sexta-feira, 15 de novembro de 2013

A PRISÃO DOS MENSALEIROS (5) Reações ridículas – Genoino se diz “preso político”. Não! Ele é só um político preso






Costumo antever a conversa dessa turma, não é? Sei como eles pensam. Leiam a nota emitida por José Genoino (em vermelho):
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Com indignação, cumpro as decisões do STF e reitero que sou inocente, não tendo praticado nenhum crime. Fui condenado por que estava exercendo a Presidência do PT. Do que me acusam? Não existem provas. O empréstimo que avalizei foi registrado e quitado.
Fui condenado previamente em uma operação midiática inédita na história do Brasil. E me julgaram em um processo marcado por injustiças e desrespeito às regras do Estado Democrático de Direito.
Por tudo isso, considero-me preso político.
Aonde for e quando for, defenderei minha trajetória de luta permanente por um Brasil mais justo, democrático e soberano.
José Genoino
 Comento
Nunca um só homem disse tantas tolices em nota tão curta. Começo pelo óbvio, não? Até porque tratei do assunto nesta quinta no debate na VEJA.com e, nesta sexta, em post neste blog. Não! Genoino não é um preso político, o que só existe em ditaduras, muitas delas apoiadas pelo PT. Genoino será outra coisa: UM POLÍTICO PRESO, uma ocorrência de regimes democráticos.
O tal empréstimo, ficou mais do que demonstrado, era uma fraude — não se diz que é “coisa para inglês ver” porque os ingleses não são bobos, não é? Era mesmo uma armação para enganar a brasileirada. Mas deu errado. Os brasucas também não quiserem ser feitos de otários.
É BOM LEMBRAR: o próprio ministro Ricardo Lewandowski fez troça das operações do banco Rural, destacando sua falta de seriedade. É BOM LEMBRAR MAIS AINDA: até o ministro Dias Toffoli, que divergiu de Joaquim Barbosa em muitos votos, condenou Genoino por corrupção ativa. Motivo principal? Os empréstimos de mentirinha, que teve a sua chancela, a sua assinatura.
“Preso político”??? As democracias não têm presos políticos, excetuando-se, talvez, os terroristas — se é que se pode chamar de “política” o que fazem. Concordo com os ministros do Supremo que viram no mensalão uma tentativa de golpe contra a democracia, mas terrorismo não foi…
Quanto à trajetória, pergunto: a qual Genoino ele se refere? Aquele que militou no Parlamento, vá lá, pode se enquadrar no padrão a que ele aludiu — ainda que o intento último do PT seja mesmo liquidar os adversários. O do passado mais remoto, aí não! O militante que aderiu à guerrilha do Araguaia não era “justo” porque ainda estão para ser demonstradas a justiça e a justeza do socialismo; não era “democrático” porque o socialismo, em essência, é a negação da democracia, que só existe em regimes capitalistas; não queria a “soberania” do país porque a natureza do socialismo é o chamado internacionalismo.
Assim, a nota de Genoino falseia o presente, falseia o passado recente e falseia a história.
Por Reinaldo Azevedo

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