Em entrevista ao Estado, Jean François Payen diz que não há mais nada a ser feito pela sua equipe
30 de dezembro de 2013 | 10h 59
Jamil Chade - Enviado especial - O Estado de S. Paulo
GRENOBLE, FRANÇA - "Já fizemos tudo o que poderia ser feito. Agora, temos de esperar". A avaliação é do médico responsável pelo socorro à Michael Schumacher, o francês médico Jean François Payen. Ele falou ao Estado sobre a situação do piloto alemão, que na manhã deste domingo, sofreu grave acidente em uma pista de esqui e está com traumatismo craniano. Eis os principais trechos da entrevista:
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Schumacher sofre hemorragia cerebral e está em coma
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Robert Pratta/Reuters
Médico afirma que não há a necessidade de outra cirurgia
ESTADÃO: O que pode ocorrer com Schumacher diante das informações de que ele sofreu lesões cerebrais?
PAYEN: Simplesmente não podemos dizer o que pode ocorrer com Michael Schumacher. Não é que não queremos dar explicações. Não podemos.
ESTADÃO: Como ele sobreviveria a lesões cerebrais?
PAYEN: Não há como prever. Cada pessoa reage de uma forma diferente. Obviamente, por ser um atleta e estar em uma condição de saúde perfeita, isso pode ajudar. Mas não há como saber.
ESTADÃO: Está previsto uma nova cirurgia?
PAYEN: Não há nem a necessidade e nem a utilidade em uma nova intervenção.
ESTADÃO: As primeiras informações apontaram que o acidente não teria sido tão grave e que o piloto estava consciente. Como ele chegou até o senhor?
PAYEN: Já era grave desde o início. Mas a situação se deteriorou rapidamente e de uma forma incrivelmente veloz.
ESTADÃO: O tempo entre o acidente e a chegada em Grenoble pode ter prejudicado o socorro?
PAYEN: O tempo foi o correto.
ESTADÃO: Há algo que ainda possa ser feito?
PAYEN: Temos de esperar. Estamos acostumados com esses casos. Tudo que era para ser feito já foi feito. Já fizemos tudo o que poderia ser feito. Agora, temos de esperar.
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