quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O OFÍCIO DO PT (2)






L. Teles Bezerra


A generosa e oportuna "oferta de emprego" (com carteira profissional previamente assinada) ao presidiário federal da Papuda, Zé Dirceu, me chamou muito a atenção pelo volumoso salário que ele receberia no Hotel Saint Peter, em Brasília. Seriam R$ 20 mil para a função de gerente administrativo de um hotel cuja propriedade seria do empresário Paulo Masci de Abreu. Mas, a Globo descobriu outra realidade: a verdadeira dona do hotel é a Truston Internacional Incorporation, sediada na Cidade do Panamá. O jornalismo investigativo da rede Globo de Televisão descobriu algo muito mais curioso, para dizer o mínimo: o “proprietário” dessa empresa é um  auxiliar de escritório que trabalha numa banca de advogados na capital panamenha. Até a noite dessa terça-feira imaginava-se que o proprietário do Hotel Saint Peter fosse o empresário Paulo Masci de Abreu.

Depois da reportagem da Globo, uma nova realidade foi constatada; a “participação” de Masci na sociedade hoteleira não passa de R$ 1. Isso mesmo, a cota de Paulo Masci de Abreu no capital do Hotel Saint Peter é de UM REAL!! O repórter Vladimir Netto da Globo mostrou que a verdadeira dona do hotel é a Truston Internacional Inc. que participa do capital com R$ 499 mil e que tem como “presidente” o auxiliar de escritório José Eugenio Silva Ritter, tão pobre quanto qualquer contínuo brasileiro. Esse personagem também fez parte do escândalo envolvendo o presidente do Equador, Rafael Correa, (outro bolivariano) em 2009, que fechou contrato com uma construtora, a COSURCA, em valores superiores a US$ 150 milhões, cujo proprietário é o irmão do presidente equatoriano, Fabrício Correa, que não aparecia no contrato como dono da empresa contratada. Depois que se descobriu a verdade sobre a maracutaia, Rafael Correa anulou o contrato e afastou-se do irmão vigarista. A Procuradoria do Equador futucou ali, futucou acolá e descobriu que a acionista majoritária da Cosurca (a construtora de "propriedade" do irmão de Correa) era a firma panamenha Internacional Energy Overseas Corporation (IEOC).

Da mesma maneira que o Hotel Saint Peter, cuja proprietária é a Truston Internacional Incorporation, a IEOC também está inscrita no Registro Público do Panamá em nome de José Eugenio Silva Ritter, o auxiliar de escritório milagroso. Não resta nenhuma dúvida de que tudo isso faz parte de uma grande máfia bolivariana internacional, da qual faz parte ativa o Partido dos Trabalhadores com todas as suas estrelas de alta fulguração. Diz o blog de Josias de Souza que: “Ao lado do “laranja” José Ritter, aparece na papelada da IEOC o nome de Dianeth Isabel Matos de Ospino. Na inscrição panamenha da Truston, pseudocontroladora do hotel que empregou Dirceu, também está anotado o nome de uma Dianeth Ospino, identificada como “secretária”. As conclusões da Procuradoria do Equador foram expostas numa reportagem de junho de 2010, veiculada no diário  El Comercio. Verificou-se que a IEOC tinha como verdadeiro acionista majoritário outra firma panamenha chamada Megamaq, que por sua vez era controlada pela equatoriana Helptec, de "propriedade" (novamente) de Fabricio Correa. Para os investigadores, o irmão do presidente promovera uma simulação societária para burlar a lei que o proibia de firmar contratos com o governo.”

Parece que isso explica muito bem a oferta generosíssima de emprego ao ladrão do mensalão José Dirceu, petista de quatro costados, o mais são especulações, ou eu estou errado? Se o MPF e a PF quiserem, toda essa imundice será desvendada em muito pouco tempo, pois tudo não passa de uma muito bem orquestrada trama societária para os desígnios do Foro de São Paulo e suas realizações na 'América Latrina', do qual é testa de ferro Luiz Inácio Lula da Silva... se o ministro da Justiça permitir, claro!

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