sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Enxurrada de absurdos do cotidiano político nacional transforma os brasileiros de bem em alienígenas


Outro planeta – Há dias, os organizadores do Fórum Econômico Mundial divulgaram o cardápio dos assuntos que serão discutidos durante o encontro. Entre eles, a vida extraterrestre, pois aumenta o número de cientistas que afirmam que não estamos sozinhos no universo.
Sozinhos ou não, fato é que em termos de ufologia os cidadãos brasileiros estão se sentindo verdadeiros ETs diante da balbúrdia em que se transformou o País, que até outro dia era minimamente organizado e vivia debaixo da sensatez.
Cada vez mais inexplicável, o cotidiano nacional caminha na direção do indecifrável. E a culpa desse quadro é exclusiva da classe política, em especial dos atuais donos do poder, que conseguiam em apenas uma década transformar o Brasil no paraíso dos absurdos.
Pode parecer redundância de nossa parte, mas há fatos na política do País que são inaceitáveis. Marcos Valério acusa Lula de ter se beneficiado do Mensalão do PT e de ter sido um dos chefes do esquema. Lula, que antes alegava desconhecer o assunto, disse que não seria derrotado por qualquer vagabundo, mas depois adotou o silêncio. A Polícia Federal deflagra a Operação Porto Seguro e entre os integrantes da quadrilha dos pareceres está a namorada do ex-petista, Rosemary Noronha. E Lula decide fugir da imprensa, como o diabo foge da cruz.
Como se nada tivesse acontecendo, Lula se reúne com o prefeito Fernando Haddad, de São Paulo, e diante de uma dezena de secretários municipais – companheiros, claro – dá ordens de todos os matizes. Dilma Rousseff, que foi apresentada ao povo brasileiro como a “gerentona”, mas é mãe da paralisia econômica, vem a São Paulo para acatar as ordens de Lula, antes de participar de evento ao lado do governador Geraldo Alckmin
Por conta de um acordo bisonho, o PT, que em tempos outros era defensor da moralidade, aceita os candidatos indicados pelo PMDB para a disputa das presidências da Câmara e do Senado. O senador Renan Calheiros (AL) e o deputado federal Henrique Eduardo Alves (RN) fizeram campanha como forma de cumprir tabela, pois já se consideravam eleitos, até que graves denúncias surgiram contra ambos.
Henrique Alves disse que o assunto está esclarecido, mas não é bem assim, pois no local onde deveria funcionar a construtora beneficiada pelo parlamentar vivia um bode. Renan Calheiros, que usou notas fiscais frias de venda de gado (possivelmente indianas e sagradas) para justificar despesas pagas por um lobista de Brasília, foi alvo de denúncia do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviada ao Supremo Tribunal Federal.
Presidente nacional do PT, o sempre submisso e manipulado Rui Falcão decide atacar Gurgel. Seu chefe, José Dirceu, condenado à prisão pelo Supremo no processo do Mensalão do PT, diz que não será o falso-moralismo que impedirá a vitória de Renan Calheiros na sexta-feira (1), quando o Senado elege a Mesa Diretora. José Sarney, que abafou o escândalo dos atos secretos para não ser levado à guilhotina, apoia incondicionalmente Renan.
Também condenado à prisão no processo do Mensalão do PT (Ação Penal 470), o arrogante José Genoino tomou posse como deputado federal – dentro da legalidade, mas no universo da imoralidade – foi aplaudido pela claque petista ao chegar na Câmara dos Deputados.
Fernando Collor de Mello, que foi ejetado do Palácio do Planalto por causa de um Fiat Elba e tornou-se aprendiz de feiticeiro perto dos escândalos de Lula, de quem é aliado, pensa em se candidatar à presidência em 2014.
Pois bem, caro leitor, se não formos nós os extraterrestres, o Brasil tornou-se um hospício de dimensões continentais, pois circo já é há algum tempo.

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