sábado, 23 de junho de 2012

A "ochlokratie"




A "ochlokratie" é sempre uma das maiores ameaças à liberdade e é a melhor forma, a mais eficaz de levar ou sustentar déspotas no poder. (Autor desconhecido)

“Uma nação somente se desenvolve e alcança a justiça dentro de sua sociedade se observar o princípio da subsidiariedade, o livre mercado e estado de direito, e nele inserido o direito de propriedade. Mas isso exige a compreensão de um mundo real, com as falhas inerentes à natureza humana e rejeitarmos a preponderância da oclocracia frente às instituições democráticas, principalmente quando há a reivindicação de privilégios no trato da coisa pública.” (Gerhard Erich Boehme)


Devemos estar atentos ao desenrolar do processo de impeachment do atual ocupante do Palacio de los López, ou simplesmente Palacio de Gobierno, a sede de governo da República do Paraguay, pois há um projeto de poder em curso, o qual não apenas está desestabilizando o Paraguay, país que como muitos da América Latina está também construindo sua democracia.

Em todos os fóruns internacionais é defendida a soberania das nações, mas aos que pertencem ao chamado Foro San Pablo, o qual está subjugando nações na América Latina, seja politicamente, economicamente Descrição: image004.gif@01CD5076.42F94D90, com a pretensão de se consolidar a UNASUL, mas também através dos mecanismos mais afastados do lícito, como o do tráfico de drogas, hoje uma das principais fontes de renda.

Os congressistas paraguaios sabem que a pressão política, principalmente por parte dos chamados "Ministros das Relações Exteriores" exercerá um poder paralelo e pode desestabilizar a frágil democracia paraguaia. E notem o discurso, é dito que o impeachment trata-se de uma afronta a democracia. Até mesmo Miriam Leitão o mencionou no dia de hoje no Bom dia Brasil Descrição: Descrição: image004.gif@01CD5076.42F94D90, não considerando o tempo e que a oposição é multipartidária.

1.  Como pode ser isso, se os congressistas foram eleitos democraticamente?
2.  Como pode ser isso se este processo está sendo conduzido por praticamente todo o Congresso, não apenas pelo membros de um ou outro partido?

Assim como Miriam Leitão, muitos estão a bater na mesma tecla: “Partido Colorado” e sempre com a retrospectiva histórica que lhes é oportuna. Assim induzem o pensamento crítico dos brasileiros, argentinos, bolivianos, venezuelanos, ...

Seguramente a afirmativa parte do fato de que a maioria pertença ao Partido Colorado, que foi o mesmo partido que deu em passado distante o suporte ao regime de exceção do General Alfredo Strößner Matiauda, conhecido como Presidente Stroessner, que lá governou de forma arbitrária no período de 1954 a 1989. Repito: 1989.

2012-1989=23

Depois de Strössner, passaram pela presidência (1) Andrés Rodríguez Pedotti, (2) Juan Carlos María Wasmosy Monti, o primeiro eleito democraticamente, desde 1811, (3) Raúl Alberto Cubas Grau, (4) Luis Ángel González Macchi, (5) Óscar Nicanor Duarte Frutos, até chegar ao atual representante do Foro San Pablo no Paraguay: (5) Fernando Armindo Lugo de Méndez S.V.D., que é conhecido respeitosamente como um ex-bispo católico, uma espécie de Boff misturado com Frei Betto, ex-ativista político, mas na realidade foi um bispo-garanhão e é o principal líder de todos os movimentos que destacam a oclocracia paraguaia.

Notem que os chamados chanceleres dos países que fazem parte do Foro San Paulo, dizem representar os países integrantes da Unión de Naciones Suramericanas – UNASUR (União das Nações Sul-Americanas – Unasul) e ao chegaram ao Paraguay, dizendo defender o processo democrático, não foram conversar com o chanceler paraguaio, mas por orientação do chanceler brasileiro, Antonio Patriota, o grupo seguiu do aeroporto de Assunção para a residência oficial de Lugo. O que por si só denota que o grupo tomou parte de um dos lados no processo e visa assumir uma clara posição. Só faltou a presença do ex-chanceler Celso Luiz Nunes Amorim e lá conduzir suas patacadas, ou melhor, PTa-cadas Descrição: Descrição: image004.gif@01CD5076.42F94D90. O risco agora é ele envolver nossos militares.

A realidade é que a cassação só não ocorrerá se o Senado desistir de levar o processo de impeachment adiante após a pressão do Foro San Pablo, pois Lugo tem hoje uma forte oposição na sociedade, exceto é claro dentro do grupo que promove a oclocracia, assim como tem forte oposição na Câmara e no Senado. E até mesmo de seu vice-presidente, Federico Franco, do PLRA (Partido Liberal Radical Autentico), uma espécie de Partido Republicano no Paraguay. Na Câmara, 76 deputados votaram a favor do processo de impeachment. Apenas um apoiou Lugo e três se abstiveram. Para passar no Senado, o impeachment deve ser aprovado por dois terços dos parlamentares. A Casa tem 45 senadores, porém apenas três (todos de partidos minoritários) apoiam Lugo. As bancadas mais fortes são do Partido Colorado (15) e do Partido Liberal (14).

Seguramente o Paraguay não é nenhum exemplo de democracia, mas o Paraguay promove hoje a desestabilização da sociedade brasileira, é através dele que temos hoje no Paraná a maior escalada da violência, escalada esta jamais vista em nosso país, superando até mesmo indicadores de nosso pior regime de exceção que se formou com a quartelada que muito denominam de "Proclamação da República", quando tivemos centenas de milhares de mortes, uma diáspora, que inclui até mesmo os mais dignos dos brasileiros que acompanharam a Família Imperial, sem contar que foi também o mais longo período de exceção que tivemos.

Para tal é importante conhecer a visão dos dois lados:

E o do Brasil Imperial: http://www.brasilimperial.org.br/

Este período de exceção, que se inicia com a quartelada vai até o nosso segundo período de exceção, a Revolução de 30. E ele, apesar de ser conhecido com nomes até encantadores, como "A República Velha" ou "Primeira República" deve ser sim conhecido pelo pior período que o Brasil passou em termos de falta de democracia, de arbitrariedades, de corrupção, sendo superado somente após 1985 com o dono do Brasil, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa. Este período pode ser dividido em dois períodos, denominados República da Espada e República Oligárquica, e ele é fundamental para entendermos como as nossas instituições foram sendo formadas, ou melhor deformadas.

Depois da quartelada foi-nos imposto um regime de exceção, teve certo alento quando em 1891 o "Marechal" Deodoro foi eleito presidente pelo colégio eleitoral, depois o Congresso tentou aprovar a Lei de Responsabilidades, que reduzia os poderes do presidente, em resumo, depois ocorre a dissolução do Congresso e é estado de sítio no país.  E assim o Brasil deslizou para um longo período de governos fracos, ditaduras e crises constitucionais e econômicas. Tivemos assim inúmeras revoluções, levantes e guerras civis, como a  Revolução Federalista, Guerra de Canudos, etc. 

E para quem gosta de história e entender a realidade brasileira e latino-americana atual quatro livros são essenciais:

Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano
A Volta do Idiota
Estes foram escritos por Plinio Mendoza, Carlos Alberto Montaner e Álvaro Vargas Llosa.

Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil
Guia Politicamente Incorreto da América Latina
E estes escritos por Leandro Narloch e Duda Teixeira, os quais figuram entre os dois livros mais vendidos no Brasil da atualidade.

A partir deles e de tantos outros livros de história de autores respeitados podemos entender porque na América Latina se tem hoje o Foro San Pablo dominando importantes setores de nossa sociedade, não apenas as Relações Exteriores, mas também o comércio internacional (UNASUR), nos impondo uma atrofia na nossa industrialização, até o surgimento do 4º Setor como um dos mais destacados, onde o tráfico de drogas, de veículos, de pessoas, da bio-pirataria e de órgãos se impõe sobre nossa sociedade.

Desta triste realidade surge uma ruptura entre os que governam e os que são governados; dissolveu-se o elo entre os que detêm o poder e aqueles de onde emana o poder; em resumo, os que estão em cima já não representam os que estão em baixo! Na verdade, a atual classe política se apossou do Estado e o transformou num consórcio dela, dirigido por ela e para ela mesma. É esta realidade que se está agora sendo contestada pelo congresso paraguaio, pois o que está em jogo lá é a defesa do direito de propriedade.

No que se refere a questão econômica, temos hoje dois modelos, apesar do fato de que devemos fugir sempre de uma dicotomia, ao menos serve para fins didáticos. A questão é que dois modelos econômicos merecem destaque na América Latina, de um lado os países que formam um bloco hegemônico, liderado pela Venezuela, e de outro o Chile e de certo modo, seguindo este modelo, o Uruguai e a Costa Rica. Um bloco hegemônico que procura implantar na América Latina algo próximo ao domínio do mal observado no Século XX, agora com a balda do “Socialismo do Século XXI”  .

Não é sem razão que o Brasil lidera o número de empresas com déficit crescente, onde temos 20 das 30 maiores perdas nos dois últimos anos, temos entre as empresas mais lucrativas aquelas que são exploradoras de commodities ou formadas pelos principais bancos que operam no Brasil. O processo de concentração de empresas, com suas desonerações seletivas, é seguramente similar a uma outra nação que nos anos 30 do século XX se viu refém de inúmeros movimentos, de sua oclocracia, a serviço de um partido, que então também se chamava PT - Partido dos Trabalhadores, este formado pelo Carlos Henrique Gouveia de Mello de lá, um tal de Anton Drexler.

Infelizmente não nos damos conta das escolhas erradas dos brasileiros.

Entre as que exploram commodities temos a PETROBRAS, mas esta não é referencial, dificilmente daria prejuízo, pois há artificialismo que penalizam o consumidor e o contribuinte. Não é o mercado que avalia sua competência ou a permite operar no mercado, o consumidor não tem opção de escolha, quando muito acredita que há a escolha da bandeira. Quem determina a escolha é o dirigismo estatal, uma herança que conjuga o que há de pior na nossa história, o oportunismo e a defesa de privilégios, assegurada pelos Marechais Manuel Deodoro da Fonseca e Floriano Vieira Peixoto – que nos legaram o pior período de exceção, a maior diáspora – inclusive a de nossa Família Real, o maior número de mortes em conflitos internos e a perda do rumo da liberdade que somente nomes com o engenheiro e intelectual André Pinto Rebouças  . o jurista Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, o engenheiro Alfred d’Escragnolle Taunay, o Visconde Taunay e o farmacêutico e jornalista José Carlos do Patrocínio nos asseguraram durante o II Império - e o “nacionalismo” de Getúlio Dorneles Vargas, Ernesto Geisel e Lulla, mas não se limita a eles.

E é sempre necessário sabermos diferenciar nacionalismo de patriotismo. Neste sentido o Rodrigo Constantino nos produziu um excelente texto: "O perigo nacionalista" www.institutoliberal.org.br/conteudo/download.asp?cdc=2639
Assim como é importante sabermos diferenciar o que de fato nos poderia levar à verdadeira riqueza das nações.


“Sem liberdade individual não pode haver civilização nem sólida riqueza; não pode haver moralidade e justiça; e sem essas filhas do céu, não há nem pode haver brio, força e poder entre as nações”


Seguindo este modelo, que os escritores Plinio Mendoza, Carlos Alberto Montaner e Álvaro Vargas Llosa muito bem descreveram em seus dois best-sellers, o Brasil está a apresentar tudo o que há de ruim, mas pautados pelo populismo e no Clientelismo político, já tivemos o “Reizinho” personagem principal do clássico infanto-juvenil de Luiz Pazos, este um livro de leitura obrigatória para a juventude PTista: O Reizinho Populista, agora assistimos uma administração indecisa, muitas vezes voltada para administrar pelo espelho retrovisor, sem contar que não inova, não cria, segue o mais do mesmo, mas agora a conjuntura internacional não nos é mais favorável, agora as mentiras são facilmente observadas. O grave é que retrocedemos a um patamar de industrialização similar ao que o Brasil ocupava em 1956.

O que nos consola é olharmos para a Argentina e para Venezuela e vermos situações piores que a nossa e que para muitos ainda serve de referencial, não se dão conta que a doutrinação não os fazem pensar e utilizarem indicadores reais. Mas isso é o que o Congresso da República del Paraguay, ou melhor, Tetã Paraguái, não deseja.

Em contrapartida, temos um país vizinho ao Paraguay, que não faz divisa com o Brasil. Lá desponta a liberdade. O Chile continua a liderar os indicadores de liberdade e outros tantos indicadores sociais e baixos índices de corrupção, mas estes não nos servem de referenciais. Optamos pela Vodka Orloff. Nossos economistas governamentais acreditam que a Argentina ainda nos sirva de referencial.

Aplaudimos quando Cristina Elisabet Fernández de Kirchner busca reviver a questão das Falkland Islands e entregar documentos ao Sr. David William Donald Cameron nos corredores, atropelando a determinação do povo que colonizou aquelas Ilhas. A Argentina mostra com isso que vive de seu passado, no caso das “Malvinas” do período que teve certo domínio, isso de 1820 a 1833. Nem antes e nem depois soube colonizar e estender seu domínio sobre elas.

Agora o destaque é pela cobiça, repetindo os erros do General Leopoldo Fortunato Galtieri Castelli e Jorge Rafael Videla Redondo, com sua pretensão sobre territórios chilenos, com os quais os argentinos também empreenderam sua guerra pela soberania sobre três ilhas no Canal de Beagle (Ilhas PictonLennox e Nueva).

Felizmente o que separa o Brasil da Argentina são os rios Paraná e Uruguai e estes limites foram consolidados por D. Pedro II, Duque de Caxias e pelo Barão do Rio Branco.

E o mais triste é que temos no Brasil segmentos de nossa sociedade que não reconhecem a autodeterminação dos povos  , no caso dos kelpers, e desconsideram a história. E este mesmo grupo agora começa a se movimentar para conceber a defesa do bispo-garanhãocolocam a oclocracia em curso, e bradam que falam nome da democracia.

Na Argentina a disputa atual é pelo petróleo, pois desde a descoberta em 1998, os recursos petroleiros ampliaram as tensões entre o Reino Unido e a Argentina. A questão com a guerra com o Chile também envolvia o petróleo, assim como as reservas de urânio.  Há 30 anos, o escritor argentino Jorge Luis Borges, horrorizado com a guerra entre os dois países pela posse do arquipélago, a comparou à disputa "entre dois calvos por um pente".

Hoje operam na prospecção cinco empresas encabeçadas por Rockhopper e Desire Petroleum, contudo, apenas Rockhopper conseguiu identificar até o momento uma reserva de hidrocarboneto significativa, no campo de Sea Lion, na bacia norte do arquipélago. A companhia espera começar o desenvolvimento este ano para iniciar exploração comercial a partir de 2016.

Segundo a Edison Investment Research a previsão de produção em Sea Lion se aproxima em tamanho do maior campo do mar do Norte, já que podem encontrar reservas de quase 8 bilhões de barris nessa zona. Para efeito de comparação, as reservas comprovadas do Reino Unido (essencialmente no mar do Norte), são atualmente de 3 bilhões de barris. E partindo da estimativa de 8,3 bilhões de barris, os recursos petroleiros podem gerar 180 bilhões de dólares em impostos ao governo local durante toda a exploração.

É de olho nesta riqueza que os argentinos estão de olho, o que caracteriza e motiva a esquerda local. São desejosos em repetir algo parecido com o que foi feito com a PETROBRAS pelo dono do Brasil, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa.

Se o Brasil caminha a passos lentos, os argentinos contam com vários setores da sociedade que de fato tentam destruir o país pelo menos desde os anos de 1940 (e ainda não conseguiram), inclinação suicida que entrou em ritmo frenético nos anos de Carlos Menem (1989-99) e nos dois seguintes.

