quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Pesquisa mostra que presença de Joaquim Barbosa na eleição presidencial garantiria 2º turno







joaquim_barbosa_26Embaralhando o jogo – Uma nova pesquisa nacional de intenção de voto produzida pelo Instituto Paraná Pesquisa para o jornal Gazeta do Povo, divulgada nesta terça-feira (10), mostra o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, em terceiro lugar em um cenário com Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). A presença de Barbosa na disputa garantiria a realização de segundo turno, situação que no cenário mais provável (Dilma, Aécio e Eduardo Campos) não é garantida, pelo menos por enquanto. Barbosa teria 15,6% e estaria a apenas dois pontos do tucano Aécio Neves.
De acordo com a Paraná Pesquisa, que ouviu neste mês eleitores de 158 municípios brasileiros, no cenário mais provável para 2014, com Dilma concorrendo com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a presidente teria 47,2% das intenções de voto. Somados, Aécio e Campos, teriam 31,8%.
Joaquim Barbosa tem evitado falar sobre o assunto, mas é sabido que sua aposentadoria acontecerá antes de completar a idade limite estabelecida pelo Supremo Tribunal Federal, que é de 70 anos. Por pertencer ao Poder Judiciário, Barbosa tem a prerrogativa de se filiar apenas seis antes meses da eleição. A legislação eleitoral prevê como data limite para filiação e mudança de partidos doze meses antes da realização do primeiro turno da eleição.
Dono de temperamento reconhecidamente difícil e intransigente na aplicação da lei, Joaquim Barbosa tem sido alvo de seguidos ataques por parte do Partido dos Trabalhadores, que ainda luta para minimizar os efeitos das prisões dos mensaleiros da legenda, José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, todos petistas históricos e que durante a última década abusaram da galhofa quando o assunto era o Mensalão do PT.
Barbosa tem resistido bravamente às críticas, mas alguns descontentes com sua atuação à frente do STF têm se valido do crime da discriminação racial para atacar o magistrado, apenas porque marginais da política nacional agora são obrigados a contemplar o nascer do astro-rei de forma geometricamente distinto. No Supremo, Joaquim Barbosa tem rivalizado de maneira quase sequencial com o também ministro Ricardo Lewandowski, que tem ligações umbilicais com o PT.
A eventual participação de Barbosa na eleição presidencial do próximo ano pode se transformar em um enorme problema para a presidente Dilma Rousseff. Por conta disso, os ataques ao presidente do STF devem aumentar em número e intensidade daqui para frente.
  
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