terça-feira, 19 de junho de 2012

CPI quer ouvir juiz que abandonou Monte Carlo por ameaças



Parlamentares vão protocolar requerimento para levar Paulo Augusto Moreira Lima à comissão

Integrantes da CPI do Cachoeira começaram a se mobilizar nesta terça-feira para levar ao colegiado o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, que pediu afastamento das investigações envolvendo a operação Monte Carlo após ter recebido “ameaças veladas”. Um requerimento para que o magistrado possa ser ouvido na CPI está pronto para ser protocolado na comissão de inquérito.
“Se ele quiser colaborar com a CPI, estamos dispostos a ouvi-lo”, disse o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). De acordo com o parlamentar, os esclarecimentos do juiz poderiam levar à identificação dos responsáveis pela coação.
“Precisamos identificar quem fez as ameaças. O magistrado precisa colaborar com o país a identificar essas pressões para que possamos agir”, afirmou.
Em plenário, senadores também fizeram uma espécie de desagravo a Moreira Lima. No último dia 13, o então responsável pela Monte Carlo encaminhou ofício ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região alegando não ter mais condições para investigar um esquema de contravenção coordenado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira. 
“Minha família, em sua própria residência, foi procurada por policiais que gostariam de conversar a respeito do processo atinente à Operação Monte Carlo, em nítida ameaça velada”, explicou Moreira Lima no ofício enviado à justiça.
O TRF 1ª Região informou que Moreira Alves será substituído pelo juiz Leão Aparecido Alves. O substituto, no entanto, deve se declarar impedido por ser amigo da família de José Olímpio Queiroga Neto, um dos principais auxiliares do bicheiro no esquema criminoso. Contra sua atuação no caso ainda consta o registro de que um dos grampos da operação Monte Carlo captaram uma conversa telefônica partida de aparelho telefônico seu

Nenhum comentário:

Postar um comentário