terça-feira, 19 de março de 2013

Servidor da prefeitura de SP é preso por receber propina


São Paulo


É o segundo caso em menos de uma semana; polícia começou a investigar funcionário lotado em departamento de edificações após denúncia

Jean-Philip Struck
Avenida Paulista
Servidor trabalhava no setor responsável por aprovar edificações (Antonio Milena/AE)
Mais um servidor da prefeitura de São Paulo foi preso em flagrante nesta terça-feira enquanto recebia propina de um homem que tentava regularizar um imóvel. De acordo com a prefeitura, o servidor trabalha no Departamento de Aprovação de Edificações, o Aprov, órgão subordinado à Secretaria Municipal de Habitação, responsável por aprovar obras. É o mesmo órgão que ganhou notoriedade após a eclosão do escândalo envolvendo Hussain Aref Saab, o ex-diretor que acumulou mais de cem imóveis enquanto esteve no cargo. 
Este é o segundo caso envolvendo um servidor municipal preso por receber propina para regularizar imóveis. Na sexta-feira, dois outros servidores, lotados na subprefeitura de Santo Amaro, na Zona Sul, haviam sido presos pela polícia enquanto recebiam propina de um empresário que tentava regularizar a sede de uma empresa.
Nos dois casos, os servidores foram denunciados pelos proprietários dos imóveis, que passaram a ajudar a polícia a preparar o flagrante de pagamento. No caso desta terça-feira, o servidor, que era ligado ao GTEA (Grupo Técnico Especial de Análise) do Aprov, foi preso no momento em que recebeu 4 000 reais em espécie do proprietário - o valor total da propina era de 10 000 reais. O nome do servidor não foi divulgado pela 1ª Delegacia de Crimes contra a Administração Pública, que atuou no caso.
O proprietário contou que tentava regularizar seu imóvel desde 2003. Após a prisão, a Controladoria Geral do Município requisitou a apreensão do computador e de documentos do servidor que possam auxiliar nas investigações.
De acordo com a prefeitura, o servidor será investigado em um inquérito administrativo especial. O processo deve demorar até 60 dias para ser concluído. Ele também deverá responder pelo crime de concussão (quando o servidor público exige dinheiro, um bem ou um favor para fazer ou deixar de fazer algo).

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