Konstatinos Tourlis, 55 anos, ficou hospedado por 15 dias em Copacabana.
Ele diz ser tio de Athina Onassis; consulado diz que vai pagar passagem.
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Sem dinheiro para retornar ao seu país de origem, o grego Konstantinos Onassis Tourlis, de 55 anos, passou a morar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Andando sem rumo pelo saguão, ele contou nesta quinta-feira (2) que chegou ao Brasil no dia 2 de abril, se hospedou em um hotel em Copacabana, e que há 15 dias espera ajuda para voltar à sua casa. O turista, no entanto, terá que esperar mais um pouco: segundo o consulado da Grécia, devido à Semana Santa no país, os trâmites para a saída de Konstantinos só devem ser concluídos em cerca de sete dias.
O grego relata ser tio da hipista Athina Onassis, e explica que veio ao Rio para visitar a irmã Christina Onassis. Ele parece, no entanto, desconhecer a morte da milionária, que ocorreu em 1988. Segundo ele, a última vez que viu Christina foi em 1983. O G1 entrou em contato com a assessoria de Athina Onassis, que nega que ela tenha qualquer parentesco com Konstantinos.
O consulado grego informou que está prestando assistência a Konstantinos, mas o feriado de Semana Santa na Grécia atrasará a partida do estrangeiro. O consulado diz ainda que enviou R$ 300 e mandou um representante para ajudá-lo. Um restaurante do aeroporto cobra de Konstantinos o valor simbólico de R$ 5 por refeição. A história lembra a relatada no filme "O Terminal", protagonizado por Tom Hanks, de 2004.
"Eu não tenho dinheiro e preciso sair deste aeroporto. Aqui, apenas a polícia me ajuda. Todos me tratam mal. Já pedi ajuda ao consulado da Grécia. Funcionários da Air France me disseram que eles iam pagar uma passagem para mim, mas hoje quando cheguei na companhia a reserva do bilhete tinha sido cancelada", explicou, aflito.
O cônsul honorário da Grécia no Rio de Janeiro, Konstantinos Kotronakis, disse que a embaixada pesquisa se o grego é fugitivo. Kotronakis acrescentou ainda que nenhum parente foi localizado.
"Eu perguntei se poderíamos recorrer a algum parente dele e o Konstantinos me disse que não tinha ninguém na Grécia. Ele me contou que a [companhia] Air France tinha sido paga por uma pessoa grega para emitir o bilhete, mas a companhia negou. Enviamos uma fotocópia do passaporte dele para Embaixada em Brasília para saber se ele tem algum problema na Grécia, se é fugitivo, de quem se trata", explicou.
De acordo com o cônsul, o suposto tio de Athina Onassis terá que assinar um termo de compromisso de que vai pagar o valor do bilhete quando chegar à Grécia.
"Mas isso leva alguns dias. Ele só entrou em contato com a embaixada no dia 29 de abril. Agora é feriado de Semana Santa na Grécia e as coisas só voltam a funcionar na terça-feira (7). Se for provado que ele não tem nenhum problema com a Justiça grega, na quarta ou quinta-feira, o país mandará a passagem", disse o cônsul.
Outros casos
Em outro caso parecido, após mais de um mês morando no Galeão, o pernambucano Adauto Luiz de Souza, de 81 anos, que morava há décadas nos Estados Unidos, conseguiu retornar ao país. Uma pessoa que não quis ser identificada comprou uma passagem para ele, que embarcou no início de dezembro de 2012.
Em outro caso parecido, após mais de um mês morando no Galeão, o pernambucano Adauto Luiz de Souza, de 81 anos, que morava há décadas nos Estados Unidos, conseguiu retornar ao país. Uma pessoa que não quis ser identificada comprou uma passagem para ele, que embarcou no início de dezembro de 2012.
Em 2009, um casal de argentinos e parentes de outras nacionalidades viveram por mais de um mês no mesmo aeroporto. Eles diziam morar no Panamá e alegavam não ter dinheiro para as passagens de volta e conseguiram os bilhetes em julho daquele ano.
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