30 de novembro de 2013 | 2h 20
GUSTAVO PORTO, ANTONIO DIAS, ESPECIAL PARA O ESTADO, BELO HORIZONTE - O Estado de S.Paulo
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) cobrou ontem explicações do seu colega senador Zezé Perrella (PDT-MG), após a apreensão de quase meia tonelada de cocaína no helicóptero em nome da empresa fundada pelo pedetista, que tem como sócio seu próprio filho, o deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG).
Em um rápido comentário sobre o assunto, Aécio salientou que não soube de nada que apontasse o envolvimento de Perrella na apreensão da droga com a prisão do piloto do helicóptero, o assessor parlamentar Rogério Almeida Antunes.
"Ele (Perrella) tem que explicar, mas até hoje não vi nada que o vinculasse a essa questão. Temos de lhe dar o direito de resposta e é preciso que rapidamente isso seja esclarecido", afirmou o senador tucano.
A Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Minas Gerais vai abrir procedimento para apurar o envolvimento do deputado estadual Gustavo Perrella com o caso. O helicóptero de propriedade da empresa Limeira Agropecuária foi apreendido no domingo passado em uma fazenda na zona rural de Afonso Cláudio, após transportar 445 quilos de cocaína.
Investigação. Em nota, a Assembleia informou que, além de exonerar o piloto Rogério Almeida, que fora contratado pela Casa por indicação de Gustavo Perrella, a Procuradoria-Geral acompanhará o andamento das apurações que serão feitas. Na nota, a Assembleia afirma que não serão toleradas ações que firam o decoro.
"A comissão poderá propor penalidades proporcionais ao dano causado, que podem variar de advertência e suspensão até medida mais extrema, que seria a cassação, o que a gente não deseja", disse o presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, deputado Sebastião Costa (PPS).
Ontem, o Solidariedade, partido ao qual Gustavo Perrella se é filiou há cerca de dois meses, divulgou uma nota de apoio ao deputado, dizendo que aguardará a que termine a investigação para decidir sua situação.
"O partido não tomará qualquer posição baseada unicamente nas reportagens dos jornais. Nenhuma das notícias veiculadas até o momento, nem mesmo o depoimento dos envolvidos no incidente, aponta o envolvimento do deputado estadual", diz o comunicado assinado pelo presidente da sigla, Paulo Pereira da Silva. "O parlamentar mineiro figura unicamente como proprietário da aeronave e testemunha do episódio, não sendo sequer investigado."
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