No campo político a melhor definição é o colapso, a Argentina não se recuperou até hoje. E lá a oposição é ainda mais escassa que no Brasil. O personalismo extremado, dramático e de estilo populista sobrevive forte e isso em um país mais instruído que o Brasil.

Reestatizar a YPF seguramente é contraproducente, o que seria correto é no Brasil também viéssemos a privatizar a PETROBRAS, ao menos os estore em que atua e que não estão relacionados a um monopólio natural, que é uma das poucas razões de se ter empresas estatais. O mesmo vale para a Petróleos de Venezuela (PDVSA) e a mexicana Pemex. Que sustentam os governos venezuelanos e mexicanos e os afastam de uma verdadeira democracia e de uma verdadeira economia de mercado. No caso da Argentina fica a pergunta: De onde vai sair o dinheiro do investimento? Acaso será o modelo brasileiro que lhes irá servir de referencial, assim asfixiando a iniciativa privada, matando a galinha dos ovos de ouro? Ou seria o Venezuelano?

Os argentinos amargam hoje uma inflação superior a 25% ao ano, e este é o melhor processo que se tem para penalizar os mais pobres, pois o imposto inflacionário lhes é cruel, já que as populações de baixa renda não tem como se defender dele. Este era o caso do Brasil, bastou reduzi-lo a níveis aceitáveis que o resultado logo apareceu. Foi o caso no Brasil, muito embora seja dito o contrário.

"Só uma verdadeira e bem urdida Sociedade do Privilégio consegue o prodígio de alijar a Economia de Mercado do sistema político-partidário e nos impor candidatos a desancar o que chamam de "o modelo neoliberal", cada qual propondo, em diferentes vestimentas, a extensão de novos Privilégios e o crescimento do Estado." (Gustavo Franco é economista da PUC-RJ e ex-presidente do Banco Central gfranco@palavra.com - www.gfranco.com.br)  .

E o Chile, qual será a razão de não nos servir de referencial?

Seguramente deve ser porque não sabemos fazer uso de importantes indicadores, mas isso seria pedir demais aos nossos economistas governamentais, estes são merecedores das críticas de Stephen Kanitz:

Kanitz muito bem definiu de economistas governamentais. O genovês Guido Mantega se caracteriza muito bem como um deles, de um lado por agradar a esquerda e por outro por se deixar convencer de que Keynes seja a solução para a crise brasileira que já dá sinais claros de sua presença e que será impiedosa com uma nação que deu sustentação aos gastos indevidos sem realizar as reformas necessárias para solucionar seus entraves ao desenvolvimento.

O artigo de Kanitz é de 1990, mas permanece cada dia mais atual, pois hoje temos até mesmo na Presidência da República uma figura que se caracteriza como tal.

Economistas governamentais, ainda dominam o cenário político-econômico no Brasil, infelizmente. E qual a razão?

- São verbais.

São verbais, pois falam na mesma frequência dos políticos e são, por isso, seus principais assessores. Empolgam os políticos pelo discurso e pela visão utópica de que podem consertar o mundo de cima para baixo. Eles encantam a todos que gostam da centralização excessiva do Estado, foi assim com os trabalhistas brasileiros antes de 1964, depois com os militares, principalmente depois da revolução dentro da revolução em 1969. Encantaram o hoje dono do Brasil, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, até chegar ao dono da consciência dos brasileiros, o Sr. Luís Inácio da Silva e sua terceirizada Dilma Vana Rousseff (Linhares).

Kanitz comentou que os economistas governamentais tem uma visão lírica como a de um poeta, e foi justamente na gestão de um presidente-poeta que os economistas governamentais mais influência tiveram. A bem da verdade, os economistas governamentais erram em seus planos não por sadismo, nem por ignorância, mas por incapacidade genética. São pessoas verbais que dão ênfase ao efeito, não se dão conta que devemos atuar nas causas.
Um bom exemplo é a distribuição de renda, optam por fazê-la com prioridade, mas não privilegiam o que de fato concorre para a geração de emprego, riqueza e renda, como a educação fundamental e a liberdade individual.
Muito menos levam em consideração o princípio da subsidiariedade, eles não acreditam que cidadão tenha a capacidade de decisão. Ainda mais por ser ela muitas vezes racional.

Os economistas governamentais, agora com Dilma Vana e Pochmann tendem a ser românticos e de esquerda, a acreditar na autoridade da palavra e nas soluções de cima para baixo. Os trabalhistas também o foram, assim como os militares, principalmente após 1969, ou depois de 1969. Os socialistas também o são, tanto os internacional-socialistas, quanto os nacional-socialistas, com seus infindáveis discursos, ou como os nacional-socialistas ou PTistas da atualidade, com a vocação para o palanque.

O Professor Kanitz conclui em seu artigo: “Apesar de desprovidos das capacidades necessárias para comandar uma economia, dominam nossas vidas.” O Professor Márcio Pochmann é um exemplo clássico, pois busca subsidiar com estudos ideológicos a busca por mais e mais centralização  .

Vale a pena ler “Consumerism Is Keynesianism,” Freeman Online, December 9, 2010  .

Galbraith e suas justificativas para mais Estado 

Neste sentido necessitamos receber dos economistas governamentais as respostas a três perguntas básicas:

1.  Quais são as tarefas autênticas do Estado para que ele possa ser eficaz nos seus resultados?
2.  Em que nível, federal, estadual ou municipal, devem ser realizado? E qual é o papel de cada poder?
3.  Como controlar os gastos estatais e impedir que eles se expandam continuamente e não sejam retirados ou desviados os recursos que deveriam ser destinados aos bens e serviços públicos, principalmente por políticos e sindicalistas?



“O Estado não deve, de forma alguma, fazer aquilo que os cidadãos também não possam fazer. Isso é autoritarismo puro. Ao contrário, só se pode atribuir ao Estado tarefas que os próprios cidadãos possam cumprir, mas que não é desejável que as cumpram sozinhos (seja porque isso sairia muito caro, seja porque não teriam forças para executá-las). O Estado nada mais é do que o resultado da transferência de poder dos indivíduos para uma entidade que os represente em suas próprias ações. E ninguém pode transferir o que não tem.” (Marli Nogueira)



Bem, os indicadores estão disponíveis, estes nos permitem relacionar a liberdade com os demais indicadores sociais:

1.    "Index of Economic Freedom World Rankings" The Heritage Foundation.
2.    "Economic Freedom of the World: Annual Report" do The Cato Institute.
3.    "Economic Freedom of the World: Annual Report" do Fraser Institute.

A correlação é simples, os países mais livres são também os mais desenvolvidos e com melhor qualidade de vida.

no. E pelas notícias, continua a destruir. A Argentina é um exemplo claro de como a sua “ideologia” leva uma nação à miséria e como torna o povo dependente dos que estão no poder. É por isso que ela nos tem servido de referencial. Lá foram incubadas as “melhores” práticas de um dirigismo estatal, felizmente os nossos militares não enveredaram pelo mesmo caminho dos argentinos.

No livro "A crise Argentina: os sofrimentos de Carmencita" encontramos bons argumentos  .

Este livro nos apresenta como a Argentina foi levada para a miséria, isso depois de 70 anos de rápido e notável crescimento, entre 1860 e 1930. Vieram então 70 anos de estagnação e caos. O país, que no início do século XX era mais rico do que a França, a Itália e a Suécia, é agora um país falido. E a "presidenta" Kirchner somente dá continuidade à demagogia.

Essa transformação inacreditável nunca poderia ter ocorrido sem Juan e Eva Perón, mais todos os erros cometidos pelo populismo, nacionalismo, protecionismo e governos cada vez mais corruptos. Após décadas de disputas distributivas destrutivas, inflação galopante, escândalos políticos sem comparação e reformas fracassadas, a Argentina está atualmente numa encruzilhada dramática.

O livro do professor Mauricio Rojas é uma resposta contundente, simples e convincente às alegações de que a crise econômico-financeira da Argentina teria sido causada pela utilização de uma política ‘neoliberal’. O autor mostra de forma sintética e muito clara que, ao contrário das alegações da esquerda, a crise argentina foi promovida, alimentada e levada a consequências dramáticas pelo intervencionismo estatal que tentou, durante muito tempo, sem êxito, substituir as forças espontâneas de mercado. O intervencionismo foi de tal dimensão que acabou com a instituição do Estado de direito, ignorando a história do próprio país que teve sua prosperidade do passado graças às condições criadas pelo próprio Estado de direito.

O livro foi traduzido por  Cândido Mendes Prunes e Francisco Beralli.

“Pior que  não fica!” (Francisco Everardo Oliveira Silva – Um dos  pensadores que caracterizam o Brasil da atualidade)

O que passou se deu no final da década de 50 do século passado, a Argentina estava saindo de um período de exceção, Perón fora forçado a deixar o país. Ele, por conta do populismo, governara desastrosamente e destruíra por completo as bases econômicas da Argentina. Seu sucessor, Eduardo Leonardi, não foi muito melhor. A nação estava pronta para novas ideias e foi neste momento que um dos mais notáveis professores de economia foi convidado para uma série de palestras. Mas os argentinos não fizeram a lição de casa e a história está lhes sendo madrasta.

Lembrando o grande pensador brasileiro da atualidade, compatível com a popularidade depositada ao presidente, o Sr. Francisco Everardo Oliveira Silva, candidato eleito a Deputado Federal com o número 2222 pelo Partido da República, por São Paulo, a Argentina conseguiu desmenti-lo, e isso antes mesmo dele se lançar candidato e escolher sua frase de efeito. Vale lembrar que o pensador “Francisco Everardo Oliveira Silva” é emblemático, como bem nos lembra o genial Luciano Pires, pois ele caracteriza muito bem os personagens de um de seus best-seller: Brasileiros pocotó.
Resta saber se o brasileiro está disposto a pensar e fazer as lições necessárias. Acredito que não, Tiririca e Dilma se elegeram, ele representa os artifícios de um partido que se caracteriza pela irresponsabilidade, apostam no voto de protesto, mas que carrega votos para outros candidatos do Partido da República, pois as regras eleitorais são desconhecidas dos brasileiros, quanto a ela ...

....

Quanto ao Partido da República, vale lembrar que eles defendem o sufrágio livre e secreto, devendo a lei propiciar a todos os candidatos a possibilidade de comunicação de suas ideias, observada as disposições partidárias, com o que concordo. E também concordo que a lei deve punir severamente o abuso do poder econômico nas campanhas eleitorais, e a fraude nas apurações. Porém outros candidatos do PR serão eleitos sem que tenham sido votados, defendido e comunicado suas ideias, o que ocorre devido as regras eleitorais que levam ao congresso representantes que de fato não representam uniformemente os brasileiros, já que não possuímos coeficiente eleitoral que assegure que todos sejam iguais na hora de votar, como é o caso dos paulistas, os quais são cidadãos de segunda categoria na hora de votar.

Mas este é um tema para outros debates. E que quiser se alongar sobre a Argentina valem as considerações abaixo.

Mas retornando ao Paraguay, lá tentam agora colocar a oclocracia a serviço do Foro San Pablo, inclusive contra interesses de muitos brasileiros que para lá foram e se tornaram prósperos agricultores, que assim estão também a movimentar parcela significativa da economia paraguaia. E este é um erro que corre no Paraguay, ainda mais se a crise chegar lá com maior intensidade.

Mas o mais grave, e isso em termos de tráfico de drogas, é no Paraguay onde se está produzindo a craconha, criptonita ou zirre, que é a forma mais bombástica de se levar os jovens ao consumo do crack ou cocaína. Assim podemos relacionar a Marcha da Maconha, seus organizadores, e ingênuos defensores, com os interesses do Foro San Pablo.

“Drogas – Um debate sem respostas”

Mas o que vem a ser a tal oclocracia e porque devemos temê-la?

Mas o que é o Foro San Pablo e porque devemos temê-lo?


Se acaso você achou que estou fazendo elucubrações fantasiosas, que estou defendendo posicionamentos de uma direita radical, ou pensou em me ofender ou de alguma forma me desqualificar, então, se assim for, me responda a algumas perguntas, pois aguardo as respostas. Antes porém considere o seguinte:

Não é sem razão que temos hoje uma das sociedades mais violentas do mundo:

a)  Cada 5 minutos uma mulher é violentada no Brasil, muitas são mortas.
b)  14 das 50 cidades mais violentas do mundo estão no Brasil e Curitiba é uma delas. E temos a costa Leste paranaense como a região mais violenta do Brasil;
c)  Tivemos nos últimos 30 anos mais de 1 milhão de homicídios e o crescimento é exponencial;
d)  Em 2011 tivemos mais de 195 mil vitimas fatais devido a violência;
e)  O custo da violência supera 5% de nosso PIB, isso segundo estudos desatualizados realizados pelo IPEA, o Banco Mundial estima para o Brasil 7,5% do PIB perdido com a violência, eu estimo em mais de 10% e apresento as razões.

Perguntas a serem respondidas:


