Polícia ocupou Complexo do Caju e Barreira do Vasco neste domingo (3).
Ação na Zona Norte terminou com três detidos e um menor apreendido.
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Após a ocupação de comunidades do Caju e da Barreira do Vasco, no Rio, o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, disse, em entrevista coletiva na manhã deste domingo (3), que existe plano de UPP para a Baixada Fluminense e para Niterói. De acordo com o porta-voz da Polícia Militar, coronel Frederico Caldas, a ocupação deste domingo durou apenas 25 minutos, terminou com três detidos e um menor apreendido, segundo a Secretaria estadual de Segurança Pública, e nenhum disparo precisou ser efetuado para tomar as comunidades, onde será instalada a 31ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
"Se a população refletir, as pacificações não estão acontecendo por acaso. Existe um plano para a Baixada Fluminense e para Niterói, mas não serei mercenário da ilusão de dizer que vamos fazer uma UPP nesses lugares na semana que vem", disse o secretário Beltrame, no Quartel-General da Polícia Militar do Rio.
"Se a população refletir, as pacificações não estão acontecendo por acaso. Existe um plano para a Baixada Fluminense e para Niterói, mas não serei mercenário da ilusão de dizer que vamos fazer uma UPP nesses lugares na semana que vem", disse o secretário Beltrame, no Quartel-General da Polícia Militar do Rio.
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Incialmente, foi divulgado que cinco pessoas haviam sido detidas. Em balanço da Secretaria estadual de Segurança, no entanto, foi confirmado que apenas três homens foram presos na Barreira do Vasco, além do menor apreendido.
Outras 10 pessoas foram detidas neste domingo pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que fez um cerco em vias de saída da cidade para evitar a fuga de traficantes. Segundo a PRF, a operação nas rodovias começou no dia 25 de fevereiro e terminará na próxima quarta-feira (6).
Balanço
Os agentes apreenderam, durante a manhã, armas, munição comum e de uso contra veículos blindados, 119 frascos de lança-perfume, sete radiocomunicadores, uma espada, coletes à prova de balas, uma réplica de fuzil, crack, cocaína, maconha e material utilizado para endolação de drogas (embalo de papelotes de droga para venda).
Mais cedo, o porta-voz da PM, coronel Frederico Caldas, fez um balanço da ação. "Desde o dia 14 de fevereiro, a polícia realizou uma operação de cerco em comunidades em que a área de inteligência monitorou possíveis locais para onde os criminosos pudessem fugir. Até sábado (2), foram contabilizados 284 presos, 36 menores apreendidos, 14 fuzis, duas submetralhadoras, quatro carabinas, nove espingardas, 46 pistolas, 37 revólveres e 24 granadas; também foram apreendidas drogas: 86 quilos de cocaína, 263 quilos de maconha. Além disso, 55 carros roubados foram recuperados e 673 motos foram apreendidas", disse.
Os agentes apreenderam, durante a manhã, armas, munição comum e de uso contra veículos blindados, 119 frascos de lança-perfume, sete radiocomunicadores, uma espada, coletes à prova de balas, uma réplica de fuzil, crack, cocaína, maconha e material utilizado para endolação de drogas (embalo de papelotes de droga para venda).
Mais cedo, o porta-voz da PM, coronel Frederico Caldas, fez um balanço da ação. "Desde o dia 14 de fevereiro, a polícia realizou uma operação de cerco em comunidades em que a área de inteligência monitorou possíveis locais para onde os criminosos pudessem fugir. Até sábado (2), foram contabilizados 284 presos, 36 menores apreendidos, 14 fuzis, duas submetralhadoras, quatro carabinas, nove espingardas, 46 pistolas, 37 revólveres e 24 granadas; também foram apreendidas drogas: 86 quilos de cocaína, 263 quilos de maconha. Além disso, 55 carros roubados foram recuperados e 673 motos foram apreendidas", disse.
Segundo a unidade móvel da Polícia Civil na Barreira do Vasco, no início da manhã, outras 20 pessoas foram detidas para averiguação e liberadas em seguida, embora algumas tivessem passagem pela polícia.
“É o renascimento de uma região. Eu vi aquela região crescer com a violência e a área era um dos bairros mais importantes do século 19. As políticas de segurança são ações consistentes e libertam as comunidades do poder paralelo”, disse o governador do Rio, Sérgio Cabral, durante entrevista à imprensa no quartel-general da Polícia Militar.
Após a megaoperação de ocupação nas comunidades da Barreira do Vasco e do Conjunto de Favelas do Caju, na Zona Norte do Rio, as bandeiras do Rio e do Brasil foram hasteadas no Parque Alegria, no Caju, por volta das 10h, como símbolo de que os locais foram retomados dos criminosos pelas forças de segurança.
Beltrame disse que existe a fuga de traficantes para outras comunidades, mas que esse número é muito pequeno. "Há migração de traficantes, mas o número é mínimo. Não dá para tratar dinheiro público e vidas humanas com especulação. Nos guiamos por dados. Houve reclamações em Niterói, por exemplo, onde de 600 bandidos presos só 31 eram do Rio."
Beltrame também falou sobre a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) nas comunidades e afirmou que as UPPs são projetos para a população: "UPP não é um projeto para a Copa das Confederações, da Jornada Mundial da Juventude, da Copa do Mundo ou das Olimpíadas. Esse é um projeto da população fluminense."
O Rio tem, ao todo, 30 Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), onde vivem cerca de 450 mil moradores. A última ocupação foi em outubro de 2012, nas comunidades de Jacarezinho e Manguinhos. A entrada no Caju e na Barreira do Vasco é parte de uma estratégia para entrar no Conjunto de Favelas da Maré, uma das regiões de maior atuação do tráfico.
