Os agentes decidiram, em assembleia, estender o movimento encerrado nacionalmente. Às 8h de quinta, um grupo se encontra com o governador
Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
Policiais em greve se reunem na Cidade da Polícia, no Rio
(Marcelo Carnaval/Agência O Globo)
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio (Sindpol), Francisco Chao, acusa o governo de querer ganhar tempo marcando uma nova reunião. "Quem quer, faz agora. Quem não quer, enrola. A verdade é essa." Segundo ele, já estava acertado com o governo a incorporação de uma gratificação de 850 reais ao salário-base dos agentes - principal reivindicação. No fim do mês de abril, porém, Pezão pediu que eles esperassem até 15 de maio e, nesta data, prometeu uma solução em 10 de junho, ainda de acordo com o sindicalista.
Na terça-feira, o governador chegou a afirmar que já havia dado um aumento à categoria acima da inflação, e que eles não receberiam novo benefício. Nesta quarta, contudo, ele recuou e, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que "ainda não sabe o que poderá ser feito, mas está dialogando e analisando as possibilidades".
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País - A paralisação nacional de 24 horas, que teve início à 0h desta quarta-feira, foi avaliada como "positiva" pela Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), de onde partiu a convocação aos sindicatos. Ainda assim, a categoria não descarta a possibilidade de realizar novos atos - inclusive protestos - durante a Copa do Mundo, que começa no próximo dia 12 de junho. Tudo depende de como os governos, principalmente o federal, vão reagir às reivindicações dos agentes. A principal exigência das categorias envolvidas é que o país tenha uma "política nacional de segurança pública".
"Nossa posição está dada. O governo sabe o que queremos, e este foi o primeiro alerta. Se não formos chamados a compor um grupo de trabalho com o Ministério da Justiça, faremos o segundo movimento, o terceiro, quantos acharmos necessários, para mostrar à imprensa e à população a situação calamitosa na qual se encontra a segurança pública do país", disse ao site de VEJA o presidente da Cobrapol, Jânio Gandra. Ele ressalva, porém, que novas paralisações estão descartadas. "Entendemos que não seria correto. Os turistas que estão chegando ao país para curtir o evento não têm culpa", afirma.
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