sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Financial Times revela para o mundo o que boa parte da imprensa daqui mente para os brasileiros.



coronel leaks
Financial Times revela para o mundo o que boa parte da imprensa daqui mente para os brasileiros.

Da esquerda para a direita: Renato Darros, diretor da PPSA; ministro Edison Lobão (Minas e Energia); Oswaldo Pedrosa, presidente da estatal do pré-sal e Antonio Silva e Edson Nakagawa, também diretores da PPSA Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo
O resultado do leilão do pré-sal, realizado na última segunda-feira, voltou a ser destaque na imprensa europeia. Em artigo publicado na edição desta sexta-feira do jornal britânico Financial Times, o chefe da sucursal brasileira, Joe Leahy, questiona o comportamento do governo ao comemorar o resultado de um leilão que teve apenas um concorrente. "Algo está errado com a formulação das políticas no Brasil", diz o texto, que classifica o resultado da oferta como "medíocre".
 
Com o título "Por que políticos brasileiros enalteceram o leilão com um lance", Leahy ressalta que o mais preocupante é a satisfação com um "leilão que não foi um leilão", em suas palavras, e que isso poderia estar escondendo, na verdade, sua decepção com o pleito. "O governo está aliviado com o resultado medíocre", diz o texto. Leahy justifica que, com mais concorrência, o resultado, até mesmo para o próprio governo, teria sido melhor. Para ele, a situação de proposta única pode ter prejudicado a Petrobras, cujas finanças estão não estão boas, e que, por isso, não puderam ser mais "generosos" com o governo.
 
O artigo ainda compara o leilão de Libra com outros fenômenos conflitantes da economia brasileira. "De fato, tais resultados são cada vez mais comuns com o governo fazendo malabarismos com tantos objetivos conflitantes. Ele está tentando reduzir a inflação enquanto enfraquece a taxa de câmbio. Está aumentando o gasto público enquanto aumenta as taxas de juros. E, na indústria do petróleo, tenta aumentar a participação do estado ao mesmo tempo em que tenta atrair o setor privado. Até o governo já não parece tão certo sobre o que realmente está tentando conseguir", diz o texto. (VEJA)

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