1.  Qual o volume de cocaína e crack produzido hoje na Colômbia, em especial pelas milícias dos paramilitares ligadas ao ex-Governo Uribe e pelas FARCs?
2.  Qual a produção de cocaína e crack produzida na Bolívia?
3.  Qual a produção de cocaína produzida no Peru e no Equador?
4.  O que efetivamente estes países (Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Peru e Equador) estão fazendo para erradicar o arbusto Erythroxylum coca Lamarck de seu território?
5.  Em quais países a Erythroxylum coca Lamarck pode ser cultivada legalmente?
6.  E nestes o que é feito de efetivo para impedir a produção de pasta e refino da coca?
7.  Qual a quantidade desta droga, incluindo também a pasta que vem da Bolívia, entra no Brasil e é aqui processada e consumida?
8.  Coo esta droga está entrando no Brasil?
9.  Qual o número de mortes imputadas à cocaína e ao crack no Brasil?
10.      E destas, qual o número de menores?
11.      E destas, qual o número de negros e demais afrodescendentes?
12.      E destas, qual é o número de adolescentes grávidas?
13.      E qual o número de pessoas que estão em tratamento médico no Brasil? Incluindo os filhos de mães dependentes?
14.      E destas sob tratamento na área de saúde pública?
15.      Qual o gasto público com o tráfico de drogas, em especial junto à justiça e a polícia judiciária (Policia Federal e nos estados as Polícias Civis e Técnico-científicas ou Técnicas), junto à área de saúde e na área da prevenção ao crime (Polícia Rodoviária Federal e as estaduais, Polícias Militares e Brigada Militar)?
16.      Qual a justificativa da presença norte-americana na Colômbia? E qual o poderio militar deste país presente naquele país?
17.      Qual a justificativa da presença de militares cubanos na Venezuela?
18.      Qual a justificativa da presença de pessoas das FARC em acampamentos e assentamentos do MST no Brasil e no Paraguay?
19.      Qual o poder de armamentos nas mãos de milícias bolivarianas e por que pessoas identificadas com a repressão cubana estão hoje assessorando o Governo de Chávez?
20.      Qual a razão da produção do arbusto Erythroxylum coca Lamarck ter aumentado exponencialmente após o atual presidente Juan Evo Morales Ayma da Bolívia, conhecido como índio cocalero, ter sido eleito, inclusive com apoio ostensivo por parte de nossas autoridades?
21.      Dentre os seguintes países, quais possuem entidades que participam do Foro San Pablo, incluindo as entidades ilegais em seus respectivos países: Brasil, Uruguay, Paraguay, Argentina, Nicaragua, Honduras, El Salvador, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Peru, Barbados, Cuba, Chile, Costa Rica, República Dominicana, Guatemala, México, Porto Rico, Estados Unidos, Canadá e Equador?
22.      Dentre as seguintes entidades, legais ou ilegais em seus respectivos países, quais delas fazem ou fizeram parte do Secretariado Permanente do FSP - Foro San Pablo: Partido dos Trabalhadores; FARC (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia – Ejército del Pueblo); Izquierda Unida (Peru); Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (El Salvador); Frente Sandinista de Libertação Nacional (Nicarágua); Partido Comunista de Cuba; Frente Ampla do Uruguai; Partido da Revolução Democrática (México); Movimiento Lavalás (Haiti); Movimiento Bolivia Libre e MST (Movimento dos Sem-Terra - Brasil)?
23.      Quais são as principais ações que o Brasil está tomando, no campo das Relações Exteriores e da Defesa (Exército, Marinha e Aeronáutica) para coibir o tráfico de drogas e a presença de traficantes dos países produtores atuando no Brasil?
24.      Quais as principais ações que o Brasil está tomando, no campo da Polícia Judiciária (da Polícia Federal e das Polícias Civis e Técnico-científicas estaduais) nos estados de fronteira?
25.      Qual é o número de brasileiros presos no exterior devido ao tráfico de drogas como a cocaína e o crack? E quais são as restrições impostas aos brasileiros devido os precedentes nesta questão das drogas?
26.      E internamente, quais são as principais ações desenvolvidas pelas polícias judiciárias (Polícia Federal, Policia Civil e Polícia Técnico-científica), que são responsáveis pelos primeiros passos da justiça, e pelas Polícias e Brigadas Militares, Polícias Rodoviárias Federal e Estaduais, que, entre outras atribuições, são responsáveis subsidiariamente à iniciativa privada e ao cidadão na prevenção aos crimes e pela  preservação da ordem pública através de serviços de policiamento ostensivo e preventivo, frente ao tráfico de drogas e sua distribuição?
27.      Qual a razão do judiciário ou da polícia judiciária, não possuir instalações apropriadas para a incineração de drogas, assim dependendo de favores de empresários do setor de cimento ou petroquímico, entre outros?
28.      Qual a quantidade incinerada de drogas no Brasil?
29.      Qual a razão da presidente Dilma Vana Russeff ( Linhares) e os principais membros de seu partido, o PT - Partido dos Trabalhadores, evitarem de falar sobre o Foro San Pablo e as ligações com membros e seus parentes incorporados ao funcionalismo público brasileiro, principalmente durante as campanhas políticas?
30.      Qual a razão de jornalistas e a mídia noticiarem o envolvimento de membros do PT e das FARC, dentro e fora do Foro San Pablo e estes não serem denunciados, darem ao PT "Direito de Resposta", ou ainda o PT ou seus membros virem a público esclarecendo os fatos denunciados?
31.      Qual a razão de somente a Revista Veja ter sido judicialmente penalizada por emitir uma opinião sobre as relações do PT com as FARCs, uma vez que as denúncias foram e estão sendo apresentadas por diversos meios em nossa imprensa?
32.      Qual a razão do PT e de seus membros somente mencionarem que trata-se de uma imprensa "PIG" ou de denuncismo sem provas? Acaso o respeito ao eleitor não exige um esclarecimento público, já que as denúncias são recorrentes e apresentam o envolvimento ou a ação de membros ou entidades ligadas ao PT ?
33.      Quais são as ações educativas, e de esclarecimento aos pais, desenvolvidas nacionalmente, e nos Estados, visando a prevenção ao uso de drogas, com destaque ao uso da cocaína e do crack?
34.      Quais são as ações desenvolvidas junto a gestores educacionais e aos professores desenvolvidas nacionalmente, e nos Estados, visando a prevenção ao uso de drogas, com destaque ao uso da cocaína e do crack?
35.      Qual o percentual de maconha apreendida que contém percentuais de crack na sua composição, estes chamados de craconha, ziré ou desirée?
36.      Qual a razão do atual governo quanto ao financiamento da rodovia Trans-cocalera com recursos do BNDES, cito a estrada, que ligará os Departamentos (províncias) de Cochabamba e Santa Cruz. Uma estrada que não apenas expõe os conflitos internos da Bolívia, principalmente por atravessar o Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (Tipnis), uma reserva de 1,091 milhão de hectares onde vivem entre 10 mil e 12 mil nativos dos povos moxeñoyurakaré e chimane, mas principalmente pelo fato de facilitar a logística interna de distribuição de cocaína e seus similares para o Paraguay e principalmente o Brasil. Será uma estrada que fará jus ao nome “Trans-cocalera”.

Mas, e os brasileiros? E os estrangeiros que aqui residem ou nos visitam? Como será até a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016? Será de fato a cocaína a principal atração entre os espetáculos durante a Copa e entre as competições durante as Olimpíadas?

E o que vemos, uma igreja formada pelos teólogos de corte, como bem nos lembra o Padre Paulo Ricardo Azevedo Jr., na maioria das vezes referendando esta ideologia que está a produzir tanto mal: http://www.youtube.com/watch?v=eDi-IC0VZJo

Mas isso já foi alertado há mais de duas décadas, como bem nos escreveu o Embaixador José Osvaldo de Meira Penna:



Leia também:
http://www.meirapenna.com.br/publicacoes/livros/1980/O%20evangelho%20segundo%20Marx/index.htm
http://www.cieep.org.br/index.php?page=artigossemana&codigo=780

Mas faltam as respostas a uma infinidade de perguntas, entre elas destaco apenas algumas:

Tivemos a explosão da violência a partir de 2006/7, quando saltamos de 50 mil mortes por ano para mais de 150 mil mortes devido a violência em 2009. Em 2010 subiu para mais de 180 mil mortes. E os números agora fecham algo próximo a 195 mil mortes para 2011. Muito temos a “agradecer” a um dos principais membros do Foro San Pablo: o cocalero, como é conhecido internacionalmente Juan Evo Morales Ayma e com ele o bispo-garanhão, o que agora estão a defender.

Tivemos e temos toda uma polêmica sobre os relacionamentos entre o PT - Partido dos Trabalhadores e as FARC - Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia – Ejército del Pueblo, principalmente através do chamado Foro San Pablo, cujas entidades foram fundadoras juntamente com os governos ditatoriais cubano e "bolivariano" da Venezuela. Igualmente temos uma questão no mínimo estranha, o apoio dado ao presidente cocalero da Bolívia, mesmo ele saqueando propriedades de brasileiros ou não respeitando contratos com empresas brasileiras, não é de se estranhar a forma com que as drogas encontraram espaço no Brasil, de Norte ao Sul, do Leste ao Oeste, em todas as camadas sociais. Ficam as perguntas que merecem ser respondidas, não se limitando a presidente a responder o que faz nos efeitos - quando cita a questão somente se limita aos viciados, mas nas causas que levam a se viciar ou de fato limitar, com o uso do poder coercitivo do Estado, a entrada de tanta droga no Brasil.

São perguntas que entendo como necessárias a serem respondidas. E isso em um cenário - embora com números não atualizados - onde o narcotráfico é responsável, ou está associado a ele, por mais de 50% das ocorrências policiais em muitas cidades brasileiras. Dos presos que ocupam as penitenciarias por diversos crimes também mais de 50% estão envolvidos com drogas, quer como usuários ou  traficantes. Sem contar que nos presídios e cadeias públicas a visita íntima,  somada a favores sexuais a "companheiros de cela", é uma das formas principais de pagamento.

Dos crimes praticados  por menores já apenados (internados) em instituições do tipo "FEBEM", Fundação Casa, etc., o número já era assustador, mais de 70% estão envolvidos com o consumo de drogas e com distribuição de coca e maconha e consumo de bebida alcoólica.

Neste cenário de uma tragédia nacional, as drogas seguramente são responsáveis pela desagregação da juventude, com forte impacto na evasão escolar.

Estima-se que há no Brasil mais de 15 milhões de consumidores de droga nas idades entre 13 anos e 25 anos, este número deve saltar para mais de 25 milhões até 2016, quando se encerra as Olimpíadas, os quais para manterem seu vício necessitam delinquir ou se prostituir, quando não são alvo de homicídios, por falta de pagamento. Tempos por conta disso o mais elevado IHA do mundo, perdendo apenas para as regiões de fronteira no México. E vale lembrar que é este o futuro que nos reserva.   E este número não se restringe mais em áreas restritas em grandes centros, mas em toda pequena cidade, em regiões distantes. Somente determinados como usuários de Crack são mais de 5 milhões de brasileirinhos e brasileiros, são seres humanos que em terão uma expectativa de vida média de no máximo 10 anos. E temos uma estimativa de mais de quatro milhões de usuários de cocaína. É mais que uma epidemia, é uma pandemia.

Recentes estimativas feitas a partir de informações sobre o consumo de drogas, especificamente cocaína e crack, trazem dados alarmantes sobre os valores envolvidos no tráfico. Estima-se que o faturamento anual da venda no varejo de cocaína e crack somente no Rio de Janeiro e São Paulo movimentem uma faixa de R$ 700 milhões a 1 bilhão de Reais.  E vale lembrar que estas duas drogas, dada a maior oferta, tiveram uma queda de preço em torno de 50 vezes, o que ilustra bem a relação entre a oferta e a procura, já que em um cenário onde as autoridades mencionam que há maior policiamento o preço, face a repressão, deveria subir, tal qual ocorreu com as bebidas alcoólicas nos Estados Unidos durante a lei seca. O faturamento anual mundial está próximo de US$ 600 bilhões, o que supera o comércio de petróleo e perde somente para a indústria de armamentos.

O mercado de drogas não é o único ilegal em uma grande cidade, mas ele é tipicamente o mais associado à violência urbana. E não podemos desconsiderar que tráfico de drogas é um crime federal, de atribuição da Polícia Federal, mas que é assumido pelos Estados por convênios, omissão ou incompetência mesmo.

Os custos sociais dessa violência são de grande magnitude e vão bem além dos custos diretos com a segurança. As áreas violentas expulsam negócios bem sucedidos, levando-os à falência ou forçando o seu deslocamento para locais mais seguros, afugentando assim os empregos nas atividades formais mais bem sucedidas.

Um jovem viciado em droga, caso fossem aplicados recursos públicos em entidades privadas de recuperação, como as vinculadas a entidades confessionais custam mensalmente em torno de 2 a 3 mil Reais, em entidades públicas, como desejam os PTistas, desejosos de maior presença do Estado em todos setores e na vida do cidadão, o valor sobe para mais de 5 mil Reais, razão dos R$ 4 bilhões estimados pela presidente Dilma. É mais uma forma de se promover a emPTização e o nePTismo.

Se formos coniventes com a violência, devemos refletir sobre esta questão e as questões apresentadas acima, pois ela dificulta que o Estado forneça bens e serviços públicos que a população de fato necessita, saúde pública em especial.

E a propósito: Quem pagará a conta das despesas dos chanceleres dos países do Foro San Pablo agora presentes e interferindo em assuntos internos do Paraguay?

Qual a razão deles não fazerem o mesmo em relação à Síria?

Abraços,


Gerhard Erich Boehme
gerhard@boehme.com.br
Skype: gerhardboehme
Caixa Postal 15019
80530-970 Curitiba PR


"Prefiro a fantasia individual [de um liberal] ante a ilusão coletiva [de um socialista], pois esta irá se impor [ao sabor de uma oclocracia] e limitar, não apenas a possibilidade d’eu concretizar minhas fantasias através de minha criatividade e dos meus dons, estudos, esforços e talentos, etc., como também irá retirar de mim a liberdade, a vida e o patrimônio e desenvolverá ações contra nós todos, pois não há a defesa da responsabilidade individual, da valorização do mérito e da observação do princípio da subsidiariedade, do estado de direito, da defesa do direito de propriedade e da democracia [fundamentais para uma nação se desenvolver assegurando uma melhor qualidade de vida a todos]." (Gerhard Erich Boehme).




Considerações sobre a Argentina.

Comparando com seu vizinho Chile, a Argentina tem conseguido a proeza de levar miséria todo o seu povo, enquanto o Chile segue outra rota, no sentido contrário. Mas não podemos esquecer o efeito Orloff: Em matéria de política, há quem diga que a Argentina está sempre um passo à frente do Brasil. Muitos se utilizam até do slogan de uma marca de vodca para brincar com o fenômeno: “Eu sou você amanhã…

Alan Beattie, em seu livro “Falsa economia - Uma surpreendente história econômica do mundo”, ele que é um dos mais conceituados jornalistas econômicos da atualidade, afirma que o mundo tem reproduzido uma falácia de pensamento – uma falsa economia – ao considerar que o estágio de desenvolvimento de um país é inevitável, a ponto de ele estar predestinado a ser pobre ou rico.

Para o autor, “a história não é determinada pelo destino, pela religião, pela geologia, pela hidrologia ou pela cultura nacional.
É determinada pelas pessoas”. Para comprovar sua tese, apresenta nove variáveis relevantes para o desenvolvimento de uma nação, demonstrando-as em casos emblemáticos, como os de Argentina e Estados Unidos. No século XIX os dois países estavam entre as dez maiores economias do mundo, mas diferentes decisões fizeram com que trilhassem caminhos opostos. Uma tese ousada e que vai fazer você mudar a forma de ver a história econômica do mundo.

A Argentina nunca foi o melhor dos mundos, ainda mais para nós brasileiros, mas infelizmente não aprendemos com ela, continuamos a repetir os seus erros, mesmo nós tendo um Edson Arantes do Nascimento que foi preciso na sua frase, só não conseguimos a façanha de eleger a mulher do presidente, bem aí seria demais, já chega as medalhas da Ordem de Rio Branco que a Sra. Marisa Letícia, e as mulheres do vice José Alencar, Mariza Gomes da Silva; e do chanceler Celso Amorim, Ana Amorim receberam.

A Argentina não conheceu a estabilidade econômica e o desenvolvimento que a monarquia nos proporcionou, tivemos 67 anos de estabilidade política e econômica, uma única Constituição, uma das mais avançadas de sua época, e caminhávamos passo a passo com as economias mais fortes e desenvolvidas do mundo, tínhamos na época Rebouças, Taunay e Nabuco como elementos de um triângulo que compunha as possibilidades da estruturação do Estado Brasileiro, da "construção do Brasil" e da consolidação do III Império com a Princesa Isabel.  Seria a oportunidade de consolidarmos a liberdade e avançarmos, sem divisões artificias.


Mas seguimos os passos da Argentina: Em 120 e tantos anos de República, quais foram as nossas vitórias? Vamos aos seguintes pontos, na estabilidade política, até 1988 não tínhamos conseguido isso, tivemos em 110 anos, 9 golpes de estado, 13 ordenamentos constitucionais, 4 assembleias constituintes, 10 repúblicas, o Congresso, em nome da Liberdade, foi fechado 6 vezes, inclusive pelo primeiro Presidente, Marechal Deodoro da Fonseca. Se observássemos a lei, teríamos também, face ao Mensalão e tantos outros escândalos, mais um Impeachment. Optamos por nos subjugar internamente ao dono do Brasil, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa e externamente aos ditames do Foro San Pablo, com a polêmica participação das FARC - Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia – Ejército del Pueblo.

E agora submetendo a nossa juventude a uma perversa subjugação: às drogas.

Caminhamos para o quarto, já tivemos três grandes períodos de exceção, pelo número de mortes, o pior deles se deu após a quartelada que muitos chamam de “Proclamação da República”, depois durante o Estado Novo, no qual tivemos os paulistas lutando pela liberdade com a Revolução Constitucionalista de 32, e por fim o Regime Militar, que nos livrou de um conflito entre uma direita aparelhada, comandada por Adhemar de Barros e Carlos Lacerda, ambos também cassados, e uma esquerda financiada e treinada internacionalmente, ambas querendo nos subjugar. Hoje vemos o Brasil sendo administrado com base no espelho retrovisor, ou melhor, lembrando um genial brasileiro, com a Lanterna na Popa. Prevalece o clientelismo político e a sindicalização do Estado, com seu capitalismo de comparsas, intervencionista e sem mercado, e o socialismo de privilegiados, promovendo a escravização do cidadão, seja através de uma abusiva tributação ou de um endividamento crescente.

