Marcha lenta – Se Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, já acordou nesta quinta-feira (21) e leu os jornais, deveria se apressar para contestar a bazófia de Lula, que na festa de aniversário do PT disse que o acordo com o governo federal é que possibilitou o fim da onda de violência que deixava os paulistas assustados e estancou a crise na segurança pública do Estado.
Que Lula é adepto da mitomania todos sabem, mas diz a sabedoria popular que aquele que cala, consente. Alckmin precisa urgentemente se pronunciar a respeito do assunto, pois a demora pode fazer com que as palavras do mitômano Lula se transformem em verdade plena.
Contando com o maior contingente policial do País, o estado de São Paulo não precisa de auxílio federal no combate ao crime organizado. Basta que os criminosos ligados a alguns políticos, a quem interessa a balburdia, deixem de cumprir ordens absurdas e permitam que a população viva em paz, se é que assim é possível.
Na política nada acontece por acaso, muito menos no PT. Depois tentar empurrar ao governo paulista a presença da Força Nacional de Segurança no estado, o que não aconteceu, autoridades federais se limitaram a anunciar que os serviços de inteligência trabalhariam em conjunto para debelar a onda de ataques. Em qualquer lugar do planeta, serviço de inteligência decorre de investigações, análise de fatos, cruzamento de dados e planejamento de operações. O que demanda tempo, em especial quando duas corporações de serviço secreto passam a trabalhar juntas da noite para o dia.
Pelo que se sabe, no Palácio do Planalto o arquiteto Oscar Niemeyer não instalou um painel com disjuntores para acionar ou interromper ações criminosas. O que aconteceu, mas que ninguém terá coragem de admitir, é que alguém ligou para a principal facção criminosa que opera nos presídios paulistas e pediu para que os ataques fossem suspensos, pois o objetivo já tinha sido alcançado.
A prova maior dessa inoperância do governo federal comprovou-se em Santa Catarina, para onde foram enviados integrantes da Força Nacional de Segurança e mesmo assim os ataques criminosos continuaram. Como no PT não há quem erre e sobram gênios, a saída foi esculpir um discurso que justificasse o fiasco. E essa missão foi delegada ao ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, que alegou ser a má gestão o problema da segurança pública no País.
O problema de fato é o mentiroso patrulhamento que ocorre nas fronteiras brasileiras, por onde, à sombra de questões ideológicas, acontecem deliberadamente o tráfico de drogas e o contrabando de armas. Quando esse movimento criminoso consentido acabar, talvez os brasileiros consigam recuperar algumas doses de sossego. Do contrário, o terrorismo de encomenda continuará sendo ferramenta eleitoral nas plagas verde-louras.
É bom lembrar que Lula, com a pirotecnia de sempre, lançou há alguns anos o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, o Pronasci, cuja garota-propaganda (sic), como já destacamos, à época foi Ideli Salvatti, então senadora pelo PT de Santa Catarina e hoje destilando sua conhecida competência como articuladora política na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.
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