quinta-feira, 22 de maio de 2014

PF investiga organização criminosa dentro da Petrobras. Dólares de Pasadena aparecem na Operação Lava-Jato.





Paulo Roberto Costa seria o chefe da organização criminosa que age na Petrobras
O líder do Solidariedade (SDD) na Câmara, Fernando Francischini (PR), apresentou em plenário nesta quarta-feira, 21, um documento expedido por integrantes da Polícia Federal em que é pedido o cruzamento das investigações envolvendo a compra da refinaria de Pasadena (Texas) com a Operação Lava Jato. A suspeita é de que o negócio, que custou mais de US$ 1,2 bilhão à estatal brasileira, estaria ligada ao esquema de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto Youssef.
O documento é um ofício assinado no dia 22 de abril pelo delegado da Polícia Federal Cairo Costa Duarte e encaminhado ao juiz da 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro, que acompanha o inquérito da Lava Jato. "O delegado-chefe da investigação de Pasadena pediu cópia da Operação Lava Jato, dizendo que descobriu que o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto (Costa) era conselheiro da refinaria e da trading na época da aquisição. E que todo o cruzamento dos dados mostra que o Paulo Roberto estava trazendo dinheiro de fora, via offshore, via Alberto Youssef", afirmou Francischini ao Broadcast Político, serviço de notícias políticas em tempo real da Agência Estado.
No ofício, o delegado da Polícia Federal afirma está em investigação possível existência de uma organização criminosa no seio da Petrobrás. O grupo desviaria recursos da estatal e depois faria remessas de valores ao exterior, que retornariam ao País via empresas offshore. "No caso em tela, apurou-se possível participação do nacional Paulo Roberto Costa", diz trecho do documento.
Duarte também diz no ofício que Costa, que foi diretor da área de refino e abastecimento da Petrobrás entre 2004 e 2012, foi o representante da estatal no comitê interno da refinaria de Pasadena no mesmo período em que seria sócio da Costa Global e conselheiro da PRSI Trading Company LP, empresas que atuariam na área de petróleo. (Estadão)

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