quarta-feira, 27 de março de 2013

Após ida à Bolívia, senador diz temer pela vida dos torcedores corintianos presos



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ERICH DECAT
DE BRASÍLIA
SPFW 2012Após encontrar com os 12 torcedores corintianos presos na Bolívia, o presidente da comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), disse nesta quarta-feira (27) temer pela vida dos brasileiros.
Acompanhado por integrantes da embaixada brasileira na Bolívia, Ferraço esteve ontem por duas horas no presídio, em Oruro.
No local 12 corintianos --nove integram a torcida Gaviões da Fiel e os outros três, a Pavilhão 9-- estão detidos sob suspeita de autoria e cumplicidade no disparo de um sinalizador que matou o torcedor boliviano Kevin Spada, 14, no jogo entre Corinthians e San José, pela Libertadores, no último dia 20 de fevereiro.
Um adolescente de 17 anos, integrante da Gaviões, afirmou no Brasil ter sito o autor do disparo do artefato.
"Temo pela vida desses brasileiros. Volto convencido de que eles estão ali como reféns", disse à Folha o senador.

San José x Corinthians

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Daniel Rodrigo - 22.fev.13/Reuters
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Torcedores do Corinthians estão presos acusados da morte de jovem de 14 anos torcedor do San José, em Oruro, Bolívia; juiz boliviano decreta prisão preventiva Leia mais
Segundo ele, o receio quanto à vida dos torcedores se deve ao fato de que o ambiente é "precário" e de eles estarem presos em meio a "assassinos e estupradores".
Na análise do parlamentar, os corintianos estão sendo usados como "bode expiatório" em represália de integrantes do governo boliviano contrários ao asilo dado pela embaixada brasileira a Roger Pinto Molina.
Líder da oposição ao presidente Evo Morales no Senado, Molina está recluso na embaixada desde o último dia 28 de maio. O Brasil confirmou o asilo 11 dias depois, mas a Bolívia desde então nega o salvo-conduto para que Molina possa deixar a embaixada e embarcar rumo ao Brasil.
Segundo Ricardo Ferraço, nas próximas horas pretende falar com o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) para pedir uma intervenção dele no caso. O ministro Antônio Patriota (Relações Exteriores) também deve ser chamado para participar de uma audiência na comissão do Senado na próxima semana quando o assunto será tratado.
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