Por Jamil Chade, no Estadão:
O Uruguai está violando acordos internacionais com a adoção de uma novas política em relação a maconha. O alerta partiu da agência da ONU responsável pelo cumprimento de tratados sobre drogas, com sede em Viena, que qualifica a nova diretriz do governo de José Mujica como “ilegal”. Em comunicado, a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (INCB, na sigla inglês) ataca a posição do governo uruguaio, lamenta a decisão e alerta que Montevidéu não levou em consideração as consequências negativas que a medida terá para o restante da sociedade. Para a ONU, a criação do primeiro mercado mundial de cultivo e venda de maconha mantido pelo Estado “contribui para o vício precoce”.
O Uruguai está violando acordos internacionais com a adoção de uma novas política em relação a maconha. O alerta partiu da agência da ONU responsável pelo cumprimento de tratados sobre drogas, com sede em Viena, que qualifica a nova diretriz do governo de José Mujica como “ilegal”. Em comunicado, a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (INCB, na sigla inglês) ataca a posição do governo uruguaio, lamenta a decisão e alerta que Montevidéu não levou em consideração as consequências negativas que a medida terá para o restante da sociedade. Para a ONU, a criação do primeiro mercado mundial de cultivo e venda de maconha mantido pelo Estado “contribui para o vício precoce”.
O chefe da INCB, Raymond Yans, declarou-se “surpreso” diante da decisão uruguaia de “quebrar um tratado acordado universalmente e endossado internacionalmente”. O acordo em questão seria de 1961 e foi assinado por mais de 150 países, entre eles o Uruguai. A convenção exige que os Estados limitem o uso da maconha para objetivos científicos e médicos. Para Yans, o país também ignora estudos científicos que “confirmam que a maconha vicia, com sérias consequências para a saúde das pessoas”. “A maconha não tem apenas o risco de dependência, mas também afeta funções fundamentais do cérebro, no potencial de QI, desempenho acadêmico e no trabalho”, afirmou o chefe da entidade. “Fumar maconha é mais cancerígeno que cigarro.”
A entidade ainda questiona o argumento de que a nova lei ajudará a reduzir crimes, alertando que são “alegações precárias e sem substância”. Yans reforçou que a medida não irá proteger os jovens, mas sim “causar um efeito perverso de encorajar muitos a experimentarem a droga cada vez mais cedo”.
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