As pessoas eram de uma mesma família e foram soterradas após a casa ser atingida pelo deslizamento de um barranco, na zona rural de Sardoá
18 de dezembro de 2013 | 2h 06
Marcelo Portela - O Estado de S.Paulo - Atualizado às 9h30 do dia 18/12
BELO HORIZONTE - Cinco pessoas de uma mesma família morreram soterradas nessa terça-feira, 17, dentro da casa onde viviam e uma criança estava desaparecida até a manhã desta quarta, após a residência ser atingida pelo deslizamento de um barranco, na zona rural de Sardoá, no Vale do Rio Doce, a 70 km de Governador Valadares, em Minas Gerais.
Segundo a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, os corpos de três crianças, um homem e de uma mulher já haviam sido retirados do local durante a tarde de terça. Leandro de Souza Batista, de 7 anos, é procurado pelas equipes de resgate.
Com esse caso, chega a seis o número de mortes confirmadas pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) em Minas desde o início do período chuvoso, em outubro.
As outras mortes, segundo a Cedec, foram as de Romário Rocha Cazarim, de 22 anos, atingido por um raio na zona rural de Astolfo Dutra, na Zona da Mata mineira, em 4 de outubro, e de Victória Carolina Moreira, de 12 anos, vítima de um deslizamento de terra no último dia 6, em Caratinga, também no Vale do Rio Doce.
Ontem, de acordo com os bombeiros, o deslizamento ocorreu pela manhã, depois de a região ser atingida por fortes temporais ao longo dos últimos três dias.
Segundo o governo mineiro, 15 militares de Belo Horizonte, especializados em soterramentos, seguiram para Sardoá. Mas eles tiveram de fazer o percurso de cerca de 330 quilômetros por terra, pois, justamente por causa da chuva, não havia teto para pousos na área.
Além deles e de bombeiros de Governador Valadares, integrantes da Cedec, policiais civis e policiais militares de Sardoá formaram uma força-tarefa para atender a ocorrência. Mas a chuva não deu trégua e, durante a tarde, os trabalhos tiveram de ser interrompidos por causa da possibilidade de novos deslizamentos no local. Segundo o Corpo de Bombeiros, a terra continuou descendo da encosta e havia risco para as equipes envolvidas no resgate.
O governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), divulgou nota de condolências pelas mortes e prometeu "realizar a devida apuração das circunstâncias do acidente e prestar a assistência necessária às famílias envolvidas".
Outros casos. Na Bahia, 16 pessoas morreram e 70 casas foram destruídas pela chuva no último dia 7, em Lajedinho, na Chapada Diamantina, a 350 km de Salvador. Carros foram arrastados e as ruas ficaram cheias de lama e entulho. No Rio, as chuvas já provocaram pelo menos quatro mortes na semana passada.
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