quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Em novo protesto, MTST tenta invadir prefeitura e quebra vidraça




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GUSTAVO MIRANDA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
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Atualizado às 11h43.
Cerca de 300 integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), segundo estimativa da PM, fazem na manhã desta quinta-feira (17) um protesto na porta da prefeitura, no viaduto do Chá (região central de SP). Parte do grupo tentou invadir o prédio da administração municipal e chegou a quebrar uma vidraça.
Os manifestantes se reuniram no Theatro Municipal, no centro da capital. De lá, seguiram em passeata até a porta da prefeitura. O protesto acontece dois dias depois de uma manifestação promovida pelo MTST ter quase terminado com a invasão da Câmara Municipal de São Paulo.

Protesto do MTST em São Paulo

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Moacyr Lopes Junior/Folhapress
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Manifestantes em frente a prefeitura, no centro de São Paulo; vidraças foram quebradas no prédio
Na terça-feira, eles se reuniram com autoridades municipais e prometeram novas ocupações em terrenos da cidade.
Os manifestantes, que fazem parte do movimento das ocupações Faixa de Gaza, em Paraisópolis, e Dona Deda, no Parque Ipê, na zona sul da cidade, pedem a manutenção e ampliação das Zeis (Zonas Especiais de Interesse Social), expansão de habitações de interesse social em outras áreas da cidade e a mudança na maneira como a prefeitura age nas ações de despejo em terrenos públicos ocupados.
Segundo Guilherme Boulos, membro da coordenação nacional do MTST, a prefeitura promove despejos em terrenos municipais com ações da GCM (Guarda Civil Metropolitana) e sem pedir reintegração de posse à Justiça.
TENSÃO NA TERÇA
Na terça-feira (15), o ato teve momentos de tensão, quando os manifestantes tentaram invadir a Câmara dos Vereadores. A GCM usou gás de pimenta e cassetetes para impedir que o grupo ultrapassasse um bloqueio feito com tapumes no Palácio Anchieta - uma das faixas do viaduto Maria Paula chegou a ficar bloqueada por mais de uma hora.
Houve um princípio de confusão, no momento em que pessoas que estavam no prédio do legislativo paulistano jogaram objetos nos manifestantes. Eles revidaram. Segundo a Polícia Militar, a manifestação daquele dia reuniu 400 pessoas --os organizadores falaram em mil participantes.
Uma comissão formada por 12 integrantes do MTST foi recebida pelo presidente do legislativo paulistano, José Américo (PT). Para ele, os manifestantes entregaram um documento com sete propostas --a principal era a agilização da votação do Plano Diretor da cidade, enviado aos vereadores há três semanas pelo prefeito Fernando Haddad (PT).
Na sequência, os sem-teto foram recebidos na prefeitura. Lá, eles esperavam reforçar o pedido sobre as ações da GCM nos despejos em terrenos públicos.
O grupo foi recebido pelo secretário-adjunto de Relações Governamentais, José Pivatto. A prefeitura afirmou que encaminharia as pautas do MTST para a secretaria de Habitação, que é o órgão que deve analisar a viabilidade dos pedidos.

Protesto por moradia em São Paulo

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Fabio Braga/Folhapress
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Manifestantes do MTST protestam em frente à prefeitura de São Paulo Leia mais

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