Voltando à Argentina, na passagem do século XIX para o século XX, ela era o país economicamente mais estável da América Latina. Depois da longa ditadura do caudilho Juan Manuel Rosas (1829-52), a República Argentina organizara-se como um Estado Liberal, mas os argentinos não souberam colocá-lo em prática, não souberam privilegiar o princípio da subsidiariedade, como fizeram os norte-americanos.

O poder era exercido com base em um grande pacto nacional, predominavam os ricos senhores de estâncias, membros dos setores comerciais e financeiros, estreitamente ligados ao mercado internacional controlado pela Inglaterra. O volume de exportações crescia de ano para ano. Sem a liberdade aos empreendedores e sem uma visão estratégica, sobrou a “vocação agrária” da Argentina, aumentavam as exportações de carne, couro, cereais e frutas secas e, na mesma medida, as importações de maquinofaturados ingleses. A economia Argentina dependia fundamentalmente da exportação de commodities, que são concentradoras de riqueza e renda, tal qual ocorre com o Brasil da atualidade, com políticas públicas equivocadas, exportamos emprego e commodities e importamos produtos com valor agregado.

Mesmo assim, nessas condições, o país conheceu um surto modernizador com a expansão da rede ferroviária e das comunicações, logicamente, para atender aos setores ligados ao mercado externo.

Foi neste momento que os argentinos subiram no pedestal, de onde não saíram, não é à toa que um de seus líderes é um cheirador tatuado com Che Guevara ou El Che  .. Ela já foi orgulhosa de ser o país mais europeu de toda a América, na Argentina se reproduzia nos mínimos detalhes os padrões culturais do Velho Mundo.

Nessa época teve início o desenvolvimento da indústria Argentina, especialmente no setor de alimentos (frigoríficos, por exemplo), o que não contrariava os interesses do setor explorador quanto à condução da política tarifária, pois também estava ligada ao comércio internacional. A indústria de bens de consumo duráveis viria a se desenvolver na década de 1910, com a participação de capitais norte-americanos e do capital marginal interno, mesmo com as reservas dos setores tradicionais ligados à exportação e importação. A Primeira Guerra Mundial, a exemplo de outros países da América Latina, como o Brasil do tempo de Francesco Matarazzo e suas IRFM, permitiria um grande surto industrial na Argentina. Com isso cresceria o operariado urbano.

Politicamente, o Estado argentino era liberal na forma e oligárquico no seu funcionamento, sujeito inclusive às dissidências dentro do bloco de poder e, consequentemente, a sucessivas crises.

Mas em vez de consolidar, a exemplo dos Estados Unidos,  Canadá e Austrália, a política liberal, os argentinos optaram pelo radicalismo: uma experiência populista. O Brasil seguiu a Argentina em 1930.
Vale lembrar que o populismo é uma forma de governar em que o governante utiliza de vários recursos para obter apoio popular, principalmente a mentira. O populista utiliza uma linguagem simples e popular, usa e abusa da propaganda pessoal, afirma não ser igual aos outros políticos, toma medidas autoritárias, não respeita os partidos políticos e instituições democráticas, diz que é capaz de resolver todos os problemas e possui um comportamento bem carismático. É muito comum encontrarmos governos populistas em países com grandes diferenças sociais e presença de pobreza e miséria. Mazelas que dizem ter eliminado.

Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil, adotou o populismo como uma das características de seu governo. Apelidado de "pai do pobres", promoveu seu governo com manifestações e discursos populares, principalmente no Dia do Trabalho (1º de maio). Não respeitou a liberdade de expressão e a democracia no país. Usou a propaganda para divulgar suas ações de governo.

Felizmente a nossa realidade atual é bem diferente disso, hoje temos as reformas que o Brasil necessitava sendo realizadas e o parlamentarismo efetivamente implementado. Ou não?

Infelizmente não, temos o populismo calcado em um sistema mais sofisticado de hegemonia em que o dominado não se sente dominado. Usa-se com volúpia instrumentos de publicidade e boas articulações com os meios de comunicações.

Voltando à Argentina, em 1916 é eleito Hipólito Irigoyen. Com Irigoyen tem início a adoção de algumas práticas de manipulação de massas, que, décadas mais tarde, tomará o nome de populismo. O líder radical, agora no poder, ao mesmo tempo que não avançava no sentido de transformações mais profundas na ordem econômica  e social da Argentina, procuravam em vez de investir em educação e assumir responsabilidades, como a de cortar gastos públicos, passaram a conceder privilégios a sua base social de apoio. Adotam, por exemplo, a instituição do salário mínimo e outras pequenas vantagens que favoreciam o operariado.
Contraditoriamente, ao mesmo tempo que mantinha intacta a grande propriedade e os interesses da minoria abastada, longe de terem políticas públicas que viessem a dar liberdade e responsabilidades à classe média em formação. Deixando a Presidência seis anos depois, garantindo a eleição de um partidário, Irigoyen elege-se novamente em 1928. A crise de 1929 viria arruinar a economia Argentina, impossibilitando a satisfação dos interesses, mínimos que fossem, das massas urbanas.
Depois de Hipólito Irigoyen em 6 de setembro de 1930, pela sua posição nitidamente ante-norte-americana, vista a estreita relação entre Argentina e Inglaterra, Irigoyen é derrubado pela aliança burguesia industrial e Exército, apoiada pelos Estados Unidos.
Terminava então a primeira tentativa democrática de toda a América Latina. Por outro lado, iniciava-se o processo de sucessivas intervenções militares na política argentina.

Em 1943 caiu Ramón Castilho, que em 1940 – com o apoio do Exército – havia afastado Roberto Ortiz, um presidente legalmente eleito em 1937, deposto pelo Grupo de Oficiales Unidos (GOU). Desse grupo fazia parte o coronel Juan Domingo Perón, que no governo militar que se instalou ocupava o cargo de Secretário do Trabalho e Presidência, além de acumular a Vice-Presidência e o Ministério da Guerra.

Perón comandou a política Argentina de 4 de junho de 1946 a  21 de setembro de 1955, com seus dois primeiros mandatos, depois esteve à frente de 12 de outubro de 1973 a 1 de julho de 1974, sendo sucedido por Isabelita Perón.

Em 1940 entra em cena a “República Sindicalista”, no Brasil ela veio sessenta anos depois, e a Argentina mergulha cada dia mais e mais no caos. Como Secretário do Trabalho, Perón tornou-se a verdadeira eminência parda do regime. Voltando-se para o operariado urbano, criou a Confederação Geral do Trabalho (CGT), abertamente controlada pela sua Secretaria. As lideranças sindicais foram atraídas, inclusive pela corrupção, além da grande massa de trabalhadores não sindicalizados. Sob a tutela do Estado a classe operária se organizava longe da influência liberal ou mesmo de socialistas e comunistas, ou de lideranças estranhas à CGT, duramente reprimidas diante de qualquer reação à política de Perón.

Em vez de se concentrar em como gerar emprego, riqueza e renda, o tema passou a ser a distribuição, criando novos sindicatos, oferecendo melhores condições de trabalho e salários mais altos – estes eram possíveis pelo aumento das exportações argentinas –, como parte de uma avançada legislação trabalhista e previdenciária, na qual se incluía a arbitragem estatal favorável ao operariado, Perón tornou-se a figura mais importante da República Argentina. Serviu de modelo para o segundo mandato de Vargas, sem Evita ou Isabelita.

Em outubro de 1945, temendo o crescimento da popularidade do então presidente, um golpe militar apoiado pelas elites tradicionais e pelos Estados Unidos derruba Perón. A ação dos militares peronistas, a revolta das massas operárias, dos descamisados, organizada pela CGT e por Evita, ocupando as ruas e decretando a greve geral, levou Perón de volta ao poder. Em 17 de outubro de 1945, ao recuperar suas antigas funções, Juan Domingos Perón passar a ser o homem mais forte de toda a Argentina.

Nas eleições de 1946, Perón surge como candidato apoiado pelas massas trabalhadoras urbanas e rurais, pela Igreja e por amplos setores do bloco militar. Neste pleito, registrou-se a primeira vitória esmagadora do peronismo: todos os senadores da República eram peronistas; da mesma forma quase todos os deputados federais e os governadores de províncias. As massas elegeram aquele que acreditavam ser o seu único benfeitor.

De 1946 a 1951, o peronismo foi o elemento marcante na política argentina. Neste período Vargas nos governou de novembro de 1930 até outubro de 1945 e de janeiro de 1951 até 24 de agosto de 1954, quando se suicidou. Não deixou nem Evita e muito menos Isabelita.

O Estado passa a intervir diretamente na economia, monopolizando o comércio externo e desenvolvendo uma política de nacionalização: ferrovias, comunicações, gás e transportes urbanos. Em vez de estimular a concorrência, privilegiando o consumidor, optou por criar estatais e acomodar parceiros e apoiadores políticos, soube leiloar o Estado. As reservas monetárias são empregadas na indústria de base e no aparelhamento da indústria leve.
No primeiro momento a Argentina vive uma época de prosperidade geral: isso permite a manutenção dos preços baixos, com a ajuda governamental e, ao mesmo tempo, dos altos salários. Segundo Perón, “esta é a justiça social”, daí o justicialismo, outra denominação dada ao peronismo. O culto à personalidade, parte da propaganda de massa, o paternalismo e o autoritarismo tornam-se as grandes características do populismo peronista. O autoritarismo é o outro lado da moeda: o Estado generoso faz as concessões e as massas subordinadas e submissas devem esperar por elas.

Em 1951, Perón é reeleito presidente com outra estrondosa vitória. Contudo os efeitos da irresponsabilidade se fazem presentes, os tempos são outros, pois as exportações começam a diminuir em virtude da concorrência internacional,  para a qual não se prepararam e internamente, não se acumulou o capital necessário para a arrancada da industrialização, ao mesmo tempo que aumentou a presença do capital norte-americano, esmagando qualquer possibilidade de crescimento interno. Podemos dizer então, o que entendo como redundante, o populismo irresponsável. A economia sem controle começou a conhecer a inflação galopante, os salários foram congelados e a onda de desemprego começou a afetar o operariado. A morte de Evita Perón (1952) – a eterna Secretária do Trabalho e a verdadeira “alma” do peronismo –, o agravamento da crise econômica e social, impedindo continuidade da política de equilíbrio das forças sociais, típica do populismo, enfraqueceram o peronismo. A Igreja rompe com o governo, as Forças Armadas se dividem e surge a primeira oposição organizada a Perón. A partir de 1953, inúmeros golpes debilitam a máquina de Estado controlada pelo presidente. Em setembro de 1955, um novo golpe militar, a partir de Córdoba, derruba Juan Domingos Perón, que passa a viver no exílio.
Entre 1930 e 1955 a Argentina conheceu mais de dez tentativas de golpes militares. Contudo, outras cinco intervenções militares na política argentina resultaram na derrubada de governantes, inclusive, a de Perón, em 1955.

O fantasma da esquerdização do movimento operário argentino e a ameaça de revigoramento do peronismo, além da impossibilidade de superação dos graves problemas que abalaram a economia nas últimas décadas, trouxeram os militares para a cena política, em caráter permanente.
De 1962, quando foi deposto Arturo Frondizi, por permitir a participação de peronistas nas eleições do ano, até 1983, quando a Argentina se redemocratizou com a vitória de Raul Afonsín, o país conheceu nove golpes militares. No Brasil tivemos a contrarrevolução de 1964 e dentro dela, em 1969 a revolução dentro da Revolução.

Perón colocou literalmente a Argentina rumo à miséria. Em vez de se concentrarem na educação e criar uma infraestrutura adequada à liberdade e competitividade do país, optaram pelo bem-estar social penalizando o contribuinte, também acertaram em muitas ações, como o investimento na área da saúde. Mas o grande erro foi afastar os investimentos internacionais, realizaram a expulsão de multinacionais do país e as nacionalizações. Em vez de mais mercado, passaram a tutelá-lo.

Perón volta do exílio a Argentina em 1973, com o fim do governo militar. Ele é reeleito presidente com 60% dos votos, tendo como vice a sua terceira mulher Isabelita.
Entre golpes e instabilidade política, prevaleceu sempre na Argentina o populista, agora o mesmo é realizado por Cristina Kirchner, infelizmente o populismo, tal qual em muitos países da América Latina, agravou o cenário nacional, se há quatro anos a pobreza, a desigualdade social e o emprego eram as maiores preocupações dos argentinos, hoje são a corrupção, a insegurança – a violência crescente - e a falta de transparência política.

Na Argentina, tal qual no Brasil, uma palavra idolatrada pelo povo é "social". Em nome do social, não só tudo é possível, mas também desejável. Esquece-se totalmente das calculadoras, e ignoram-se leis tão simples como não gastar mais do que se tem. Adotam-se jargões para encontrarem culpados. Passa a ser inevitável a articulação conjunta com o Foro San Pablo, destruindo as instituições e combatendo a imprensa livre.

A consequência natural disso é um aumento explosivo nos gastos públicos, típico do Estado benfeitor, que acaba inevitavelmente em um severo déficit fiscal, gerando inflação via emissão de moedas ou recessão via aumento de impostos ou juros.

Isso sem falar de todos os direitos nobres concedidos ao povo, como educação superior gratuita, moradia digna, transporte gratuito, trabalho bem remunerado, velhice tranquila e, por fim, felicidade eterna.  Seguramente houve acertos, mesmo os populistas não erram 100% do tempo.

Argentinos e brasileiros são assim grandes sonhadores, os argentinos com as mulheres, as Evitas, Isabelitas e as Cristinas, nós com embusteiros, “palanqueiros” e as festas e suas passeatas na Paulista.
O Brasil encontrou seu rumo, mas sem o charme das mulheres. O que nos caracteriza é que passamos, por conta do populismo, a detestar a dura realidade da vida, cheia de incertezas e insegurança, não nos preocupamos muito com o fato de que, para garantir tanto privilégio assim a alguns, precisa tirar de outros.

Paradoxalmente, o Estado, em prol do "social", deixa mais miseráveis do que encontrou, e temos inúmeros exemplos empíricos disso, sendo um dos principais a Argentina de Perón. Eva, sua esposa, confundiu Estado com instituição de caridade, e quem pagou o elevado preço foi a população, que saiu da prosperidade, de um dos países mais prósperos na época,  para a miséria. Será que o povo romântico não tem a mínima capacidade intelectual para entender que são justamente todos esses "direitos adquiridos" pelos monopólios dos sindicatos que jogaram metade dos brasileiros na informalidade?

Será que os mais de 150 milhões de latino-americanos desempregados ou na economia informal estão felizes com todos esses benefícios? Não conseguem perceber que isso é também a causa de um sistema de previdência falido que até na Europa, principalmente na França, representa uma bomba-relógio insustentável no médio prazo?
Mas voltando às lições que os argentinos não fizeram. Deixaram de entender que as leis da economia são naturais como a água, que deveriam ser observadas.

Em fins de 1958, Ludwig Heinrich Edler von Mises  foi convidado pelo Dr. Alberto Benegas Lynch para pronunciar uma série de conferências na Argentina, destas conferências surgiu posteriormente um livro que contém a transcrição das palavras dirigidas a centenas de estudantes argentinos. 
Suas conferências foram proferidas em inglês, no enorme auditório da Universidade de Buenos Aires.   Em duas salas contíguas, estudantes ouviam com fones de ouvido suas palavras que eram traduzidas simultaneamente para o espanhol. Ludwig Heinrich Edler von Mises falou sem nenhuma restrição sobre capitalismo, socialismo, intervencionismo, comunismo, fascismo, política econômica e sobre os perigos da ditadura. Aquela gente jovem que o ouvia não sabia muito acerca de liberdade de mercado ou de liberdade individual.

