Diretriz elaborada nos Estados Unidos muda regras estabelecidas há mais de 30 anos para pacientes com mais de 60 anos
Segundo nova determinação, menos pessoas acima de 60 anos vão precisar de remédio para tratar hipertensão(Thinkstock)
Uma nova cartilha publicada nesta quarta-feira no periódico The Journal of the American Medical Association (Jama) sugere que milhões de pessoas ao redor do mundo devem reduzir a quantidade de remédio para controlar a pressão alta.
Segundo as novas diretrizes, que levaram cinco anos para ser elaboradas, pessoas com mais de 60 anos podem atingir 15 como limite de pressão sistólica (máxima), antes de iniciar um tratamento para reduzi-la. O limite para a diastólica (mínima) permanece 9. Nos últimos trinta anos, médicos preconizam como saudável uma pressão arterial inferior a 14 por 9.
A pressão sistólica mede a força que o coração imprime sobre a parede das artérias. Já a diastólica calcula o momento em que o órgão relaxa e se enche de sangue.
A hipertensão é uma doença que pode causar ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, insuficiência renal e morte, se não for tratada adequadamente. "Esse estudo se baseou em evidências para recomendar limites rigorosos de tratamento, metas e medicamentos para hipertensão em adultos", informa o artigo, elaborado por dezessete especialistas.
Segundo Paul James, coautor da cartilha e chefe do departamento de medicina familiar da Faculdade de Medicina Carver, da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, estudo clínicos mostraram que critérios mais rígidos não se revertiam em vantagens para os pacientes. "Nós realmente não pudemos ver benefícios em reduzir a pressão para menos de 15 em pessoas acima de 60 anos. Ficou muito claro que 15 era o melhor número", diz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário