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DA EFE
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conselheiro vitalício do Corinthians, defendeu nesta terça-feira a punição imposta pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) ao clube pela morte de um torcedor na Bolívia, na semana passada, durante uma partida da Libertadores.
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"Acho que o Corinthians tem de cumprir a pena a que foi submetido, mas isso deveria valer para todos os times de futebol daqui para a frente", declarou Lula a jornalistas após participar do lançamento do livro "O Brasil", do jornalista Mino Carta.
De acordo com o ex-presidente, as pessoas "podem tirar lições dessa tragédia para que os estádios de futebol sejam uma casa de espetáculo e não uma casa de violência".
Orlando Barría/Efe |
Lula só espera que a punição seja válida para todos |
O atual campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes acatou nesta terça-feira a sanção de jogar todas as suas partidas em casa na Libertadores sem torcida.
O primeiro jogo com portões fechados acontecerá no Pacaembu nesta quarta-feira, contra o Millionarios, da Colômbia.
A punição foi imposta devido à responsabilidade de torcedores do Corinthians na morte do boliviano Kevin Douglas Beltrán Espada, de 14 anos, ocorrida no estádio de Oruro, quando Timão e San José se enfrentaram na semana passada.
O jovem morreu de forma imediata após ser atingido no rosto por um foguete lançado pela torcida do Corinthians, que celebrava o gol marcado por Guerrero logo aos 5 minutos de jogo.
"Nós temos de ter consciência de que uma criança foi vítima da insanidade de um torcedor, que possivelmente não tenha feito por querer. Sabe aquele momento de estupidez que todo ser humano um dia tem?", avaliou Lula.
O clube anunciou que devolverá o dinheiro aos torcedores que adquiriram ingressos para as três partidas que o Corinthians disputará em casa na primeira fase da Libertadores.
Apesar de 12 corintianos estarem presos na Bolívia acusados de terem responsabilidade na morte de Kevin Espada, um jovem de 17 anos integrante da torcida organizada Gaviões da Fiel se apresentou na segunda-feira a um juiz em São Paulo para assumir a autoria do disparo.
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