Sobre a operação, Beltrame disse que o resultado foi um sucesso: “Eu acho que o resultado da operação não é frustrante, porque ela não começou hoje. A função de hoje, a retomada de território, foi feita com sucesso. A instalação definitiva da UPP vai ser dita com as forças que estão no local.”
“É o renascimento de uma região. Eu vi aquela região crescer com a violência e a área era um dos bairros mais importantes do século 19. As políticas de segurança são ações consistentes e libertam as comunidades do poder paralelo”, disse o governador do Rio, Sérgio Cabral, durante entrevista à imprensa no quartel-general da Polícia Militar.
Após a megaoperação de ocupação nas comunidades da Barreira do Vasco e do Conjunto de Favelas do Caju, na Zona Norte do Rio, as bandeiras do Rio e do Brasil foram hasteadas no Parque Alegria, no Caju, por volta das 10h, como símbolo de que os locais foram retomados dos criminosos pelas forças de segurança.
Beltrame disse que existe a fuga de traficantes para outras comunidades, mas que esse número é muito pequeno. "Há migração de traficantes, mas o número é mínimo. Não dá para tratar dinheiro público e vidas humanas com especulação. Nos guiamos por dados. Houve reclamações em Niterói, por exemplo, onde de 600 bandidos presos só 31 eram do Rio."
Beltrame também falou sobre a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) nas comunidades e afirmou que as UPPs são projetos para a população: "UPP não é um projeto para a Copa das Confederações, da Jornada Mundial da Juventude, da Copa do Mundo ou das Olimpíadas. Esse é um projeto da população fluminense."
O Rio tem, ao todo, 30 Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), onde vivem cerca de 450 mil moradores. A última ocupação foi em outubro de 2012, nas comunidades de Jacarezinho e Manguinhos. A entrada no Caju e na Barreira do Vasco é parte de uma estratégia para entrar no Conjunto de Favelas da Maré, uma das regiões de maior atuação do tráfico.
Sobre a operação, Beltrame disse que o resultado foi um sucesso: “Eu acho que o resultado da operação não é frustrante, porque ela não começou hoje. A função de hoje, a retomada de território, foi feita com sucesso. A instalação definitiva da UPP vai ser dita com as forças que estão no local.”
Operação
As comunidades ocupadas ficam entre a Zona Portuária, Avenida Brasil e Linha Vermelha, duas das principais vias de acesso ao Rio de Janeiro. Segundo o Instituto Pereira Passos (IPP), a Barreira do Vasco, em São Cristóvão, tem quase 8 mil habitantes e o conjunto de favelas do Caju tem mais de 16 mil moradores.
As comunidades ocupadas ficam entre a Zona Portuária, Avenida Brasil e Linha Vermelha, duas das principais vias de acesso ao Rio de Janeiro. Segundo o Instituto Pereira Passos (IPP), a Barreira do Vasco, em São Cristóvão, tem quase 8 mil habitantes e o conjunto de favelas do Caju tem mais de 16 mil moradores.
A área era comandada por facção responsável por grande parte dos roubos de carros da cidade, além de ser um importante ponto de tráfico de drogas, de acordo com comentarista de segurança Rodrigo Pimentel, da TV Globo. Eles encontravam facilidade para fugir pela Avenida Brasil e Linha Vermelha.
"A localização destas comunidades em pontos estratégicos, nas proximidades da Avenida Brasil, da Linha Vermelha, do acesso à Ponte Rio-Niterói, isso tudo só evidencia a importância destas ações de hoje [domingo]. Elas expressam também a mobilização das forças policiais, no caso federais e estaduais", afirmou o coronel Caldas.
Durante vários dias, os policiais fizeram um cerco à região, o que na opinião do coronel Caldas fez com que a operação ocorresse sem incidentes. De acordo com ele, a ocupação pelas forças de segurança é "libertadora". O coronel reforçou que a partir de agora é muito importante que haja uma mobilização dos moradores, passando informações para a polícia através do disque-denúncia (021) 2253-1177.
"Estão sendo cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão de marginais que estão envolvidos com o tráfico de drogas nestas localidades. O mais importante foi conquistado, que é a retomada do território. Esse é o objetivo maior de qualquer processo de ocupação", disse Caldas.
A polícia recomenda que os moradores das comunidades do Caju e Barreira do Vasco andem com documentos neste domingo, já que podem ser revistados pelos policiais e solicitados a apresentar a identificação.
Maré
De acordo com o coronel, ainda não é possível afirmar qual será a próxima comunidade a ser ocupada. Segundo ele, isso faz parte do planejamento da Secretaria estadual de Segurança junto com as duas polícias, civil e militar. No entanto, ele ressaltou a importância da criação de uma UPP no Conjunto de Favelas da Maré.
A polícia recomenda que os moradores das comunidades do Caju e Barreira do Vasco andem com documentos neste domingo, já que podem ser revistados pelos policiais e solicitados a apresentar a identificação.
Maré
De acordo com o coronel, ainda não é possível afirmar qual será a próxima comunidade a ser ocupada. Segundo ele, isso faz parte do planejamento da Secretaria estadual de Segurança junto com as duas polícias, civil e militar. No entanto, ele ressaltou a importância da criação de uma UPP no Conjunto de Favelas da Maré.
"Indiscutivelmente a Maré será um grande desafio, em função do tamanho, em função do histórico da presença de marginais e a própria característica das facções que atuam na área. Não temos dúvida alguma que a Maré será um grande desafio, muito embora não seja possível afirmar que ela é a próxima comunidade a ser ocupada".
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