Paulo Roberto Costa seria o chefe da organização criminosa que age na Petrobras
O líder do Solidariedade (SDD) na Câmara, Fernando
Francischini (PR), apresentou em plenário nesta quarta-feira, 21, um documento
expedido por integrantes da Polícia Federal em que é pedido o cruzamento das
investigações envolvendo a compra da refinaria de Pasadena (Texas) com a
Operação Lava Jato. A suspeita é de que o negócio, que custou mais de US$ 1,2
bilhão à estatal brasileira, estaria ligada ao esquema de lavagem de dinheiro
comandado pelo doleiro Alberto Youssef.
O documento é um ofício assinado no dia 22 de abril pelo
delegado da Polícia Federal Cairo Costa Duarte e encaminhado ao juiz da 13.ª
Vara Criminal Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro, que acompanha o
inquérito da Lava Jato. "O delegado-chefe da investigação de Pasadena
pediu cópia da Operação Lava Jato, dizendo que descobriu que o ex-diretor da
Petrobrás Paulo Roberto (Costa) era conselheiro da refinaria e da trading na
época da aquisição. E que todo o cruzamento dos dados mostra que o Paulo
Roberto estava trazendo dinheiro de fora, via offshore, via Alberto
Youssef", afirmou Francischini ao Broadcast Político, serviço de notícias
políticas em tempo real da Agência Estado.
No ofício, o delegado da Polícia Federal afirma está em
investigação possível existência de uma organização criminosa no seio da
Petrobrás. O grupo desviaria recursos da estatal e depois faria remessas de
valores ao exterior, que retornariam ao País via empresas offshore. "No
caso em tela, apurou-se possível participação do nacional Paulo Roberto
Costa", diz trecho do documento.
Duarte também diz no ofício que Costa, que foi diretor da
área de refino e abastecimento da Petrobrás entre 2004 e 2012, foi o
representante da estatal no comitê interno da refinaria de Pasadena no mesmo
período em que seria sócio da Costa Global e conselheiro da PRSI Trading
Company LP, empresas que atuariam na área de petróleo. (Estadão)
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