Um remédio que está há mais de dez anos no mercado pode ser uma opção para pessoas com osteoartrite, doença crônica que afeta a cartilagem e o tecido das articulações
(Thinkstock)
Um remédio para osteoporose que está há mais de dez anos no mercado pode ser uma opção para pessoas com osteoartrite, doença crônica que afeta a cartilagem e o tecido das articulações. Pesquisa apresentada no Congresso Europeu de Osteoporose e Osteoartrite, que acontece na França até este domingo, mostrou que aqueles que tomaram ranelato de estrôncio apresentaram redução de 27% na perda da cartilagem - o equivalente a um ano de perda do tecido.
O estudo, liderado pelo professor Cyrus Cooper, das Universidades de Oxford e South, foi feito com 1.371 pacientes com idades entre 62 e 72 anos - 69% eram mulheres e 31%, homens. Nos pacientes que receberam doses diárias de 2 mg, a perda de cartilagem foi reduzida em relação aos que tomaram placebo.
Essa diferença foi avaliada por meio de radiografias. Os pacientes foram acompanhados por três anos, em 98 centros médicos de 18 países. "Foi demonstrado que, com o passar do tempo, havia perda de altura da cartilagem no grupo placebo e perda muito menor no grupo que tomou a droga. Houve diferença estatisticamente significativa da diminuição do espaço articular", afirma Márcio Passini, presidente do Comitê Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Passini explica que já era sabido que o ranelato de estrôncio agia sobre o osteoblasto, célula que estimula a formação óssea - daí seu uso no contra a osteoporose. O estudo mostrou que ele age também no condrócito, célula que produz a cartilagem. "Descobriu-se que pessoas que tomavam ranelato de estrôncio tinham menos lombalgia. Supunha-se que era pelo fato de estarem sendo tratadas da osteoporose, o que evitava as microfraturas. Estudo posterior mostrou que os sinais de osteoartrite na coluna haviam melhorado. E aí surgiu o estudo para o uso do ranelato no tratamento também da osteoartrite", explica. "Essa foi uma das surpresas do congresso. Houve bastante discussão em relação a isso."
A osteoartrite é relacionada à idade: atinge 60% da população com mais de 50 anos. "A doença atinge com frequência joelhos, e a dor acaba incapacitando. O paciente tem problemas de locomoção, não pode subir e descer escada", explica Passini. Em muitos casos é necessária prótese para substituir a articulação. "É uma belíssima esperança de solução para dois problemas com uma só medicação." O ranelato de estrôncio é vendido no Brasil, mas não é fornecido pelo SUS.
Essa diferença foi avaliada por meio de radiografias. Os pacientes foram acompanhados por três anos, em 98 centros médicos de 18 países. "Foi demonstrado que, com o passar do tempo, havia perda de altura da cartilagem no grupo placebo e perda muito menor no grupo que tomou a droga. Houve diferença estatisticamente significativa da diminuição do espaço articular", afirma Márcio Passini, presidente do Comitê Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Passini explica que já era sabido que o ranelato de estrôncio agia sobre o osteoblasto, célula que estimula a formação óssea - daí seu uso no contra a osteoporose. O estudo mostrou que ele age também no condrócito, célula que produz a cartilagem. "Descobriu-se que pessoas que tomavam ranelato de estrôncio tinham menos lombalgia. Supunha-se que era pelo fato de estarem sendo tratadas da osteoporose, o que evitava as microfraturas. Estudo posterior mostrou que os sinais de osteoartrite na coluna haviam melhorado. E aí surgiu o estudo para o uso do ranelato no tratamento também da osteoartrite", explica. "Essa foi uma das surpresas do congresso. Houve bastante discussão em relação a isso."
A osteoartrite é relacionada à idade: atinge 60% da população com mais de 50 anos. "A doença atinge com frequência joelhos, e a dor acaba incapacitando. O paciente tem problemas de locomoção, não pode subir e descer escada", explica Passini. Em muitos casos é necessária prótese para substituir a articulação. "É uma belíssima esperança de solução para dois problemas com uma só medicação." O ranelato de estrôncio é vendido no Brasil, mas não é fornecido pelo SUS.
Clique nas perguntas abaixo para saber mais sobre osteoporose:
Dr. Marcelo de Medeiros Pinheiro chefe do ambulatório de osteoporose da Unifesp e reumatologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz
*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.
(com Agência Estado)
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