Hugo Bispo - Diario de Pernambuco
Publicação: 20/08/2013 12:44 Atualização: 20/08/2013 16:05
A %u201COperação Oriente 2%u201D, deflagrada pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, em parceria com a Secretaria da Fazenda em Pernambuco e a Receita Federal, apreendeu documentos, mercadorias e um cofre em posse de comerciantes chineses que moram em dois apartamentos no Edifício Píer Duarte Coelho. Foto: Alcione Ferreira/DP/D.A Press |
As apurações da polícia começaram no dia 27 de maio, quando o chinês Chen Mingyong foi esfaqueado por seis compatriotas no mercado de São José. O inquérito, que inicialmente se restringia à tentativa de homicídio, acabou se expandindo, uma vez que a polícia averiguou que o crime fora motivado porque Chen se recusou a aderir a um esquema de monopólio estabelecido ilegalmente no comércio do Centro do Recife.
“Há um grupo de distribuidores chineses no Recife que obriga os comerciantes chineses a comprar produtos apenas de um fornecedor e com o preço tabelado”, disse o delegado Joselito Kehrle. Ele conta que o caso também levou a Polícia e a Fazenda a investigar se essas mercadorias comercializadas pelos chineses eram contrabandeadas ou não. Até agora, o único crime comprovado é a tentativa de homicídio, para o qual foram expedidos seis mandados de prisão, um para cada chinês envolvido no crime.
Kehrle suspeita, porém, que nenhum dos seis esteja no Recife no momento. Além disso, estão sendo cumpridos hoje nove mandados de busca e apreensão nas residências de alguns comerciantes chineses que adquirem produtos desses distribuidores acusados de praticarem monopólio ilegal. Os mandados foram cumpridos em dois apartamentos no Edifício Píer Duarte Coelho, uma das “torres gêmeas” do bairro de São José, e também em depósitos e nos próprios estabelecimentos comerciais.
Até o final da manhã, cinco mandados já tinham sido cumpridos e nove chineses haviam sido encaminhados para a sede da Coordenação de Operações e Recursos Especiais da Polícia Civil (Core), sendo um adolescente e um bebê. De lá, eles devem ser encaminhados à Polícia Federal, que vai conferir se eles têm ou não visto legal de permanência no Brasil. Foram apreendidos uma série de documentos, computadores e dois cofres.
A polícia também apreendeu uma série de mercadorias dos estabelecimentos comerciais. Caso se comprove que elas são contrabandeadas ou pirateadas, os donos do comércio serão presos em flagrante. Para averiguar a existência do monopólio forçado de mercadorias, os comerciantes chineses irão prestar depoimento sobre a denúncia.
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