Dicionário chulo – Diariamente o PT demonstra que não tem estofo para gerenciar um boteco de esquina, mas insiste em fazer do Brasil uma borracharia mequetrefe de beira de estrada, onde a eventual solução dos problemas é precedida por marretadas e, em seguida, surge algum remendo.
Comandar uma nação, por mais inexpressiva que seja, exige consciência da realidade, responsabilidade em relação aos atos praticados e civilidade. Contudo, o PT, como muitos já sabem, é carente desses ingredientes básicos para a condução de um país tão grande quanto complexo.
Na quarta-feira (27), em duas ocasiões distintas e separadas por alguns bons quilômetros, o PT deu mostras de que é incapaz até mesmo de gerenciar uma reles borracharia, daquelas com calendário de mulher nua pregado na parede e cujo dono vive embriagado.
Durante evento em comemoração aos 30 anos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São Paulo, Lula abusou da verborragia e da arrogância, o que mereceu artigo do editor. O ex-presidente abriu a caixa de palavras desnecessárias e cometeu a sandice de se comparar a Abraham Lincoln, como se o ex-presidente norte-americano fora um néscio oportunista. De “imbecil” para frente, Lula usou outras tantas palavras descabidas para aparecer, pois só na esteira de absurdos é que consegue alguma evidência.
Em Brasília, mais precisamente no plenário da Câmara dos Deputados, um destempero do petista Devanir Ribeiro – autor da fracassada proposta de um terceiro mandato para Lula – reforçou o perfil do partido político que acredita ser uma reunião de gênios e intelectuais que frequentam as árvores genealógicas de Messias e Aladim.
Inconformado com a decisão do Democratas de inserir na exposição que retrata os 33 do PT um painel com os episódios de 2005, ano em que veio à tona o escândalo do Mensalão e foi propositalmente ocultado da mostra, Devanir Ribeiro chamou o colega Onyx Lorenzoni (DEM-RS), de “canalha”. “Esse canalha aqui [Onyx] não tem nada de fazer isso”, disparou Devanir Ribeiro.
A atitude de Ribeiro confirma a tese que o ucho.info destaca há mais de uma década. O PT e seus veneráveis (sic) integrantes não sabem conviver com o contraditório. Quando uma opinião divergente surge em cena, uma reação truculenta em termos verbais é o mínimo que acontece, sempre lembrando que nos bastidores as ações são covardes e sórdidas.
Por mais que os petistas neguem a existência do Mensalão, o partido, sob o comando e a anuência de Lula, protagonizou o maior escândalo de corrupção da história política nacional, fato que não poderia faltar nessa exposição histórica em que o partido tenta se mostrar como uma usina de acertos, quando na verdade é uma catapulta de escândalos.
Em termos históricos, os parlamentares do Democratas foram minimalistas e cometeram uma falha, pois faltou inserir um painel com o episódio do assassinato de Celso Daniel, então prefeito de Santo André, que acabou morto, como direito a sessões de tortura, apenas porque discordou da destinação dada ao dinheiro das propinas cobradas na cidade do ABC paulista. Não custa destacar que havendo boa vontade por parte dos integrantes da Procuradoria-Geral da República não será difícil identificar a conexão entre o assassinato de Celso Daniel e o Mensalão do PT.
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