O auditório reagiu como se uma janela tivesse sido aberta e o ar fresco tivesse podido circular pelas salas. Ele falou sem se valer de quaisquer apontamentos. Como sempre, seus pensamentos foram guiados por umas poucas palavras escritas num pedaço de papel. Sabia exatamente o que queria dizer e, empregando termos relativamente simples, conseguiu comunicar suas ideias a uma audiência pouco familiarizada com sua obra de um modo tal que todos pudessem compreender precisamente o que estava dizendo.

von Mises fez posteriormente uma revisão destas transcrições no intuito de publicá-las em livro. Coube a sua esposa esta tarefa e ela teve muito cuidado em manter intacto o significado de cada frase, em nada alterando o conteúdo e preservando todas as expressões que costumava usar, tão familiares a seus leitores. Bem, o livro está aí, disponível hoje a todos  .

E as lições são:

Primeira Lição:  O capitalismo
Segunda Lição:   O socialismo
Terceira lição:   O intervencionismo
Quarta lição:   A inflação
Quinta lição:   Investimento externo
Sexta lição:   Política e ideias

O livro reflete plenamente a posição fundamental do autor, que lhe valeu - e ainda lhe vale - a admiração e os insultos dos adversários. Resta saber que posição devemos adotar, a realidade e a determinação para superar seus desafios ou a ilusão e aguardar dos outros a solução dos seus problemas, quem sabe vindas dos partidos e outras entidades que integram o Foro San Pablo  .

O livro está disponível para download  .


E quando falamos de petróleo, seja em função do conflito da Argentina com o Chile, ou com o Reino Unido, não podemos deixar de comentar o efeito que produz em uma sociedade, como foi bem observado por Celso Furtado.

E a questão do petróleo, será que trará benefícios ao argentino? E ao brasileiro? De minha parte creio que não e o digo baseado em um importante estudo conduzido pelo ex-ministro Celso Furtado, onde dois estudos pioneiros do economista mostram o impacto negativo da abundância de petróleo para a economia da Venezuela. O resulto está aí, além de ter colocado um déspota/demagogo no poder.

Estudos nos anos 50 e 70 mostram que a abundância dos recursos do petróleo foi instrumento de concentração de renda e de desigualdade.

A euforia provocada pela descoberta de enormes reservas petrolíferas no litoral brasileiro - na camada pré-sal da bacia de Santos- pôs em segundo plano uma evidência histórica: são minoria os países que souberam usar os recursos do petróleo para promover o desenvolvimento econômico e social.
Pesquisadores e economistas de todo o mundo tentam explicar o fenômeno. Estes dois estudos pioneiros foram lançados pela primeira vez em livro.
Tratam-se das pesquisas realizadas pelo economista Celso Furtado (1920-2004) na Venezuela em dois momentos distintos, 1957 e 1974, agora reunidas em "Ensaios sobre a Venezuela - Subdesenvolvimento com abundância de divisas".

Furtado é um dos maiores economistas brasileiros e autor, entre outras obras, de um clássico da economia política: "Formação Econômica do Brasil", livro editado pela primeira vez em 1959 e que disseca a história sobre como o país se desenvolveu e passou de uma organização feudal e agrária até alcançar os primeiros passos de uma economia industrial.

Nos estudos sobre a influência do setor petrolífero na Venezuela, ele faz amplo diagnóstico dos impactos das receitas do combustível sobre a estrutura produtiva. As pesquisas tiveram circulação restrita. A primeira foi alvo de uma espécie de "censura branca" do ditador Marcos Pérez Jiménez, que comandava a Venezuela em 1957.

Agora, diante da perspectiva de as reservas brasileiras se multiplicarem nos próximos anos, Rosa Freire D'Aguiar, viúva do economista, decidiu publicar os estudos no primeiro volume da série "Arquivos Celso Furtado". E neste caso cabe também uma comparação do Egito com Israel, a Jordânia ou mesmo o Brasil  .

"É uma análise fascinante. Mostra como a sobrevalorização do câmbio, nas circunstâncias de boom petrolífero, pode afetar a indústria e a agricultura de um país. Por isso, o general de plantão [na Venezuela] não achou muita graça", diz ela.

Encomendado pela Cepal (órgão da ONU para assessoramento à América Latina e ao Caribe), o estudo de 1957 -quando a Venezuela surfava num ciclo de alta do petróleo- conclui que a abundância de divisas fragilizou a agricultura do país e impediu que ele se industrializasse (à exceção, evidentemente, do setor petrolífero).

"A combinação dos elevados salários monetários com a sobrevalorização externa (preços baixos dos equipamentos) dá origem a uma tendência de substituir mão-de-obra por capital (...), resultando em atraso na diversificação ocupacional da população e na expansão do mercado interno", escreveu Furtado. O trabalho conseguiu antever um fenômeno relevante em países excessivamente concentrados no setor do petróleo apenas anos mais tarde.


"É um ensaio pioneiro, que antecipa as linhas conceituais do que a ciência econômica só viria a entender depois, quando estudou os impactos do câmbio permanentemente sobrevalorizado por causa da exportação de commodities", diz Carlos Medeiros, professor da UFRJ.



Nas últimas duas décadas, economistas e pesquisadores vêm se esforçando para entender o fenômeno, que ficou conhecido como "doença holandesa" - referência às crescentes exportações de gás natural do país europeu na segunda metade da década de 70.

Quando voltou à Venezuela para o segundo estudo, em 1974, já sob um regime democrático, na primeira gestão de Carlos Andrés Pérez, em outro ciclo de alta do petróleo, Furtado constatou que a situação havia se agravado.

No caderno de anotações pessoais, o economista brasileiro escreveu: "Não pode haver maior evidência de que o subdesenvolvimento é uma maneira deformada de acumular capital. Caracas é uma criação do automóvel: imensos capitais foram imobilizados para criar esse corpo pesado que funciona queimando royalties".

Na pesquisa de 1974, além de reiterar a força nefasta do petróleo sobre a produtividade da economia, Furtado observou que a Venezuela perdera a capacidade de poupar: "Criou-se um sistema econômico que produz pouco excedente sob a forma de poupança e impostos. Um sistema fundamentalmente orientado para o consumo e o desperdício".
E, nas anotações e reflexões pessoais, o economista observou ainda que não apenas o quadro econômico havia se deteriorado. "Ele constatou um mal típico de sistemas daquele tipo: a corrupção política, que já existia na ditadura dos anos 50, ficou ainda pior", diz Rosa.

No início de 1975, Furtado deixou Caracas. Pouco depois, Andrés Pérez, embalado pelo dinheiro fácil, nacionalizou a indústria do petróleo - e de siderurgia. Em 1989, voltou ao poder num ciclo de baixa. Quatro anos depois, foi afastado sob impeachment, acusado de corrupção.

A Venezuela estava mergulhada numa crise, resultado da ressaca provocada pelo petróleo e pelo endividamento público. Um ano antes de Pérez ter sido afastado, um obscuro e polêmico coronel paraquedista liderou uma tentativa de golpe: um certo Hugo Chávez.


A m... esta feita. Agora não se salva mais a Venezuela  .
O problema é que o socialismo PTista-bolivariano é a receita certa para a pobreza, mas não se dão conta disso  .
Ainda que requeiram tempo, as soluções existem. Mas, dependem de pesquisa científica, projetos sérios e planejamento. Em resumo, de uma boa administração e de uma boa engenharia.

Mas, e os administradores? E os engenheiros?


De uma coisa temos certeza, assim continuaremos a pagar os mais elevados impostos, e a manter uma das máximas, a de que o Estado arrecada cada dia mais impostos e presta menos serviços públicos de qualidade, assim nos tornamos uma das sociedades que mais promovem:

a)        a discriminação espacial  .
b)        a alienação através das drogas  .
c)        a violência  .
d)        a concentração de renda  .
e)        o desperdício de alimentos e perda de qualidade de vida  .
f) a pobreza ou estagnação do crescimento econômico  .
g)        a venda do Brasil e não de produtos e serviços brasileiros  .
h)        a violência contra as mulheres  .
i) o desrespeito com instituições do Estado   
j) a concentração urbana e o desrespeito à qualidade de vida  .
k)        a violência nas escolas  .
l) a escravidão 
m)       a doutrinação 

E qual seria a solução:

a) entendermos a importância do princípio da subsidiariedade   
b) entendermos a diferença entre democracia e a oclocracia  .
c) discriminarmos nos recibos e notas fiscais o quanto pagamos de impostos  .

Os dois primeiros dependem da educação e da maturidade, no caso de nós mesmos, o terceiro está tramitando no Congresso  e depois de institucionalizada a prática, o próprio povo brasileiro irá entender as razões pelas quais não tomamos o rumo do desenvolvimento .

Bem, com o que escrevi procurei dar uma visão geral dos erros que cometemos, e como seguimos os erros de outros países, com destaque aos erros cometidos na Argentina e deixamos de olhar para o Chile que segue no caminho correto. Posso estar errado, ou ter cometido erros, neste caso peço que me enviem através dos endereços abaixo as informações necessárias que possam me convencer do contrário.

Quem sabe a Presidente Dilma seja uma das primeiras, ou um de seus assessores realmente comprometidos com o povo brasileiro, com destaque para sua liberdade, para que o Brasil possa de fato prosperar:


"Não se conhece nação que tenha prosperado na ausência de regras claras de garantias ao direito de propriedade, do estado de direito e da economia de mercado." (Prof. Ubiratan Iorio de Souza)  .
 aros do Grupo,

A "ochlokratie" é sempre uma das maiores ameaças à liberdade e é a melhor forma, a mais eficaz de levar ou sustentar déspotas no poder. (Autor desconhecido)

“Uma nação somente se desenvolve e alcança a justiça dentro de sua sociedade se observar o princípio da subsidiariedade, o livre mercado e estado de direito, e nele inserido o direito de propriedade. Mas isso exige a compreensão de um mundo real, com as falhas inerentes à natureza humana e rejeitarmos a preponderância da oclocracia frente às instituições democráticas, principalmente quando há a reivindicação de privilégios no trato da coisa pública.” (Gerhard Erich Boehme)


Devemos estar atentos ao desenrolar do processo de impeachment do atual ocupante do Palacio de los López, ou simplesmente Palacio de Gobierno, a sede de governo da República do Paraguay, pois há um projeto de poder em curso, o qual não apenas está desestabilizando o Paraguay, país que como muitos da América Latina está também construindo sua democracia.

Em todos os fóruns internacionais é defendida a soberania das nações, mas aos que pertencem ao chamado Foro San Pablo, o qual está subjugando nações na América Latina, seja politicamente, economicamente Descrição: image004.gif@01CD5076.42F94D90, com a pretensão de se consolidar a UNASUL, mas também através dos mecanismos mais afastados do lícito, como o do tráfico de drogas, hoje uma das principais fontes de renda.

Os congressistas paraguaios sabem que a pressão política, principalmente por parte dos chamados "Ministros das Relações Exteriores" exercerá um poder paralelo e pode desestabilizar a frágil democracia paraguaia. E notem o discurso, é dito que o impeachment trata-se de uma afronta a democracia. Até mesmo Miriam Leitão o mencionou no dia de hoje no Bom dia Brasil Descrição: Descrição: image004.gif@01CD5076.42F94D90, não considerando o tempo e que a oposição é multipartidária.

1.  Como pode ser isso, se os congressistas foram eleitos democraticamente?
2.  Como pode ser isso se este processo está sendo conduzido por praticamente todo o Congresso, não apenas pelo membros de um ou outro partido?

Assim como Miriam Leitão, muitos estão a bater na mesma tecla: “Partido Colorado” e sempre com a retrospectiva histórica que lhes é oportuna. Assim induzem o pensamento crítico dos brasileiros, argentinos, bolivianos, venezuelanos, ...

Seguramente a afirmativa parte do fato de que a maioria pertença ao Partido Colorado, que foi o mesmo partido que deu em passado distante o suporte ao regime de exceção do General Alfredo Strößner Matiauda, conhecido como Presidente Stroessner, que lá governou de forma arbitrária no período de 1954 a 1989. Repito: 1989.

2012-1989=23

Depois de Strössner, passaram pela presidência (1) Andrés Rodríguez Pedotti, (2) Juan Carlos María Wasmosy Monti, o primeiro eleito democraticamente, desde 1811, (3) Raúl Alberto Cubas Grau, (4) Luis Ángel González Macchi, (5) Óscar Nicanor Duarte Frutos, até chegar ao atual representante do Foro San Pablo no Paraguay: (5) Fernando Armindo Lugo de Méndez S.V.D., que é conhecido respeitosamente como um ex-bispo católico, uma espécie de Boff misturado com Frei Betto, ex-ativista político, mas na realidade foi um bispo-garanhão e é o principal líder de todos os movimentos que destacam a oclocracia paraguaia.

Notem que os chamados chanceleres dos países que fazem parte do Foro San Paulo, dizem representar os países integrantes da Unión de Naciones Suramericanas – UNASUR (União das Nações Sul-Americanas – Unasul) e ao chegaram ao Paraguay, dizendo defender o processo democrático, não foram conversar com o chanceler paraguaio, mas por orientação do chanceler brasileiro, Antonio Patriota, o grupo seguiu do aeroporto de Assunção para a residência oficial de Lugo. O que por si só denota que o grupo tomou parte de um dos lados no processo e visa assumir uma clara posição. Só faltou a presença do ex-chanceler Celso Luiz Nunes Amorim e lá conduzir suas patacadas, ou melhor, PTa-cadas Descrição: Descrição: image004.gif@01CD5076.42F94D90. O risco agora é ele envolver nossos militares.

A realidade é que a cassação só não ocorrerá se o Senado desistir de levar o processo de impeachment adiante após a pressão do Foro San Pablo, pois Lugo tem hoje uma forte oposição na sociedade, exceto é claro dentro do grupo que promove a oclocracia, assim como tem forte oposição na Câmara e no Senado. E até mesmo de seu vice-presidente, Federico Franco, do PLRA (Partido Liberal Radical Autentico), uma espécie de Partido Republicano no Paraguay. Na Câmara, 76 deputados votaram a favor do processo de impeachment. Apenas um apoiou Lugo e três se abstiveram. Para passar no Senado, o impeachment deve ser aprovado por dois terços dos parlamentares. A Casa tem 45 senadores, porém apenas três (todos de partidos minoritários) apoiam Lugo. As bancadas mais fortes são do Partido Colorado (15) e do Partido Liberal (14).

Seguramente o Paraguay não é nenhum exemplo de democracia, mas o Paraguay promove hoje a desestabilização da sociedade brasileira, é através dele que temos hoje no Paraná a maior escalada da violência, escalada esta jamais vista em nosso país, superando até mesmo indicadores de nosso pior regime de exceção que se formou com a quartelada que muito denominam de "Proclamação da República", quando tivemos centenas de milhares de mortes, uma diáspora, que inclui até mesmo os mais dignos dos brasileiros que acompanharam a Família Imperial, sem contar que foi também o mais longo período de exceção que tivemos.

Para tal é importante conhecer a visão dos dois lados:

E o do Brasil Imperial: http://www.brasilimperial.org.br/

Este período de exceção, que se inicia com a quartelada vai até o nosso segundo período de exceção, a Revolução de 30. E ele, apesar de ser conhecido com nomes até encantadores, como "A República Velha" ou "Primeira República" deve ser sim conhecido pelo pior período que o Brasil passou em termos de falta de democracia, de arbitrariedades, de corrupção, sendo superado somente após 1985 com o dono do Brasil, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa. Este período pode ser dividido em dois períodos, denominados República da Espada e República Oligárquica, e ele é fundamental para entendermos como as nossas instituições foram sendo formadas, ou melhor deformadas.

Depois da quartelada foi-nos imposto um regime de exceção, teve certo alento quando em 1891 o "Marechal" Deodoro foi eleito presidente pelo colégio eleitoral, depois o Congresso tentou aprovar a Lei de Responsabilidades, que reduzia os poderes do presidente, em resumo, depois ocorre a dissolução do Congresso e é estado de sítio no país.  E assim o Brasil deslizou para um longo período de governos fracos, ditaduras e crises constitucionais e econômicas. Tivemos assim inúmeras revoluções, levantes e guerras civis, como a  Revolução Federalista, Guerra de Canudos, etc. 

