sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Nem protegida pelos milicos Dilma vai à cerimônia de entrega do pré-sal aos chineses.





coronel leaks
A presidente Dilma Rousseff convocou o Exército, a pedido do governo do Rio, para garantir a realização do primeiro leilão do pré-sal, do campo de Libra, na bacia de Santos, na próxima segunda.
 
A partir de domingo, parte do bairro da Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, onde ocorrerá o leilão, terá a segurança controlada por militares. Petroleiros da Petrobras, que iniciaram ontem uma greve por tempo indeterminado contra o leilão, prometem levar "pelo menos mil" pessoas para a porta do hotel para impedir a venda. Acampados em frente à sede da empresa, eles fizeram ontem uma manifestação que reuniu cerca de 100 pessoas, segundo a PM, e 300, na avaliação dos sindicalistas. Pelo menos 15 plataformas na bacia de Campos pararam a produção, segundo a FUP (Federação Única dos Petroleiros), o que não foi comentado pela Petrobras.
 
Não há previsão de que Dilma participe do leilão de Libra, por temor às manifestações. Sindicalistas acusam a presidente de privatizar uma riqueza do país. "É obrigação nossa fazer esquema de segurança para todas as rodadas de licitação. Estamos em um período de manifestações no Rio. A manifestação pacifica dos professores acabou em vandalismo. Eu posso bobear?", disse a diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Magda Chambriard.
 
A mobilização contará com 1.100 homens do Exército, das polícias Federal, Rodoviária Federal, da Força Nacional, além de agentes das polícias Civil e Militar do Rio. O planejamento será definido hoje e o efetivo ainda pode aumentar. Será publicado no "Diário Oficial" da União o decreto presidencial convocando a chamada GLO (Garantia da Lei e da Ordem) dando ao Exército, naquela região, o poder de polícia de forma "episódica e temporária".
 
A participação das forças federais começou a se definir na segunda em uma conversa entre o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame. Para o secretário, a PM vem enfrentando manifestações nos últimos 90 dias e está exausta devido aos protestos.
 
AÇÃO POPULAR
 
Ontem à noite, o ex-diretor de gás e energia da Petrobras Ildo Sauer e o advogado Fábio Konder Comparato protocolaram na Justiça Federal, em São Paulo, uma ação popular pedindo a suspensão do leilão. Eles defendem que o campo de Libra seja repassado à Petrobras. Segundo Sauer, atualmente professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP, o leilão tem "ilegalidades flagrantes", que não quis especificar, e contraria os interesses nacionais ao "seguir a política energética dos EUA e da China", para quem o objetivo é "a produção rápida para reduzir o preço". "Para um país que pretende ser exportador, como é o caso do Brasil, interessa controlar o ritmo da produção e manter o preço elevado", diz a introdução da ação popular.

Nenhum comentário:

Postar um comentário