terça-feira, 6 de maio de 2014

BESTA FERA DE RECIFE VAI PARA PRESÍDIO : Acusado de assassinar torcedor no Recife é transferido para presídio




Éverton Felipe Santiago Santana admitiu ter atirado vaso sanitário que atingiu a vítima

05 de maio de 2014 | 23h 22

Angela Lacerda - O Estado de S. Paulo
RECIFE - Éverton Felipe Santiago Santana, de 23 anos, foi transferido na noite desta segunda-feira, 5, para o presídio Cotel. Ele confessou ter atirado o vaso sanitário que atingiu e matou o torcedor do Sport Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26, na última sexta-feira, após o jogo Santa Cruz x Paraná, pela Série B. A informação policial, no início da noite, era a de que ele pernoitaria na sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e seria levado ao Cotel nesta terça-feira.
Éverton foi identificado e preso em Olinda - Alexandre Godim/JC Imagem
Alexandre Godim/JC Imagem
Éverton foi identificado e preso em Olinda
O advogado de Éverton, Adélson José da Silva, afirmou, por telefone, ter sido informado da antecipação da transferência pela delegada titular do DHPP, Gleide Ângelo. Ele reiterou que irá pedir oficialmente reforço na segurança do cliente, diante da possibilidade de ele ser vítima de agressão no presídio, mas assegurou que o Estado tem responsabilidade de cuidar da integridade do acusado. "Tenho certeza de que o Estado está tendo este cuidado", observou.
Conhecido como "Ronaldinho", Éverton foi preso na escola particular onde trabalha como auxiliar de serviços gerais no bairro de Ouro Preto, em Olinda, a partir de uma informação dada ao Disque Denúncia. Levado ao DHPP, no bairro do Cordeiro, no Recife, depôs e foi autuado em flagrante. Ele deve responder por homicídio qualificado.
Segundo o advogado, Éverton disse ter agido junto com outros dois rapazes - um torcedor de organizada tricolor, que já conhecia, e um outro que conheceu no local. Eles arrancaram duas bacias sanitárias do banheiro feminino e as arremessaram, da arquibancada, em direção à área externa do estádio. Silva disse que ele não soube explicar a motivação da agressão, que não teria sido premeditada. "Ele disse que aquilo veio na cabeça e agiu", disse. "Ele está arrependido e disposto a pagar pelo que fez". A polícia continua no encalço dos outros dois envolvidos.

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