| 16 Agosto 2013
Internacional - Estados Unidos
Internacional - Estados Unidos
O
filho de um líder da Irmandade Muçulmana no Egito que está preso afirma
que seu pai tem evidência que irá colocar o presidente Obama na prisão.
A
afirmação chegou num momento em que o governo de Obama, com a
assistência dos senadores John McCain, (R-Ariz) e Lindsey Graham, (R
-S.C.), e o envolvimento descarado do homem número 2 no Departamento de
Estado dos EUA, fez um esforço conjunto para libertar líderes da
Irmandade Muçulmana no Egito.
Em
uma entrevista para a agência de notícias Anatolia na Turquia, Saad
Al-Shater, o filho do líder encarcerado da Irmandade Muçulmana Khairat
Al-Shater, disse que seu pai “tem em mãos” evidência que irá colocar
Obama na prisão.
Em
uma pequena ameaça velada, Saad Al-Shater disse que uma delegação dos
EUA foi enviada ao Cairo por Obama para pressionar as autoridades a
libertarem os líderes encarcerados da Irmandade Muçulmana, incluindo seu
pai a fim de impedir a divulgação de informações explosivas.
Fluente
em árabe e ex-membro da Organização para a Libertação da Palestina,
Walid Shoebat traduziu o informe da agência de notícias Anatolia
conforme abaixo:
Em
uma entrevista para a agência de notícias Anatolia, Saad Al-Shater, o
filho de um líder da Irmandade Muçulmana (o preso Khairat Al-Shater),
disse que seu pai tem em mãos evidência que irá colocar o presidente dos
Estados Unidos da América, o presidente Obama, na prisão. Ele ressaltou
que a delegação de alto nível dos EUA atualmente visitando o Egito sabe
muito bem que o destino, futuro, interesses e reputação do seu país
está nas mãos de seu pai, e eles sabem que ele possui as informações,
documentos e gravações que incriminariam e condenariam seu país. Tais
documentos, ele diz, foram colocados em mãos de pessoas de confiança
dentro e fora do Egito, e que a libertação de seu pai é a única forma de
impedir uma grande catástrofe. Ele declarou que um alerta foi enviado
ameaçando mostrar como o governo dos EUA está ligado. As provas foram
enviadas através de intermediários, que os levou a mudar de atitude e
corrigir sua posição, e que eles têm tomado medidas sérias para provar
boa-fé. Saad disse ainda que a segurança de seu pai é mais importante
para os americanos do que é a segurança de Mohamed Mursi.
Escrevendo em seu blog,
Shoebat notou que seis diferentes fontes árabes confirmaram a
entrevista com Saad Al-Shater e o relatório das alegações de Al-Shater.
Shoebat
disse que a entrevista com Saad Al-Shater foi em 7 de agosto, fazendo
provavelmente com que a referência à “delegação de alto nível dos EUA
atualmente visitando o Egito” fosse sobre a viagem de McCain, Graham e o
vice-secretário de Estado dos EUA, William Burns
No
dia 6 de agosto, com o vice-presidente interino egípcio Mohamed El
Baradei, o ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica
da ONU, McCain e Graham chamaram Khairat Al-Shater e outros líderes
presos da Irmandade Muçulmana de “presos políticos”. Eles disseram aos
repórteres no Cairo que não libertar os prisioneiros da Irmandade
Muçulmana seria “um erro enorme”.
O
presidente interino do Egito, Mansour Adly, rejeitou o pedido da
delegação dos EUA, dizendo aos repórteres no Cairo que se tratava de uma
“interferência inaceitável na política interna”.
No
dia 6 de agosto, a Associated Press informou que o governo egípcio
planeja processar Khairat Al-Shater e os outros líderes da Irmandade
Muçulmana presos sob a acusação de incitar a violência em dezembro
passado, quando os membros da Irmandade Muçulmana atacaram manifestantes
sentados fora do escritório do então presidente Mohamed Mursi,
resultando na morte de 10 pessoas.
A
ABC News informou que Burns viajou separadamente na noite de domingo, 4
de agosto, para a notória prisão de Tora, no centro do Cairo, para se
reunir com Khairat Al-Shater, apesar das alegações da Irmandade
Muçulmana de que Al-Shater se recusou a se reunir com ele.
No
dia 6 de agosto em uma entrevista para a CNN, no Egito, McCain
mencionou o preso Khairat Al-Shater, conhecido abertamente como líder da
Irmandade Muçulmana, quando perguntado sobre indivíduos que poderiam
negociar com sucesso um futuro governo egípcio.
Os
senadores criaram polêmica em uma conferência de imprensa no Cairo
transmitida pela Al Jazeera, quando McCain chamou a expulsão de Morsi em
3 de julho de um “golpe”, uma palavra que o governo Obama tem resistido
usar.
Shoebat
publicou evidência documentando que Khairat Al-Shater tem sido
implicado no tráfico de armas através do Sinai e para dentro de Gaza bem
como negociando libertações de prisioneiros em troca de terroristas.
O
ex-jurista americano Joseph diGenova, representante legal para o
denunciante do caso Benghazi, Mark Thompson, afirmou nesta semana que
autoridades dos serviços de inteligência com conhecimento do ataque ao
consulado em Benghazi acreditam que o ataque estava ligado a 400 mísseis
terra-ar destinados aos rebeldes sírios que as autoridades
norte-americanas temiam que poderiam ser utilizados para abater um avião
ou atacar uma embaixada dos EUA.
Duas semanas após o ataque a Benghazi, o WND foi o primeiro a informar
fontes afirmando que o complexo de Benghazi era um centro de
inteligência e planejamento da CIA usado para recrutar e armar rebeldes
islâmicos para lutar contra o presidente sírio Bashar al-Assad.
Tradução: Eliseu P. L. J.
Do WND: Muslim Brotherhood claim: We’ve got “goods on Obama”
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