BLOG DO CORONEL
O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), chamou, há pouco, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de "canalha" ao se referir
ao mensalão, durante a convenção tucana que confirmou o senador Aécio
Neves (MG) na direção do partido. "Nunca antes neste País foi tão
difícil ser oposição ao maior canalha deste país", afirmou em seu
discurso.
Perillo usou o termo várias vezes, afirmando ter avisado Lula
do esquema de pagamento de mesada a parlamentares em troca de apoio ao
governo do Congresso Nacional. "Um dia tiver coragem de alertar a este
canalha que no governo dele havia mesada pra comprar deputados e desde
então fui escolhido ao lado de Artur Virgílio, José Agripino, Tarso
Genro, como seus adversários maiores."
O governador ressaltou sua "solidariedade" a Aécio na
campanha de 2014 e pregou a união da sigla. "Vamos provar para o Brasil
que somos capazes, que somos competentes, que temos espirito publico,
que sabemos administrar o dinheiro público e parcimônia."
Apoios. Com um discurso crítico ao governo, o
presidente do Democratas, o senador José Agripino (RN), exaltou o
governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e disse que o PT
colocou "as garras de fora" quando assumiu o Palácio do Planalto.
"Enquanto fizeram o que nós fazíamos, levaram o Brasil para frente.
Quando sentaram na cadeira e colocaram as garras de fora, imundiçaram-se
na corrupção do mensalão que o Brasil, hoje, renega."
Durante seu discurso na convenção, Agripino disse se sentir
em casa apoiando o PSDB. O senador avaliou que os 10 anos de governo do
PT, "trouxeram de volta a inflação, trocaram a dívida externa barata
para R$ 2 trilhões de dívida interna, por incompetência pura".
O presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP),
destacou o apoio do partido ao tucano Aécio Neves. "Podemos estar juntos
de Aécio, estivemos juntos lá em Minas e estaremos em 2014 sem nenhuma
dúvida." Freire disse esperar "tempos difíceis" na corrida eleitoral,
lembrando a articulação do Palácio do Planalto para aprovar na Câmara
dos Deputados, o projeto de lei que asfixia novos partidos ao restringir
o acesso a tempo de televisão e ao Fundo Partidário. "Vamos enfrentar
tempos difíceis de um governo que, por não respeitar a liberdade, vai
usar instrumentos para fazer a eleição com cartas marcadas."
Ele exaltou, ainda, a necessidade de fazer oposição ao
governo do PT. "Entendo que é fundamental para o Brasil, não apenas se
autoreferenciar como esquerda, mas ser esquerda democrática que se
referecia com a democracia republicana. É isso que o PSDB tem como
desafio, enfrentar aqueles que não respeitam a democracia e as
instituições republicanas." (Estadão)
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