quinta-feira, 30 de maio de 2013

DOIS ASSASSINATOS E A JUSTIÇA JÁ QUER SOLTAR O ASSASSINO Juíza decide que assassino de cartunista terá que passar por nova avaliação

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REYNALDO TUROLLO JR.
DE SÃO PAULO

Cerca de um mês após dizer que Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, 27, já estava apto a sair da clínica psiquiátrica, a juíza que acompanha o processo decidiu agora que o assassino do cartunista Glauco Vilas Boas e do filho dele, Raoni, passará pela avaliação de uma junta médica, que dirá se ele deve ser liberado.
A juíza Telma Aparecida Alves poderia se basear nos laudos dos médicos que atendem Cadu na clínica em que ele está internado para liberá-lo, mas optou por solicitar uma nova avaliação.
No mês passado, ela havia afirmado à Folha que a liberação de Cadu era "um fato" com respaldo médico, pois ele havia apresentado "evolução positiva" no tratamento psiquiátrico.
A Justiça goiana não informou quando os novos exames serão realizados. A data não será divulgada, afirmou o tribunal, para a proteção de Cadu.
Marcos Labanca-15.mar.10/Folhapress
Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, ao ser preso no Paraná
Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, ao ser preso no Paraná
A viúva de Glauco, morto há pouco mais de três anos, disse à Folha em abril estar "revoltada e apavorada" com a possível liberação de Cadu. "Se ele não responde por seus atos, como pode andar na rua? Minha família está apavorada, pois ele sabe onde a gente mora", afirmou.
Segundo o advogado de Cadu, Sérgio Divino Carvalho Filho, os médicos que cuidam dele afirmam que, com medicação em dia e acompanhamento permanente, o jovem "não oferece nenhum risco".
CRIME
Glauco e Raoni foram mortos em Osasco (Grande SP), em março de 2010. Cadu, ex-frequentador da igreja Céu de Maria, fundada por Glauco, confessou o crime. Declarado inimputável pela Justiça, ficou num complexo médico penal no Paraná (onde foi preso após fugir) e, em outubro de 2012, foi transferido para Goiânia, a pedido da família.
Cadu passou por clínicas vinculadas ao Paili (Programa de Atenção ao Louco Infrator), da Secretaria de Saúde de Goiás. O advogado de Cadu diz ainda que ele teve evolução no tratamento depois da transferência.

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