E para quem gosta de história e entender a realidade brasileira e latino-americana atual quatro livros são essenciais:

Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano
A Volta do Idiota
Estes foram escritos por Plinio Mendoza, Carlos Alberto Montaner e Álvaro Vargas Llosa.

Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil
Guia Politicamente Incorreto da América Latina
E estes escritos por Leandro Narloch e Duda Teixeira, os quais figuram entre os dois livros mais vendidos no Brasil da atualidade.

A partir deles e de tantos outros livros de história de autores respeitados podemos entender porque na América Latina se tem hoje o Foro San Pablo dominando importantes setores de nossa sociedade, não apenas as Relações Exteriores, mas também o comércio internacional (UNASUR), nos impondo uma atrofia na nossa industrialização, até o surgimento do 4º Setor como um dos mais destacados, onde o tráfico de drogas, de veículos, de pessoas, da bio-pirataria e de órgãos se impõe sobre nossa sociedade.

Desta triste realidade surge uma ruptura entre os que governam e os que são governados; dissolveu-se o elo entre os que detêm o poder e aqueles de onde emana o poder; em resumo, os que estão em cima já não representam os que estão em baixo! Na verdade, a atual classe política se apossou do Estado e o transformou num consórcio dela, dirigido por ela e para ela mesma. É esta realidade que se está agora sendo contestada pelo congresso paraguaio, pois o que está em jogo lá é a defesa do direito de propriedade.

No que se refere a questão econômica, temos hoje dois modelos, apesar do fato de que devemos fugir sempre de uma dicotomia, ao menos serve para fins didáticos. A questão é que dois modelos econômicos merecem destaque na América Latina, de um lado os países que formam um bloco hegemônico, liderado pela Venezuela, e de outro o Chile e de certo modo, seguindo este modelo, o Uruguai e a Costa Rica. Um bloco hegemônico que procura implantar na América Latina algo próximo ao domínio do mal observado no Século XX, agora com a balda do “Socialismo do Século XXI”  .

Não é sem razão que o Brasil lidera o número de empresas com déficit crescente, onde temos 20 das 30 maiores perdas nos dois últimos anos, temos entre as empresas mais lucrativas aquelas que são exploradoras de commodities ou formadas pelos principais bancos que operam no Brasil. O processo de concentração de empresas, com suas desonerações seletivas, é seguramente similar a uma outra nação que nos anos 30 do século XX se viu refém de inúmeros movimentos, de sua oclocracia, a serviço de um partido, que então também se chamava PT - Partido dos Trabalhadores, este formado pelo Carlos Henrique Gouveia de Mello de lá, um tal de Anton Drexler.

Infelizmente não nos damos conta das escolhas erradas dos brasileiros.

Entre as que exploram commodities temos a PETROBRAS, mas esta não é referencial, dificilmente daria prejuízo, pois há artificialismo que penalizam o consumidor e o contribuinte. Não é o mercado que avalia sua competência ou a permite operar no mercado, o consumidor não tem opção de escolha, quando muito acredita que há a escolha da bandeira. Quem determina a escolha é o dirigismo estatal, uma herança que conjuga o que há de pior na nossa história, o oportunismo e a defesa de privilégios, assegurada pelos Marechais Manuel Deodoro da Fonseca e Floriano Vieira Peixoto – que nos legaram o pior período de exceção, a maior diáspora – inclusive a de nossa Família Real, o maior número de mortes em conflitos internos e a perda do rumo da liberdade que somente nomes com o engenheiro e intelectual André Pinto Rebouças  . o jurista Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, o engenheiro Alfred d’Escragnolle Taunay, o Visconde Taunay e o farmacêutico e jornalista José Carlos do Patrocínio nos asseguraram durante o II Império - e o “nacionalismo” de Getúlio Dorneles Vargas, Ernesto Geisel e Lulla, mas não se limita a eles.

E é sempre necessário sabermos diferenciar nacionalismo de patriotismo. Neste sentido o Rodrigo Constantino nos produziu um excelente texto: "O perigo nacionalista" www.institutoliberal.org.br/conteudo/download.asp?cdc=2639
Assim como é importante sabermos diferenciar o que de fato nos poderia levar à verdadeira riqueza das nações.


“Sem liberdade individual não pode haver civilização nem sólida riqueza; não pode haver moralidade e justiça; e sem essas filhas do céu, não há nem pode haver brio, força e poder entre as nações”


Seguindo este modelo, que os escritores Plinio Mendoza, Carlos Alberto Montaner e Álvaro Vargas Llosa muito bem descreveram em seus dois best-sellers, o Brasil está a apresentar tudo o que há de ruim, mas pautados pelo populismo e no Clientelismo político, já tivemos o “Reizinho” personagem principal do clássico infanto-juvenil de Luiz Pazos, este um livro de leitura obrigatória para a juventude PTista: O Reizinho Populista, agora assistimos uma administração indecisa, muitas vezes voltada para administrar pelo espelho retrovisor, sem contar que não inova, não cria, segue o mais do mesmo, mas agora a conjuntura internacional não nos é mais favorável, agora as mentiras são facilmente observadas. O grave é que retrocedemos a um patamar de industrialização similar ao que o Brasil ocupava em 1956.

O que nos consola é olharmos para a Argentina e para Venezuela e vermos situações piores que a nossa e que para muitos ainda serve de referencial, não se dão conta que a doutrinação não os fazem pensar e utilizarem indicadores reais. Mas isso é o que o Congresso da República del Paraguay, ou melhor, Tetã Paraguái, não deseja.

Em contrapartida, temos um país vizinho ao Paraguay, que não faz divisa com o Brasil. Lá desponta a liberdade. O Chile continua a liderar os indicadores de liberdade e outros tantos indicadores sociais e baixos índices de corrupção, mas estes não nos servem de referenciais. Optamos pela Vodka Orloff. Nossos economistas governamentais acreditam que a Argentina ainda nos sirva de referencial.

Aplaudimos quando Cristina Elisabet Fernández de Kirchner busca reviver a questão das Falkland Islands e entregar documentos ao Sr. David William Donald Cameron nos corredores, atropelando a determinação do povo que colonizou aquelas Ilhas. A Argentina mostra com isso que vive de seu passado, no caso das “Malvinas” do período que teve certo domínio, isso de 1820 a 1833. Nem antes e nem depois soube colonizar e estender seu domínio sobre elas.

Agora o destaque é pela cobiça, repetindo os erros do General Leopoldo Fortunato Galtieri Castelli e Jorge Rafael Videla Redondo, com sua pretensão sobre territórios chilenos, com os quais os argentinos também empreenderam sua guerra pela soberania sobre três ilhas no Canal de Beagle (Ilhas PictonLennox e Nueva).

Felizmente o que separa o Brasil da Argentina são os rios Paraná e Uruguai e estes limites foram consolidados por D. Pedro II, Duque de Caxias e pelo Barão do Rio Branco.

E o mais triste é que temos no Brasil segmentos de nossa sociedade que não reconhecem a autodeterminação dos povos  , no caso dos kelpers, e desconsideram a história. E este mesmo grupo agora começa a se movimentar para conceber a defesa do bispo-garanhãocolocam a oclocracia em curso, e bradam que falam nome da democracia.

Na Argentina a disputa atual é pelo petróleo, pois desde a descoberta em 1998, os recursos petroleiros ampliaram as tensões entre o Reino Unido e a Argentina. A questão com a guerra com o Chile também envolvia o petróleo, assim como as reservas de urânio.  Há 30 anos, o escritor argentino Jorge Luis Borges, horrorizado com a guerra entre os dois países pela posse do arquipélago, a comparou à disputa "entre dois calvos por um pente".

Hoje operam na prospecção cinco empresas encabeçadas por Rockhopper e Desire Petroleum, contudo, apenas Rockhopper conseguiu identificar até o momento uma reserva de hidrocarboneto significativa, no campo de Sea Lion, na bacia norte do arquipélago. A companhia espera começar o desenvolvimento este ano para iniciar exploração comercial a partir de 2016.

Segundo a Edison Investment Research a previsão de produção em Sea Lion se aproxima em tamanho do maior campo do mar do Norte, já que podem encontrar reservas de quase 8 bilhões de barris nessa zona. Para efeito de comparação, as reservas comprovadas do Reino Unido (essencialmente no mar do Norte), são atualmente de 3 bilhões de barris. E partindo da estimativa de 8,3 bilhões de barris, os recursos petroleiros podem gerar 180 bilhões de dólares em impostos ao governo local durante toda a exploração.

É de olho nesta riqueza que os argentinos estão de olho, o que caracteriza e motiva a esquerda local. São desejosos em repetir algo parecido com o que foi feito com a PETROBRAS pelo dono do Brasil, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa.

Se o Brasil caminha a passos lentos, os argentinos contam com vários setores da sociedade que de fato tentam destruir o país pelo menos desde os anos de 1940 (e ainda não conseguiram), inclinação suicida que entrou em ritmo frenético nos anos de Carlos Menem (1989-99) e nos dois seguintes.

No campo político a melhor definição é o colapso, a Argentina não se recuperou até hoje. E lá a oposição é ainda mais escassa que no Brasil. O personalismo extremado, dramático e de estilo populista sobrevive forte e isso em um país mais instruído que o Brasil.

Reestatizar a YPF seguramente é contraproducente, o que seria correto é no Brasil também viéssemos a privatizar a PETROBRAS, ao menos os estore em que atua e que não estão relacionados a um monopólio natural, que é uma das poucas razões de se ter empresas estatais. O mesmo vale para a Petróleos de Venezuela (PDVSA) e a mexicana Pemex. Que sustentam os governos venezuelanos e mexicanos e os afastam de uma verdadeira democracia e de uma verdadeira economia de mercado. No caso da Argentina fica a pergunta: De onde vai sair o dinheiro do investimento? Acaso será o modelo brasileiro que lhes irá servir de referencial, assim asfixiando a iniciativa privada, matando a galinha dos ovos de ouro? Ou seria o Venezuelano?

Os argentinos amargam hoje uma inflação superior a 25% ao ano, e este é o melhor processo que se tem para penalizar os mais pobres, pois o imposto inflacionário lhes é cruel, já que as populações de baixa renda não tem como se defender dele. Este era o caso do Brasil, bastou reduzi-lo a níveis aceitáveis que o resultado logo apareceu. Foi o caso no Brasil, muito embora seja dito o contrário.

"Só uma verdadeira e bem urdida Sociedade do Privilégio consegue o prodígio de alijar a Economia de Mercado do sistema político-partidário e nos impor candidatos a desancar o que chamam de "o modelo neoliberal", cada qual propondo, em diferentes vestimentas, a extensão de novos Privilégios e o crescimento do Estado." (Gustavo Franco é economista da PUC-RJ e ex-presidente do Banco Central gfranco@palavra.com - www.gfranco.com.br)  .

E o Chile, qual será a razão de não nos servir de referencial?

Seguramente deve ser porque não sabemos fazer uso de importantes indicadores, mas isso seria pedir demais aos nossos economistas governamentais, estes são merecedores das críticas de Stephen Kanitz:

Kanitz muito bem definiu de economistas governamentais. O genovês Guido Mantega se caracteriza muito bem como um deles, de um lado por agradar a esquerda e por outro por se deixar convencer de que Keynes seja a solução para a crise brasileira que já dá sinais claros de sua presença e que será impiedosa com uma nação que deu sustentação aos gastos indevidos sem realizar as reformas necessárias para solucionar seus entraves ao desenvolvimento.

O artigo de Kanitz é de 1990, mas permanece cada dia mais atual, pois hoje temos até mesmo na Presidência da República uma figura que se caracteriza como tal.

Economistas governamentais, ainda dominam o cenário político-econômico no Brasil, infelizmente. E qual a razão?

- São verbais.

São verbais, pois falam na mesma frequência dos políticos e são, por isso, seus principais assessores. Empolgam os políticos pelo discurso e pela visão utópica de que podem consertar o mundo de cima para baixo. Eles encantam a todos que gostam da centralização excessiva do Estado, foi assim com os trabalhistas brasileiros antes de 1964, depois com os militares, principalmente depois da revolução dentro da revolução em 1969. Encantaram o hoje dono do Brasil, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, até chegar ao dono da consciência dos brasileiros, o Sr. Luís Inácio da Silva e sua terceirizada Dilma Vana Rousseff (Linhares).

Kanitz comentou que os economistas governamentais tem uma visão lírica como a de um poeta, e foi justamente na gestão de um presidente-poeta que os economistas governamentais mais influência tiveram. A bem da verdade, os economistas governamentais erram em seus planos não por sadismo, nem por ignorância, mas por incapacidade genética. São pessoas verbais que dão ênfase ao efeito, não se dão conta que devemos atuar nas causas.
Um bom exemplo é a distribuição de renda, optam por fazê-la com prioridade, mas não privilegiam o que de fato concorre para a geração de emprego, riqueza e renda, como a educação fundamental e a liberdade individual.
Muito menos levam em consideração o princípio da subsidiariedade, eles não acreditam que cidadão tenha a capacidade de decisão. Ainda mais por ser ela muitas vezes racional.

Os economistas governamentais, agora com Dilma Vana e Pochmann tendem a ser românticos e de esquerda, a acreditar na autoridade da palavra e nas soluções de cima para baixo. Os trabalhistas também o foram, assim como os militares, principalmente após 1969, ou depois de 1969. Os socialistas também o são, tanto os internacional-socialistas, quanto os nacional-socialistas, com seus infindáveis discursos, ou como os nacional-socialistas ou PTistas da atualidade, com a vocação para o palanque.

O Professor Kanitz conclui em seu artigo: “Apesar de desprovidos das capacidades necessárias para comandar uma economia, dominam nossas vidas.” O Professor Márcio Pochmann é um exemplo clássico, pois busca subsidiar com estudos ideológicos a busca por mais e mais centralização  .

Vale a pena ler “Consumerism Is Keynesianism,” Freeman Online, December 9, 2010  .

Galbraith e suas justificativas para mais Estado 

Neste sentido necessitamos receber dos economistas governamentais as respostas a três perguntas básicas:

1.  Quais são as tarefas autênticas do Estado para que ele possa ser eficaz nos seus resultados?
2.  Em que nível, federal, estadual ou municipal, devem ser realizado? E qual é o papel de cada poder?
3.  Como controlar os gastos estatais e impedir que eles se expandam continuamente e não sejam retirados ou desviados os recursos que deveriam ser destinados aos bens e serviços públicos, principalmente por políticos e sindicalistas?



“O Estado não deve, de forma alguma, fazer aquilo que os cidadãos também não possam fazer. Isso é autoritarismo puro. Ao contrário, só se pode atribuir ao Estado tarefas que os próprios cidadãos possam cumprir, mas que não é desejável que as cumpram sozinhos (seja porque isso sairia muito caro, seja porque não teriam forças para executá-las). O Estado nada mais é do que o resultado da transferência de poder dos indivíduos para uma entidade que os represente em suas próprias ações. E ninguém pode transferir o que não tem.” (Marli Nogueira)



Bem, os indicadores estão disponíveis, estes nos permitem relacionar a liberdade com os demais indicadores sociais:

1.    "Index of Economic Freedom World Rankings" The Heritage Foundation.
2.    "Economic Freedom of the World: Annual Report" do The Cato Institute.
3.    "Economic Freedom of the World: Annual Report" do Fraser Institute.

A correlação é simples, os países mais livres são também os mais desenvolvidos e com melhor qualidade de vida.

no. E pelas notícias, continua a destruir. A Argentina é um exemplo claro de como a sua “ideologia” leva uma nação à miséria e como torna o povo dependente dos que estão no poder. É por isso que ela nos tem servido de referencial. Lá foram incubadas as “melhores” práticas de um dirigismo estatal, felizmente os nossos militares não enveredaram pelo mesmo caminho dos argentinos.

