quarta-feira, 15 de maio de 2013

Testemunha diz que aluno da PUC baleado não reagiu



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ANA KREPP
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Atualizado às 13h41.
Uma testemunha que presenciou o assalto na rua João Ramalho, em Perdizes (zona oeste de SP), diz que a vítima não reagiu. O estudante da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Bruno Pedroso Ribeiro, 23, levou um tiro no pescoço na noite de ontem (14) logo após entregar o celular para o bandido.
De acordo com a testemunha, o criminoso atirou e em seguida fugiu em uma moto. A vítima, que estuda relações internacionais, foi atingida por volta das 20h30. O jovem permanece internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital das Clínicas. O quadro dele é estável.
Um porteiro de um prédio que presenciou o crime disse que viu o criminoso estacionando a moto e que deixou o veículo ligado para facilitar a fuga. O porteiro, que tem o nome preservado pela Folha para a sua segurança, disse que não viu nenhum outro criminoso no local.
CÂMERAS
A polícia vai recolher imagens das câmeras de segurança dos prédios da região para tentar identificar o suspeito. Ainda não há pistas do criminoso.
Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, a polícia registrou no 23° DP (Perdizes) 123 roubos e 398 furtos até o final de março deste ano. Nesse mesmo período na região, a polícia registrou um caso de latrocínio (roubo seguido de morte).
O caso lembra o do estudante da Faculdade Cásper Líbero, Victor Hugo Deppman, que foi morto no dia 9 de abril na porta do prédio onde morava, no Belém, zona leste de São Paulo. Imagens das câmeras de segurança mostram que o jovem não reagiu e entregou o celular ao criminoso.
Victor Hugo foi atingido com um tiro na cabeça. Após a polícia prender o suspeito de matar Victor Hugo, um menor de idade, foi iniciada uma campanha para reduzir amaioridade penal no país.
NOITE VIOLENTA
Um outro assalto ocorreu na noite de ontem, por volta das 23h50, na rua Arthur de Azevedo, em Pinheiros (zona oeste). Ediomario dos Reis Silva, 22, foi abordado por duas pessoas em uma moto.
Após assaltar a vítima, um dos criminosos atirou e acertou a cabeça e as costas do jovem, que não resistiu aos ferimentos. O pai da vítima disse à polícia que Silva não tinha antecedentes criminais e que era um "homem trabalhador". Ele estava de uniforme quando foi assassinado. Segundo a polícia, ele tinha saído da padaria onde trabalhava como balconista. A vítima seguia para estação de metrô Pinheiros quando foi abordada.
A polícia solicitará imagens de câmeras de segurança da rua para ajudar nas investigações.
Em Pinheiros, a polícia registrou 138 roubos e 397 furtos no 14° DP, que cobre a região.
Ao todo, a cidade de São Paulo tem 93 distritos policiais. Destes, oito tiveram um registro de latrocínio, entre eles o 23° DP, que cobre a região de Perdizes. Apenas no 101° DP, no Jardim das Imbuias, na zona sul da capital paulista, houve dois casos registrados.
LATROCÍNIO
No dia 25 de abril, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo divulgou os números de latrocínios (roubo seguido de morte) registrados em março em todo o Estado.
O número de latrocínios aumentou na cidade de São Paulo. Em março do ano passado, foram registrados oito casos. No mesmo período de 2013, foram 10. Em todo o Estado, houve queda no índice de 5,5% --de 34 casos para 36 no mês passado.
Segundo os dados, o número de roubos a veículo aumentou 2,4% na capital, em março. O de furtos a carros, porém, diminuiu 4% em comparação com o mesmo mês de 2012.
Também diminuiu o total de roubos na capital, segundo a Secretaria da Segurança Pública --uma queda de 4.14%. Os números incluem roubos de cargas e a bancos.
Editoria de Arte/Folhapress

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