O Editor
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25/02/13 - |
Quase dez anos longe do Brasil sem a expectativa de retornar a uma vida tranquila e comum. Sílvia Perrone tinha apenas 5 anos quando foi separada do pai, Fernando Perrone, então deputado estadual em São Paulo, que foi perseguido pelo regime militar e teve que deixar a Assembleia Legislativa às pressas e embarcar para o exílio no Chile, onde a família se reencontrou. Depois, nova mudança, para a França.Na semana passada, Sílvia, que ainda conserva o sotaque francês e as lembranças emocionadas de um período conturbado de sua vida, conseguiu ser anistiada. Texto completo
Na época da saída do Brasil, Silvia, as duas irmãs e a mãe só conseguiram reencontrar o pais dias depois. A vida da família Perrone se resumiu, a partir daí, a acompanhar de longe a vida no país de origem, que vivia um momento político conturbado. No Chile, os Perrone recebiam notícias de familiares e amigos e recepcionavam outros perseguidos militares que tiveram que deixar o Brasil.Dois anos depois, a família inteira teve que, novamente, se mudar. Dessa vez, foram para a França, em 1972, quando a situação de militantes brasileiros que lutavam contra o regime militar foi agravada."Tenho boas lembranças do Chile. Nossa casa era aberta e recebíamos muitas pessoas e, para a gente, era uma bagunça sempre. Na França, caiu a ficha. Meu pai percebeu que não poderia mais voltar e as coisas ficaram mais difíceis", disse ela.Sílvia conta que as notícias de amigos presos e assassinados começaram a chegar com mais frequência e a situação deles em Paris se complicou. "Meu pai era visto como se fosse um monstro. Os brasileiros turistas tinham medo de manter contato com a gente. Tinha polícia secreta em todo lugar", contou.Desde 2001, quando a comissão foi criada, 60 mil casos foram julgados. Deste total, 40 mil pessoas receberam o pedido de perdão do Estado, e a maior parte delas ainda foram indenizadas financeiramente pelas perdas e restrições que sofreram no período da ditadura militar."É um reconhecimento de anos de restrições. Os danos causados pelo período da ditadura são transgeracionais e são psicológicos, físicos e de restrições de direitos nacionais", explicou Paulo Abrão, presidente da Comissão. Segundo ele, no primeiro momento dos trabalhos da comissão a situação dos filhos destes perseguidos políticos era ignorada. "Hoje esta é uma questão pacífica", disse.
Vejam reportagem completa e leiam , principalmente os comentárfios colocados no site abaixo: http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2013/02/24/comissao-de-anistia-reconhece-direitos-de-15-filhos-de-perseguidos-politicos.htm |
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