No livro "A crise Argentina: os sofrimentos de Carmencita" encontramos bons argumentos  .

Este livro nos apresenta como a Argentina foi levada para a miséria, isso depois de 70 anos de rápido e notável crescimento, entre 1860 e 1930. Vieram então 70 anos de estagnação e caos. O país, que no início do século XX era mais rico do que a França, a Itália e a Suécia, é agora um país falido. E a "presidenta" Kirchner somente dá continuidade à demagogia.

Essa transformação inacreditável nunca poderia ter ocorrido sem Juan e Eva Perón, mais todos os erros cometidos pelo populismo, nacionalismo, protecionismo e governos cada vez mais corruptos. Após décadas de disputas distributivas destrutivas, inflação galopante, escândalos políticos sem comparação e reformas fracassadas, a Argentina está atualmente numa encruzilhada dramática.

O livro do professor Mauricio Rojas é uma resposta contundente, simples e convincente às alegações de que a crise econômico-financeira da Argentina teria sido causada pela utilização de uma política ‘neoliberal’. O autor mostra de forma sintética e muito clara que, ao contrário das alegações da esquerda, a crise argentina foi promovida, alimentada e levada a consequências dramáticas pelo intervencionismo estatal que tentou, durante muito tempo, sem êxito, substituir as forças espontâneas de mercado. O intervencionismo foi de tal dimensão que acabou com a instituição do Estado de direito, ignorando a história do próprio país que teve sua prosperidade do passado graças às condições criadas pelo próprio Estado de direito.

O livro foi traduzido por  Cândido Mendes Prunes e Francisco Beralli.

“Pior que  não fica!” (Francisco Everardo Oliveira Silva – Um dos  pensadores que caracterizam o Brasil da atualidade)

O que passou se deu no final da década de 50 do século passado, a Argentina estava saindo de um período de exceção, Perón fora forçado a deixar o país. Ele, por conta do populismo, governara desastrosamente e destruíra por completo as bases econômicas da Argentina. Seu sucessor, Eduardo Leonardi, não foi muito melhor. A nação estava pronta para novas ideias e foi neste momento que um dos mais notáveis professores de economia foi convidado para uma série de palestras. Mas os argentinos não fizeram a lição de casa e a história está lhes sendo madrasta.

Lembrando o grande pensador brasileiro da atualidade, compatível com a popularidade depositada ao presidente, o Sr. Francisco Everardo Oliveira Silva, candidato eleito a Deputado Federal com o número 2222 pelo Partido da República, por São Paulo, a Argentina conseguiu desmenti-lo, e isso antes mesmo dele se lançar candidato e escolher sua frase de efeito. Vale lembrar que o pensador “Francisco Everardo Oliveira Silva” é emblemático, como bem nos lembra o genial Luciano Pires, pois ele caracteriza muito bem os personagens de um de seus best-seller: Brasileiros pocotó.
Resta saber se o brasileiro está disposto a pensar e fazer as lições necessárias. Acredito que não, Tiririca e Dilma se elegeram, ele representa os artifícios de um partido que se caracteriza pela irresponsabilidade, apostam no voto de protesto, mas que carrega votos para outros candidatos do Partido da República, pois as regras eleitorais são desconhecidas dos brasileiros, quanto a ela ...

....

Quanto ao Partido da República, vale lembrar que eles defendem o sufrágio livre e secreto, devendo a lei propiciar a todos os candidatos a possibilidade de comunicação de suas ideias, observada as disposições partidárias, com o que concordo. E também concordo que a lei deve punir severamente o abuso do poder econômico nas campanhas eleitorais, e a fraude nas apurações. Porém outros candidatos do PR serão eleitos sem que tenham sido votados, defendido e comunicado suas ideias, o que ocorre devido as regras eleitorais que levam ao congresso representantes que de fato não representam uniformemente os brasileiros, já que não possuímos coeficiente eleitoral que assegure que todos sejam iguais na hora de votar, como é o caso dos paulistas, os quais são cidadãos de segunda categoria na hora de votar.

Mas este é um tema para outros debates. E que quiser se alongar sobre a Argentina valem as considerações abaixo.

Mas retornando ao Paraguay, lá tentam agora colocar a oclocracia a serviço do Foro San Pablo, inclusive contra interesses de muitos brasileiros que para lá foram e se tornaram prósperos agricultores, que assim estão também a movimentar parcela significativa da economia paraguaia. E este é um erro que corre no Paraguay, ainda mais se a crise chegar lá com maior intensidade.

Mas o mais grave, e isso em termos de tráfico de drogas, é no Paraguay onde se está produzindo a craconha, criptonita ou zirre, que é a forma mais bombástica de se levar os jovens ao consumo do crack ou cocaína. Assim podemos relacionar a Marcha da Maconha, seus organizadores, e ingênuos defensores, com os interesses do Foro San Pablo.

“Drogas – Um debate sem respostas”

Mas o que vem a ser a tal oclocracia e porque devemos temê-la?

Mas o que é o Foro San Pablo e porque devemos temê-lo?


Se acaso você achou que estou fazendo elucubrações fantasiosas, que estou defendendo posicionamentos de uma direita radical, ou pensou em me ofender ou de alguma forma me desqualificar, então, se assim for, me responda a algumas perguntas, pois aguardo as respostas. Antes porém considere o seguinte:

Não é sem razão que temos hoje uma das sociedades mais violentas do mundo:

a)  Cada 5 minutos uma mulher é violentada no Brasil, muitas são mortas.
b)  14 das 50 cidades mais violentas do mundo estão no Brasil e Curitiba é uma delas. E temos a costa Leste paranaense como a região mais violenta do Brasil;
c)  Tivemos nos últimos 30 anos mais de 1 milhão de homicídios e o crescimento é exponencial;
d)  Em 2011 tivemos mais de 195 mil vitimas fatais devido a violência;
e)  O custo da violência supera 5% de nosso PIB, isso segundo estudos desatualizados realizados pelo IPEA, o Banco Mundial estima para o Brasil 7,5% do PIB perdido com a violência, eu estimo em mais de 10% e apresento as razões.

Perguntas a serem respondidas:


1.  Qual o volume de cocaína e crack produzido hoje na Colômbia, em especial pelas milícias dos paramilitares ligadas ao ex-Governo Uribe e pelas FARCs?
2.  Qual a produção de cocaína e crack produzida na Bolívia?
3.  Qual a produção de cocaína produzida no Peru e no Equador?
4.  O que efetivamente estes países (Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Peru e Equador) estão fazendo para erradicar o arbusto Erythroxylum coca Lamarck de seu território?
5.  Em quais países a Erythroxylum coca Lamarck pode ser cultivada legalmente?
6.  E nestes o que é feito de efetivo para impedir a produção de pasta e refino da coca?
7.  Qual a quantidade desta droga, incluindo também a pasta que vem da Bolívia, entra no Brasil e é aqui processada e consumida?
8.  Coo esta droga está entrando no Brasil?
9.  Qual o número de mortes imputadas à cocaína e ao crack no Brasil?
10.      E destas, qual o número de menores?
11.      E destas, qual o número de negros e demais afrodescendentes?
12.      E destas, qual é o número de adolescentes grávidas?
13.      E qual o número de pessoas que estão em tratamento médico no Brasil? Incluindo os filhos de mães dependentes?
14.      E destas sob tratamento na área de saúde pública?
15.      Qual o gasto público com o tráfico de drogas, em especial junto à justiça e a polícia judiciária (Policia Federal e nos estados as Polícias Civis e Técnico-científicas ou Técnicas), junto à área de saúde e na área da prevenção ao crime (Polícia Rodoviária Federal e as estaduais, Polícias Militares e Brigada Militar)?
16.      Qual a justificativa da presença norte-americana na Colômbia? E qual o poderio militar deste país presente naquele país?
17.      Qual a justificativa da presença de militares cubanos na Venezuela?
18.      Qual a justificativa da presença de pessoas das FARC em acampamentos e assentamentos do MST no Brasil e no Paraguay?
19.      Qual o poder de armamentos nas mãos de milícias bolivarianas e por que pessoas identificadas com a repressão cubana estão hoje assessorando o Governo de Chávez?
20.      Qual a razão da produção do arbusto Erythroxylum coca Lamarck ter aumentado exponencialmente após o atual presidente Juan Evo Morales Ayma da Bolívia, conhecido como índio cocalero, ter sido eleito, inclusive com apoio ostensivo por parte de nossas autoridades?
21.      Dentre os seguintes países, quais possuem entidades que participam do Foro San Pablo, incluindo as entidades ilegais em seus respectivos países: Brasil, Uruguay, Paraguay, Argentina, Nicaragua, Honduras, El Salvador, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Peru, Barbados, Cuba, Chile, Costa Rica, República Dominicana, Guatemala, México, Porto Rico, Estados Unidos, Canadá e Equador?
22.      Dentre as seguintes entidades, legais ou ilegais em seus respectivos países, quais delas fazem ou fizeram parte do Secretariado Permanente do FSP - Foro San Pablo: Partido dos Trabalhadores; FARC (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia – Ejército del Pueblo); Izquierda Unida (Peru); Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (El Salvador); Frente Sandinista de Libertação Nacional (Nicarágua); Partido Comunista de Cuba; Frente Ampla do Uruguai; Partido da Revolução Democrática (México); Movimiento Lavalás (Haiti); Movimiento Bolivia Libre e MST (Movimento dos Sem-Terra - Brasil)?
23.      Quais são as principais ações que o Brasil está tomando, no campo das Relações Exteriores e da Defesa (Exército, Marinha e Aeronáutica) para coibir o tráfico de drogas e a presença de traficantes dos países produtores atuando no Brasil?
24.      Quais as principais ações que o Brasil está tomando, no campo da Polícia Judiciária (da Polícia Federal e das Polícias Civis e Técnico-científicas estaduais) nos estados de fronteira?
25.      Qual é o número de brasileiros presos no exterior devido ao tráfico de drogas como a cocaína e o crack? E quais são as restrições impostas aos brasileiros devido os precedentes nesta questão das drogas?
26.      E internamente, quais são as principais ações desenvolvidas pelas polícias judiciárias (Polícia Federal, Policia Civil e Polícia Técnico-científica), que são responsáveis pelos primeiros passos da justiça, e pelas Polícias e Brigadas Militares, Polícias Rodoviárias Federal e Estaduais, que, entre outras atribuições, são responsáveis subsidiariamente à iniciativa privada e ao cidadão na prevenção aos crimes e pela  preservação da ordem pública através de serviços de policiamento ostensivo e preventivo, frente ao tráfico de drogas e sua distribuição?
27.      Qual a razão do judiciário ou da polícia judiciária, não possuir instalações apropriadas para a incineração de drogas, assim dependendo de favores de empresários do setor de cimento ou petroquímico, entre outros?
28.      Qual a quantidade incinerada de drogas no Brasil?
29.      Qual a razão da presidente Dilma Vana Russeff ( Linhares) e os principais membros de seu partido, o PT - Partido dos Trabalhadores, evitarem de falar sobre o Foro San Pablo e as ligações com membros e seus parentes incorporados ao funcionalismo público brasileiro, principalmente durante as campanhas políticas?
30.      Qual a razão de jornalistas e a mídia noticiarem o envolvimento de membros do PT e das FARC, dentro e fora do Foro San Pablo e estes não serem denunciados, darem ao PT "Direito de Resposta", ou ainda o PT ou seus membros virem a público esclarecendo os fatos denunciados?
31.      Qual a razão de somente a Revista Veja ter sido judicialmente penalizada por emitir uma opinião sobre as relações do PT com as FARCs, uma vez que as denúncias foram e estão sendo apresentadas por diversos meios em nossa imprensa?
32.      Qual a razão do PT e de seus membros somente mencionarem que trata-se de uma imprensa "PIG" ou de denuncismo sem provas? Acaso o respeito ao eleitor não exige um esclarecimento público, já que as denúncias são recorrentes e apresentam o envolvimento ou a ação de membros ou entidades ligadas ao PT ?
33.      Quais são as ações educativas, e de esclarecimento aos pais, desenvolvidas nacionalmente, e nos Estados, visando a prevenção ao uso de drogas, com destaque ao uso da cocaína e do crack?
34.      Quais são as ações desenvolvidas junto a gestores educacionais e aos professores desenvolvidas nacionalmente, e nos Estados, visando a prevenção ao uso de drogas, com destaque ao uso da cocaína e do crack?
35.      Qual o percentual de maconha apreendida que contém percentuais de crack na sua composição, estes chamados de craconha, ziré ou desirée?
36.      Qual a razão do atual governo quanto ao financiamento da rodovia Trans-cocalera com recursos do BNDES, cito a estrada, que ligará os Departamentos (províncias) de Cochabamba e Santa Cruz. Uma estrada que não apenas expõe os conflitos internos da Bolívia, principalmente por atravessar o Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (Tipnis), uma reserva de 1,091 milhão de hectares onde vivem entre 10 mil e 12 mil nativos dos povos moxeñoyurakaré e chimane, mas principalmente pelo fato de facilitar a logística interna de distribuição de cocaína e seus similares para o Paraguay e principalmente o Brasil. Será uma estrada que fará jus ao nome “Trans-cocalera”.

Mas, e os brasileiros? E os estrangeiros que aqui residem ou nos visitam? Como será até a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016? Será de fato a cocaína a principal atração entre os espetáculos durante a Copa e entre as competições durante as Olimpíadas?

E o que vemos, uma igreja formada pelos teólogos de corte, como bem nos lembra o Padre Paulo Ricardo Azevedo Jr., na maioria das vezes referendando esta ideologia que está a produzir tanto mal: http://www.youtube.com/watch?v=eDi-IC0VZJo

Mas isso já foi alertado há mais de duas décadas, como bem nos escreveu o Embaixador José Osvaldo de Meira Penna:



Leia também:
http://www.meirapenna.com.br/publicacoes/livros/1980/O%20evangelho%20segundo%20Marx/index.htm
http://www.cieep.org.br/index.php?page=artigossemana&codigo=780

Mas faltam as respostas a uma infinidade de perguntas, entre elas destaco apenas algumas:

Tivemos a explosão da violência a partir de 2006/7, quando saltamos de 50 mil mortes por ano para mais de 150 mil mortes devido a violência em 2009. Em 2010 subiu para mais de 180 mil mortes. E os números agora fecham algo próximo a 195 mil mortes para 2011. Muito temos a “agradecer” a um dos principais membros do Foro San Pablo: o cocalero, como é conhecido internacionalmente Juan Evo Morales Ayma e com ele o bispo-garanhão, o que agora estão a defender.

Tivemos e temos toda uma polêmica sobre os relacionamentos entre o PT - Partido dos Trabalhadores e as FARC - Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia – Ejército del Pueblo, principalmente através do chamado Foro San Pablo, cujas entidades foram fundadoras juntamente com os governos ditatoriais cubano e "bolivariano" da Venezuela. Igualmente temos uma questão no mínimo estranha, o apoio dado ao presidente cocalero da Bolívia, mesmo ele saqueando propriedades de brasileiros ou não respeitando contratos com empresas brasileiras, não é de se estranhar a forma com que as drogas encontraram espaço no Brasil, de Norte ao Sul, do Leste ao Oeste, em todas as camadas sociais. Ficam as perguntas que merecem ser respondidas, não se limitando a presidente a responder o que faz nos efeitos - quando cita a questão somente se limita aos viciados, mas nas causas que levam a se viciar ou de fato limitar, com o uso do poder coercitivo do Estado, a entrada de tanta droga no Brasil.

São perguntas que entendo como necessárias a serem respondidas. E isso em um cenário - embora com números não atualizados - onde o narcotráfico é responsável, ou está associado a ele, por mais de 50% das ocorrências policiais em muitas cidades brasileiras. Dos presos que ocupam as penitenciarias por diversos crimes também mais de 50% estão envolvidos com drogas, quer como usuários ou  traficantes. Sem contar que nos presídios e cadeias públicas a visita íntima,  somada a favores sexuais a "companheiros de cela", é uma das formas principais de pagamento.

