Óscar Iván Zuluaga conquista 29% dos votos, com 93% das urnas apuradas; presidente tem 25%
25 de maio de 2014 | 19h 14
RODRIGO CAVALHEIRO - ENVIADO ESPECIAL
BOGOTÁ - Com 93% dos votos apurados, a eleição
presidencial colombiana apontava um segundo turno entre o candidato da
oposição Óscar Iván Zuluaga (29,21%), apoiado pelo ex-presidente Álvaro
Uribe, e o presidente Juan Manuel Santos (25,45%). O resultado determina
um segundo turno com visões antagônicas sobre o acordo de paz negociado
com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) desde 2012.
Santos e Zuluaga disputarão os eleitores dos candidatos do Partido
Conservador, Marta Lucía Ramírez (15,58%), da esquerdista Clara López
(15,36%) e do Partido Verde, Enrique Peñalosa (8,35%),.
AP
Zuluaga surpreendeu na reta final
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Ex-ministro de Defesa de Uribe (2002-2010) encarregado de executar as missões que mataram alguns dos principais líderes das Farc, uma vez no poder Santos adotou a moderação na relação com o grupo armado e em temas de política externa. Normalizou as relações com a Venezuela e o Equador, rompidas no governo anterior. Durante a campanha, foi criticado pelos adversários por se apresentar como o único capaz de terminar com 50 anos de conflito armado no país.
Zuluaga representa o Centro Democrático, que apesar do nome concentra o ideário mais à direita no espectro político colombiano. O partido foi criado em janeiro de 2013 por Uribe, que impedido de buscar um terceiro mandato tentou colocar na nova legenda seu nome - a Justiça proibiu. Ex-ministro da Fazenda de seu mentor, Zuluaga subiu nas pesquisas eleitorais até o ponto de algumas o colocarem em empate técnico com o presidente e darem a ele pequena vantagem em um segundo turno.
A ascensão coincidiu com as críticas ao ponto da negociação com as Farc que prevê penas leves para os líderes da guerrilha e sua inserção na política - 75% dos colombianos rejeitam o perdão de guerrilheiros, segundo a Universidad de Los Andes. Zuluaga também exige uma trégua incondicional e um cessar-fogo completo das Farc - algo de que Santos abriu mão. Para seus opositores, na prática isso seria encerrar o diálogo de paz.
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