12 de dezembro de 2013 | 17h 20
RICARDO BRITO, LEONENCIO NOSSA E TÂNIA MONTEIRO - Agência Estado
Um pequeno grupo de manifestantes protesta, na tarde desta quinta-feira, 12, na solenidade do 19º Prêmio de Direitos Humanos, com a presença da presidente Dilma Rousseff, contra as mortes cometidas por policiais em todo o País. Empunhando cartazes em que criticam os abusos cometidos pelas forças de segurança pública, o grupo entoou uma série de gritos de protesto. "Chega de alegria, a polícia mata o povo todo dia", cantaram.
O rápido ato, entretanto, foi abafado por palavras de apoio entoadas pela maioria do público. Antes do início do evento, três black blocs entraram no ambiente a solenidade, no salão do Centro Internacional de Convenções do Brasil. Um deles levantou um cartaz com os dizeres: "Não tem arrego". Em meio a vaias e aplausos, os seguranças levaram o trio para uma das laterais do local.
A presidente Dilma enfrentou ainda protesto de ativistas sociais ao chegar ao local da premiação. Ela e a ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, foram vaiadas especialmente por índios, grupos de rua e movimentos estudantis em geral. Os índios levantaram cartazes acusando o governo de "genocídio". Eles ainda gritaram "Dilma mata", reclamando das relações do governo com o agronegócio e a falta de atenção às comunidades tradicionais.
A ministra Maria do Rosário, em seu discurso, admitiu que não teve "capacidade" de convencer os "companheiros" da área indígena de se unir ao governo. Mas que a secretaria de Direitos Humanos jamais se associará a ações violentas. Ela também foi fortemente vaiada ao dizer que o governo "jamais se associará a ações violentas". Também foi vaiada ao dizer que o governo pratica democracia.
Num momento de constrangimento, Maria do Rosário chegou a comparar a experiência de Dilma durante a ditadura a lutas de Nelson Mandela contra o apartheid na África do Sul. A ministra ainda comparou Mandela a Zumbi dos Palmares e "outros" que lutaram contra a ditadura brasileira.
A solenidade de entrega da premiação ocorre em meio ao Fórum Mundial de Direitos Humanos, realizado na capital federal. O prêmio é a mais alta condecoração do governo brasileiro para pessoas e empresas que desenvolvem ações de destaque na área.
Dilma entregou o prêmio na categoria Direito à Memória e à Verdade para Zilda Paula Xavier Pereira, entre outras condecorações dadas por ela. Assim como a presidente, Zilda foi torturada durante a ditadura e atualmente busca apurar a circunstância da morte e da identificação de seus filhos. Até o momento, Dilma ainda não discursou e há uma possibilidade de ela não falar. (Ricardo Brito - ricardo.brito@estadao.com; )
Um pequeno grupo de manifestantes protesta, na tarde desta quinta-feira, 12, na solenidade do 19º Prêmio de Direitos Humanos, com a presença da presidente Dilma Rousseff, contra as mortes cometidas por policiais em todo o País. Empunhando cartazes em que criticam os abusos cometidos pelas forças de segurança pública, o grupo entoou uma série de gritos de protesto. "Chega de alegria, a polícia mata o povo todo dia", cantaram.
O rápido ato, entretanto, foi abafado por palavras de apoio entoadas pela maioria do público. Antes do início do evento, três black blocs entraram no ambiente a solenidade, no salão do Centro Internacional de Convenções do Brasil. Um deles levantou um cartaz com os dizeres: "Não tem arrego". Em meio a vaias e aplausos, os seguranças levaram o trio para uma das laterais do local.
A presidente Dilma enfrentou ainda protesto de ativistas sociais ao chegar ao local da premiação. Ela e a ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, foram vaiadas especialmente por índios, grupos de rua e movimentos estudantis em geral. Os índios levantaram cartazes acusando o governo de "genocídio". Eles ainda gritaram "Dilma mata", reclamando das relações do governo com o agronegócio e a falta de atenção às comunidades tradicionais.
A ministra Maria do Rosário, em seu discurso, admitiu que não teve "capacidade" de convencer os "companheiros" da área indígena de se unir ao governo. Mas que a secretaria de Direitos Humanos jamais se associará a ações violentas. Ela também foi fortemente vaiada ao dizer que o governo "jamais se associará a ações violentas". Também foi vaiada ao dizer que o governo pratica democracia.
Num momento de constrangimento, Maria do Rosário chegou a comparar a experiência de Dilma durante a ditadura a lutas de Nelson Mandela contra o apartheid na África do Sul. A ministra ainda comparou Mandela a Zumbi dos Palmares e "outros" que lutaram contra a ditadura brasileira.
A solenidade de entrega da premiação ocorre em meio ao Fórum Mundial de Direitos Humanos, realizado na capital federal. O prêmio é a mais alta condecoração do governo brasileiro para pessoas e empresas que desenvolvem ações de destaque na área.
Dilma entregou o prêmio na categoria Direito à Memória e à Verdade para Zilda Paula Xavier Pereira, entre outras condecorações dadas por ela. Assim como a presidente, Zilda foi torturada durante a ditadura e atualmente busca apurar a circunstância da morte e da identificação de seus filhos. Até o momento, Dilma ainda não discursou e há uma possibilidade de ela não falar. (Ricardo Brito - ricardo.brito@estadao.com; )
Nenhum comentário:
Postar um comentário