sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Mujica se enfurece após ONU chamar Uruguai de "pirata" por maconha





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DE SÃO PAULO
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O presidente do Uruguai, José Mujica, reagiu furiosamente na noite de quinta-feira às declarações do chefe da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes, Raymond Yans. O órgão da ONU havia condenado horas antes o país pela legalização da venda e do cultivo da maconha.
Em entrevista à agência de notícias Efe, Yans considerou que a decisão de Montevidéu havia sido parecida à de "piratas", pelo fato de que o país sul-americano liberou a droga sem deixar a Convenção Única sobre Entorpecentes, que só permite a legalização para fins médicos e científicos.
Felix Lima - 26.nov.2013/Folhapress
Mujica, em entrevista à Folha; presidente se enfureceu após chefe de órgão da ONU chamar país de 'pirata' por legalizar maconha
Mujica, em entrevista à Folha; presidente se enfureceu após chefe de órgão da ONU chamar país de 'pirata' por legalizar maconha
"O que o Uruguai fez foi uma visão própria de piratas. Esperamos que as altas autoridades entendam que isso é um erro, que esse não é o caminho correto para tratar de assuntos relacionados ao controle de drogas", disse, criticando também a negativa de Montevidéu em realizar uma reunião com representantes do órgão.
As críticas de Yans provocaram uma reação furiosa de Mujica. Em entrevista horas depois, ele negou que tenha rejeitado uma reunião e criticou a acusação de pirata. O presidente também acusou o representante de fazer um discurso mais duro com o Uruguai, em comparação com outros países.
"Digam a esse velho que não minta, qualquer pessoa na rua se reúne comigo. Que venha ao Uruguai e se reúna comigo quando quiser, que não fale para a arquibancada. Porque está em um posto de pedestal ele acha que pode dizer qualquer besteira", afirmou.
Editoria de Arte/Folhapress
"Que ele venha, mas vai ter que esclarecer o que acontece em um montão de Estados americanos, onde cada um deles, só com a capital, superam a população uruguaia. Ou eles têm dois discursos, um para o Uruguai e outro para os que são fortes?", disse, a respeito da liberação nos Estados de Washington e do Colorado.
O país sul-americano, de 3,3 milhões de habitantes, se tornou o primeiro no mundo a legalizar a produção e a venda de maconha, uma iniciativa considerada pelo governo como um experimento para enfrentar o narcotráfico.
A iniciativa foi considerada a solução por Montevidéu para o fracasso nas políticas repressivas do tráfico de drogas, que deixam milhares de mortos na América Latina. Além da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes, o Departamento de Estado americano criticou a decisão uruguaia.
"Depende do povo uruguaio decidir que políticas sobre as drogas são as mais apropriadas para o país. Como qualquer país, o Uruguai tem a obrigação de cumprir com seus 

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