terça-feira, 19 de março de 2013

Venezuela condecora médicos cubanos que atenderam Chávez



Decreto assinado por Maduro diz que especialistas são "exemplo a seguir"

Cortejo fúnebre de Hugo Chávez pelas ruas da capital Caracas
Cortejo fúnebre de Hugo Chávez pelas ruas da capital Caracas - Juan Barreto/AFP
Presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro assinou um decreto condecorando o grupo de médicos cubanos que atendeu Hugo Chávez. O coronel morreu há duas semanas, depois de quase dois anos tentando combater um câncer. 
O decreto, publicado no Diário Oficial, ressalta que a condecoração foi outorgada pelo "exemplo de patriotismo e convicção revolucionária (...) ao assumir fielmente o compromisso de cuidar do nosso comandante supremo". 
Sete médicos receberão a Ordem Libertadores e Libertadoras da Venezuela, a máxima condecoração do país: Roberto Castellano García, Jorge González Pérez, Ibrahim Fernández Rodríguez, José I. Fernández Cuesta, Midiala Rodríguez Calvo, Laura Hernández Vidal e Pedro Águila Griñán.
"São exemplos a seguir, em virtude do louvável trabalho, destacado compromisso, preparação, perseverança e integridade demonstrada no cabal cumprimento de seu desempenho e dedicação nas missões encomendadas", diz o documento.
Desde que a doença foi diagnosticada, todo o tratamento de Chávez foi feito em Havana, incluindo as quatro cirurgias às quais foi submetido. As informações sobre o câncer sempre foram nebulosas. Em várias ocasiões foi anunciada a cura do tumor, o que seria improvável diante do quadro apresentado pelo caudilho. 
A última temporada de Chávez na ilha durou mais de dois meses. Apenas duas semanas depois do anúncia de sua volta a Caracas, sua morte foi anunciada por Maduro, que agora será ocandidato do governo nas eleições presidenciais marcadas para o dia 14 de abril. O clima de luto no país deverá influenciar nas urnas.
A morte do coronel tornou-se capital político na mão de seus herdeiros, com um velório que durou mais de uma semana e um frustrado plano de embalsamar o corpo de Chávez. Desde a última sexta-feira, os venezuelanos passaram a ter de ir até o Quartel da Montanha, de onde o coronel dirigiu as ações do frustrado golpe de estado de fevereiro de 1992.
(Com agência EFE)

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