político da argentina e da Venezuela. O que é extremamente perigoso, pois cresce de maneira preocupante a ameaça à democracia brasileira, que, diga-se de passagem, está por um fio. A própria presidente Dilma é alinhada política e ideologicamente à destrambelhada Cristina Kirchner.
As relações entre Brasil e Argentina são próximas, não apenas por questões comerciais regionais, mas também por razões políticas. Tanto é assim, que o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e o chanceler genérico da Presidência da República, o trotskista Marco Aurélio Garcia, estão em Buenos Aires, onde nesta quarta-feira reúnem-se com empresários e autoridades locais. Ora, se a questão a ser tratada pelos dois países é comercial, como explicita o cardápio da viagem de Pimentel, o que foi fazer na terra do tango o comunista Garcia? Nesse angu esquerdista tem caroço grande e vermelho!
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