Chanceleres da Unasul voam para Assunção, numa missão para observar legalidade do processo
22 de junho de 2012 | 3h 02
O Estado de S.Paulo
ASSUNÇÃO - Numa surpreendente votação na Câmara dos Deputados, o pedido de julgamento político contra o presidente paraguaio foi acatado ontem por 73 votos a favor e 1 contra. Processo continua hoje no Senado e as chances de que Fernando Lugo consiga se manter no poder são remotas.
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A razão alegada pelos congressistas para levar adiante o processo de impeachment foi a atuação de Lugo no violento episódio do dia 15, em Curuguaty, a 250 quilômetros da fronteira com o Brasil, quando camponeses sem-terra armados entraram em choque com a polícia, deixando um saldo de 17 mortes. A matança teria, segundo analistas, convertido-se no pretexto ideal para os grupos que fazem oposição a um presidente politicamente enfraquecido em sua base de apoio, forçado a governar por decretos.
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Mas, se for bem-sucedida em seu objetivo de destituir Lugo, a oposição paraguaia terá de convencer os vizinhos de que não houve ilegalidade no processo, sob o risco de violar cláusulas de blocos regionais como a Unasul e o Mercosul.
A celeridade do processo está na raiz da desconfiança dos líderes regionais, como a presidente brasileira, Dilma Rousseff, que falou em golpe de Estado. Para deputados e senadores paraguaios, a rapidez justifica-se pelo temor de que grupos violentos venham em apoio a Lugo. Ontem, forças de segurança adotavam medidas para evitar manifestações no centro de Assunção.
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