PUBLICIDADE
FELIPE BÄCHTOLD
DE PORTO ALEGRE
DE PORTO ALEGRE
O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), disse nesta quinta-feira (21) que a fuga do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato para a Europa foi, do ponto de vista pessoal do réu, um gesto "competente".
Temer disse não saber se o Brasil terá condições de obter a extradição de Pizzolato, condenado a 12 anos e 7 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão.
Caso Pizzolato será avaliado quando ele for preso, diz ministério da Justiça da Itália
Nome de Pizzolato já está na lista de procurados pela Interpol
Em carta, Pizzolato diz ter ido à Itália em busca de novo julgamento; leia íntegra
Pizzolato voou sem passaporte da Argentina para a França, dizem amigos
Nome de Pizzolato já está na lista de procurados pela Interpol
Em carta, Pizzolato diz ter ido à Itália em busca de novo julgamento; leia íntegra
Pizzolato voou sem passaporte da Argentina para a França, dizem amigos
"Ele foi para a Itália, um país que não concede a extradição. Do plano pessoal, foi um gesto até competente. Certamente vai haver um pedido do Brasil e vai haver um pleito pela extradição. Agora, o que vai acontecer eu confesso que não saberia."
Editoria de Arte/Folhapress |
A FUGA DE PIZZOLATO Como o ex-diretor do Banco do Brasil condenado no mensalão conseguiu escapar das autoridades |
Temer fez a declaração a jornalistas em Porto Alegre ao ser questionado sobre a possibilidade de extradição do réu do mensalão.
Pizzolato tem cidadania italiana e não deve ser extraditado pelo país europeu. Ele teve o seu passaporte recolhido em 2012, mas conseguiu fugir para a Europa, provavelmente por meio da Argentina.
Mais tarde, ao ser questionado na mesma entrevista se via a possibilidade de uma troca do foragido brasileiro pelo italiano Cesare Battisti, que vive no Brasil, Temer disse que o caso do italiano já esta superado. "A questão [de Pizzolato] agora se restringe a decisões judiciais."
MENSALÃO E 2014
Na entrevista, Temer procurou não responder diretamente perguntas sobre as prisões decretadas pelo Supremo Tribunal Federal no processo do mensalão. Ao ser questionado sobre o caso do deputado licenciado José Genoino (PT-SP), afirmou que declarações sobre o assunto podem ser vistas como "agressão à decisão do Judiciário".
Mas afirmou que, no governo, há comentários "condoídos" sobre a situação de saúde do congressista petista, mas de natureza não institucional. "As pessoas sabem qual é a situação [de saúde dele]. Eu mesmo sei qual é a situação. Há comentários [do tipo:] que coisa, 'que pena', 'a Justiça tem que dar uma solução'."
O vice-presidente também afirmou que não vê o mensalão tendo impacto nas eleições de 2014, mas diz que o caso será explorado no debate político.
"[Para explicar] temos que fazer um debate sociológico aqui. Por que os efeitos de uma sentença do Supremo não atingirão determinadas camadas da população? Acho que, basicamente, em face de tudo que o governo fez. Primeiro, trouxe grandes benefícios sociais para grandes camadas da população."
+ LIVRARIA
Nenhum comentário:
Postar um comentário