Ex-premiê foi presa após ser intimada; mais de 100 lideranças se apresentam a junta militar
23 de maio de 2014 | 9h 16
O Estado de S. Paulo
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"Nós prendemos Yingluck, sua irmã e cunhado", disse um militar de alta patente à Reuters, sem informar onde a ex-premiê está sendo mantida. Os dois parentes ocupavam altos cargos políticos do governo de Yingluck.
Outro político que já compareceu à reunião do Exército foi o sucessor de Yingluck, Niwatthamrong Bonsongpaisan, que se encontrava em paradeiro desconhecido desde o golpe. As intimações, que levarão a uma ordem de detenção se não forem respeitadas, foram feitas pouco antes de o chefe do Exército, o general Prayuth Chan-ocha, se autoproclamar primeiro-ministro interino.
Novo premiê. O Conselho Nacional para a Paz e a Ordem (CNPO), o nome oficial da junta militar comandada por Prayuth, informou em comunicado que o general assumirá as funções administrativas do cargo de primeiro-ministro até que se encontre um novo candidato definitivo.
"Já que as leis estipulam que o primeiro-ministro autoriza ações sob a lei, o líder do CNPO, ou os indivíduos designados por ele, assumirão por enquanto a autoridade", disse o comunicado, segundo o jornal "Bangkok Post".
Prayuth, que há três dias declarou a lei marcial no país, assumiu ontem todos os poderes após considerar que as tentativas de um acordo entre o Executivo interino e os antigovernamentais fracassaram.
Nas 16 horas seguintes ao golpe, a junta militar emitiu duas ordens e 19 anúncios através das emissoras de rádio e televisão do país, que suspenderam suas programações e só transmitem músicas patrióticas e boletins de notícias do "Canal 5", de propriedade do Exército.
Esse é o 12º golpe de Estado bem sucedido cometido pelos militares na Tailândia, de um total de 19 tentativas, desde a queda da monarquia absolutista em 1932. /EFE e REUTERS
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