Contrato prevê a aquisição de 28 unidades do KC-290 ao longo de dez anos
20 de maio de 2014 | 13h 28
Luciana Collet, da Agência Estado
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A assinatura do contrato se deu durante a inauguração do hangar para a produção seriada do cargueiro, na unidade da Embraer de Gavião Peixoto, no interior de São Paulo. Durante seu discurso, o presidente da Embraer, Frederico Curado, destacou que o contrato vai sustentar e ampliar os empregos na região. Conforme a Embraer, aproximadamente 1,5 mil empregados da fabricante de aviões estão diretamente envolvidos no projeto.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse que o contrato dará "grande impulso à indústria aeronáutica e supre a necessidade das Forças Armadas e em especial da Aeronáutica". Ele lembrou que o Pais tem 17 mil quilômetros de fronteiras e o KC-390 vai ampliar a capacidade de transporte da frota, com a possibilidade de reabastecimento aéreo.
A previsão da Embraer é de que o primeiro voo do KC-390 seja no segundo semestre deste ano. Como o período de certificação deve levar mais de um ano, a efetiva entrada em operação está prevista para 2016
O presidente da Embrae, Jackson Schneider, afirmou que a expectativa da companhia com seu novo KC-390 é ter uma fatia de entre 15% e 20% do mercado de cargueiros médios em 20 anos. A estimativa é que o segmento demandará 7.728 aeronaves neste período.
"Esse anúncio abre caminho para vendermos novas aeronaves... Agora vamos atrás de outros contratos, temos 32 cartas de intenções já assinadas com outros países que queremos transformar em contratos firmes, e outros países que já estão conversando conosco para eventual possibilidade de aquisição", disse a jornalistas, após evento de celebração do primeiro contrato e inauguração do hangar onde o avião será produzido.
Schneider não deu prazo para a transformação das cartas em contratos nem revelou quais ou quantos seriam os países com negociações. As carta já assinadas são com Argentina, Chile, Colômbia, Portugal e República Tcheca.
A aeronave. O KC-390 é um cargueiro de médio porte que está sendo desenvolvido pela Embraer, em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB) desde 2009. O investimento no desenvolvimento do projeto é R$ 4,6 bilhões, recursos da FAB. A aeronave, um jato bimotor, terá capacidade de carga de 23 toneladas e poderá ser utilizada como reabastecedora aérea, no transporte militar, em operações de busca, resgate e evacuação, e em operações humanitárias, entre outros. Durante seu discurso, a presidente Dilma Rousseff destacou que o KC-390 vai substituir os C-130 Hércules.
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