Dos crimes praticados  por menores já apenados (internados) em instituições do tipo "FEBEM", Fundação Casa, etc., o número já era assustador, mais de 70% estão envolvidos com o consumo de drogas e com distribuição de coca e maconha e consumo de bebida alcoólica.

Neste cenário de uma tragédia nacional, as drogas seguramente são responsáveis pela desagregação da juventude, com forte impacto na evasão escolar.

Estima-se que há no Brasil mais de 15 milhões de consumidores de droga nas idades entre 13 anos e 25 anos, este número deve saltar para mais de 25 milhões até 2016, quando se encerra as Olimpíadas, os quais para manterem seu vício necessitam delinquir ou se prostituir, quando não são alvo de homicídios, por falta de pagamento. Tempos por conta disso o mais elevado IHA do mundo, perdendo apenas para as regiões de fronteira no México. E vale lembrar que é este o futuro que nos reserva.   E este número não se restringe mais em áreas restritas em grandes centros, mas em toda pequena cidade, em regiões distantes. Somente determinados como usuários de Crack são mais de 5 milhões de brasileirinhos e brasileiros, são seres humanos que em terão uma expectativa de vida média de no máximo 10 anos. E temos uma estimativa de mais de quatro milhões de usuários de cocaína. É mais que uma epidemia, é uma pandemia.

Recentes estimativas feitas a partir de informações sobre o consumo de drogas, especificamente cocaína e crack, trazem dados alarmantes sobre os valores envolvidos no tráfico. Estima-se que o faturamento anual da venda no varejo de cocaína e crack somente no Rio de Janeiro e São Paulo movimentem uma faixa de R$ 700 milhões a 1 bilhão de Reais.  E vale lembrar que estas duas drogas, dada a maior oferta, tiveram uma queda de preço em torno de 50 vezes, o que ilustra bem a relação entre a oferta e a procura, já que em um cenário onde as autoridades mencionam que há maior policiamento o preço, face a repressão, deveria subir, tal qual ocorreu com as bebidas alcoólicas nos Estados Unidos durante a lei seca. O faturamento anual mundial está próximo de US$ 600 bilhões, o que supera o comércio de petróleo e perde somente para a indústria de armamentos.

O mercado de drogas não é o único ilegal em uma grande cidade, mas ele é tipicamente o mais associado à violência urbana. E não podemos desconsiderar que tráfico de drogas é um crime federal, de atribuição da Polícia Federal, mas que é assumido pelos Estados por convênios, omissão ou incompetência mesmo.

Os custos sociais dessa violência são de grande magnitude e vão bem além dos custos diretos com a segurança. As áreas violentas expulsam negócios bem sucedidos, levando-os à falência ou forçando o seu deslocamento para locais mais seguros, afugentando assim os empregos nas atividades formais mais bem sucedidas.

Um jovem viciado em droga, caso fossem aplicados recursos públicos em entidades privadas de recuperação, como as vinculadas a entidades confessionais custam mensalmente em torno de 2 a 3 mil Reais, em entidades públicas, como desejam os PTistas, desejosos de maior presença do Estado em todos setores e na vida do cidadão, o valor sobe para mais de 5 mil Reais, razão dos R$ 4 bilhões estimados pela presidente Dilma. É mais uma forma de se promover a emPTização e o nePTismo.

Se formos coniventes com a violência, devemos refletir sobre esta questão e as questões apresentadas acima, pois ela dificulta que o Estado forneça bens e serviços públicos que a população de fato necessita, saúde pública em especial.

E a propósito: Quem pagará a conta das despesas dos chanceleres dos países do Foro San Pablo agora presentes e interferindo em assuntos internos do Paraguay?

Qual a razão deles não fazerem o mesmo em relação à Síria?

Abraços,


Gerhard Erich Boehme
gerhard@boehme.com.br
Skype: gerhardboehme
Caixa Postal 15019
80530-970 Curitiba PR


"Prefiro a fantasia individual [de um liberal] ante a ilusão coletiva [de um socialista], pois esta irá se impor [ao sabor de uma oclocracia] e limitar, não apenas a possibilidade d’eu concretizar minhas fantasias através de minha criatividade e dos meus dons, estudos, esforços e talentos, etc., como também irá retirar de mim a liberdade, a vida e o patrimônio e desenvolverá ações contra nós todos, pois não há a defesa da responsabilidade individual, da valorização do mérito e da observação do princípio da subsidiariedade, do estado de direito, da defesa do direito de propriedade e da democracia [fundamentais para uma nação se desenvolver assegurando uma melhor qualidade de vida a todos]." (Gerhard Erich Boehme).




Considerações sobre a Argentina.

Comparando com seu vizinho Chile, a Argentina tem conseguido a proeza de levar miséria todo o seu povo, enquanto o Chile segue outra rota, no sentido contrário. Mas não podemos esquecer o efeito Orloff: Em matéria de política, há quem diga que a Argentina está sempre um passo à frente do Brasil. Muitos se utilizam até do slogan de uma marca de vodca para brincar com o fenômeno: “Eu sou você amanhã…

Alan Beattie, em seu livro “Falsa economia - Uma surpreendente história econômica do mundo”, ele que é um dos mais conceituados jornalistas econômicos da atualidade, afirma que o mundo tem reproduzido uma falácia de pensamento – uma falsa economia – ao considerar que o estágio de desenvolvimento de um país é inevitável, a ponto de ele estar predestinado a ser pobre ou rico.

Para o autor, “a história não é determinada pelo destino, pela religião, pela geologia, pela hidrologia ou pela cultura nacional.
É determinada pelas pessoas”. Para comprovar sua tese, apresenta nove variáveis relevantes para o desenvolvimento de uma nação, demonstrando-as em casos emblemáticos, como os de Argentina e Estados Unidos. No século XIX os dois países estavam entre as dez maiores economias do mundo, mas diferentes decisões fizeram com que trilhassem caminhos opostos. Uma tese ousada e que vai fazer você mudar a forma de ver a história econômica do mundo.

A Argentina nunca foi o melhor dos mundos, ainda mais para nós brasileiros, mas infelizmente não aprendemos com ela, continuamos a repetir os seus erros, mesmo nós tendo um Edson Arantes do Nascimento que foi preciso na sua frase, só não conseguimos a façanha de eleger a mulher do presidente, bem aí seria demais, já chega as medalhas da Ordem de Rio Branco que a Sra. Marisa Letícia, e as mulheres do vice José Alencar, Mariza Gomes da Silva; e do chanceler Celso Amorim, Ana Amorim receberam.

A Argentina não conheceu a estabilidade econômica e o desenvolvimento que a monarquia nos proporcionou, tivemos 67 anos de estabilidade política e econômica, uma única Constituição, uma das mais avançadas de sua época, e caminhávamos passo a passo com as economias mais fortes e desenvolvidas do mundo, tínhamos na época Rebouças, Taunay e Nabuco como elementos de um triângulo que compunha as possibilidades da estruturação do Estado Brasileiro, da "construção do Brasil" e da consolidação do III Império com a Princesa Isabel.  Seria a oportunidade de consolidarmos a liberdade e avançarmos, sem divisões artificias.


Mas seguimos os passos da Argentina: Em 120 e tantos anos de República, quais foram as nossas vitórias? Vamos aos seguintes pontos, na estabilidade política, até 1988 não tínhamos conseguido isso, tivemos em 110 anos, 9 golpes de estado, 13 ordenamentos constitucionais, 4 assembleias constituintes, 10 repúblicas, o Congresso, em nome da Liberdade, foi fechado 6 vezes, inclusive pelo primeiro Presidente, Marechal Deodoro da Fonseca. Se observássemos a lei, teríamos também, face ao Mensalão e tantos outros escândalos, mais um Impeachment. Optamos por nos subjugar internamente ao dono do Brasil, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa e externamente aos ditames do Foro San Pablo, com a polêmica participação das FARC - Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia – Ejército del Pueblo.

E agora submetendo a nossa juventude a uma perversa subjugação: às drogas.

Caminhamos para o quarto, já tivemos três grandes períodos de exceção, pelo número de mortes, o pior deles se deu após a quartelada que muitos chamam de “Proclamação da República”, depois durante o Estado Novo, no qual tivemos os paulistas lutando pela liberdade com a Revolução Constitucionalista de 32, e por fim o Regime Militar, que nos livrou de um conflito entre uma direita aparelhada, comandada por Adhemar de Barros e Carlos Lacerda, ambos também cassados, e uma esquerda financiada e treinada internacionalmente, ambas querendo nos subjugar. Hoje vemos o Brasil sendo administrado com base no espelho retrovisor, ou melhor, lembrando um genial brasileiro, com a Lanterna na Popa. Prevalece o clientelismo político e a sindicalização do Estado, com seu capitalismo de comparsas, intervencionista e sem mercado, e o socialismo de privilegiados, promovendo a escravização do cidadão, seja através de uma abusiva tributação ou de um endividamento crescente.

Voltando à Argentina, na passagem do século XIX para o século XX, ela era o país economicamente mais estável da América Latina. Depois da longa ditadura do caudilho Juan Manuel Rosas (1829-52), a República Argentina organizara-se como um Estado Liberal, mas os argentinos não souberam colocá-lo em prática, não souberam privilegiar o princípio da subsidiariedade, como fizeram os norte-americanos.

O poder era exercido com base em um grande pacto nacional, predominavam os ricos senhores de estâncias, membros dos setores comerciais e financeiros, estreitamente ligados ao mercado internacional controlado pela Inglaterra. O volume de exportações crescia de ano para ano. Sem a liberdade aos empreendedores e sem uma visão estratégica, sobrou a “vocação agrária” da Argentina, aumentavam as exportações de carne, couro, cereais e frutas secas e, na mesma medida, as importações de maquinofaturados ingleses. A economia Argentina dependia fundamentalmente da exportação de commodities, que são concentradoras de riqueza e renda, tal qual ocorre com o Brasil da atualidade, com políticas públicas equivocadas, exportamos emprego e commodities e importamos produtos com valor agregado.

Mesmo assim, nessas condições, o país conheceu um surto modernizador com a expansão da rede ferroviária e das comunicações, logicamente, para atender aos setores ligados ao mercado externo.

Foi neste momento que os argentinos subiram no pedestal, de onde não saíram, não é à toa que um de seus líderes é um cheirador tatuado com Che Guevara ou El Che  .. Ela já foi orgulhosa de ser o país mais europeu de toda a América, na Argentina se reproduzia nos mínimos detalhes os padrões culturais do Velho Mundo.

Nessa época teve início o desenvolvimento da indústria Argentina, especialmente no setor de alimentos (frigoríficos, por exemplo), o que não contrariava os interesses do setor explorador quanto à condução da política tarifária, pois também estava ligada ao comércio internacional. A indústria de bens de consumo duráveis viria a se desenvolver na década de 1910, com a participação de capitais norte-americanos e do capital marginal interno, mesmo com as reservas dos setores tradicionais ligados à exportação e importação. A Primeira Guerra Mundial, a exemplo de outros países da América Latina, como o Brasil do tempo de Francesco Matarazzo e suas IRFM, permitiria um grande surto industrial na Argentina. Com isso cresceria o operariado urbano.

Politicamente, o Estado argentino era liberal na forma e oligárquico no seu funcionamento, sujeito inclusive às dissidências dentro do bloco de poder e, consequentemente, a sucessivas crises.

Mas em vez de consolidar, a exemplo dos Estados Unidos,  Canadá e Austrália, a política liberal, os argentinos optaram pelo radicalismo: uma experiência populista. O Brasil seguiu a Argentina em 1930.
Vale lembrar que o populismo é uma forma de governar em que o governante utiliza de vários recursos para obter apoio popular, principalmente a mentira. O populista utiliza uma linguagem simples e popular, usa e abusa da propaganda pessoal, afirma não ser igual aos outros políticos, toma medidas autoritárias, não respeita os partidos políticos e instituições democráticas, diz que é capaz de resolver todos os problemas e possui um comportamento bem carismático. É muito comum encontrarmos governos populistas em países com grandes diferenças sociais e presença de pobreza e miséria. Mazelas que dizem ter eliminado.

Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil, adotou o populismo como uma das características de seu governo. Apelidado de "pai do pobres", promoveu seu governo com manifestações e discursos populares, principalmente no Dia do Trabalho (1º de maio). Não respeitou a liberdade de expressão e a democracia no país. Usou a propaganda para divulgar suas ações de governo.

Felizmente a nossa realidade atual é bem diferente disso, hoje temos as reformas que o Brasil necessitava sendo realizadas e o parlamentarismo efetivamente implementado. Ou não?

Infelizmente não, temos o populismo calcado em um sistema mais sofisticado de hegemonia em que o dominado não se sente dominado. Usa-se com volúpia instrumentos de publicidade e boas articulações com os meios de comunicações.

Voltando à Argentina, em 1916 é eleito Hipólito Irigoyen. Com Irigoyen tem início a adoção de algumas práticas de manipulação de massas, que, décadas mais tarde, tomará o nome de populismo. O líder radical, agora no poder, ao mesmo tempo que não avançava no sentido de transformações mais profundas na ordem econômica  e social da Argentina, procuravam em vez de investir em educação e assumir responsabilidades, como a de cortar gastos públicos, passaram a conceder privilégios a sua base social de apoio. Adotam, por exemplo, a instituição do salário mínimo e outras pequenas vantagens que favoreciam o operariado.
Contraditoriamente, ao mesmo tempo que mantinha intacta a grande propriedade e os interesses da minoria abastada, longe de terem políticas públicas que viessem a dar liberdade e responsabilidades à classe média em formação. Deixando a Presidência seis anos depois, garantindo a eleição de um partidário, Irigoyen elege-se novamente em 1928. A crise de 1929 viria arruinar a economia Argentina, impossibilitando a satisfação dos interesses, mínimos que fossem, das massas urbanas.
Depois de Hipólito Irigoyen em 6 de setembro de 1930, pela sua posição nitidamente ante-norte-americana, vista a estreita relação entre Argentina e Inglaterra, Irigoyen é derrubado pela aliança burguesia industrial e Exército, apoiada pelos Estados Unidos.
Terminava então a primeira tentativa democrática de toda a América Latina. Por outro lado, iniciava-se o processo de sucessivas intervenções militares na política argentina.

Em 1943 caiu Ramón Castilho, que em 1940 – com o apoio do Exército – havia afastado Roberto Ortiz, um presidente legalmente eleito em 1937, deposto pelo Grupo de Oficiales Unidos (GOU). Desse grupo fazia parte o coronel Juan Domingo Perón, que no governo militar que se instalou ocupava o cargo de Secretário do Trabalho e Presidência, além de acumular a Vice-Presidência e o Ministério da Guerra.

Perón comandou a política Argentina de 4 de junho de 1946 a  21 de setembro de 1955, com seus dois primeiros mandatos, depois esteve à frente de 12 de outubro de 1973 a 1 de julho de 1974, sendo sucedido por Isabelita Perón.

Em 1940 entra em cena a “República Sindicalista”, no Brasil ela veio sessenta anos depois, e a Argentina mergulha cada dia mais e mais no caos. Como Secretário do Trabalho, Perón tornou-se a verdadeira eminência parda do regime. Voltando-se para o operariado urbano, criou a Confederação Geral do Trabalho (CGT), abertamente controlada pela sua Secretaria. As lideranças sindicais foram atraídas, inclusive pela corrupção, além da grande massa de trabalhadores não sindicalizados. Sob a tutela do Estado a classe operária se organizava longe da influência liberal ou mesmo de socialistas e comunistas, ou de lideranças estranhas à CGT, duramente reprimidas diante de qualquer reação à política de Perón.

Em vez de se concentrar em como gerar emprego, riqueza e renda, o tema passou a ser a distribuição, criando novos sindicatos, oferecendo melhores condições de trabalho e salários mais altos – estes eram possíveis pelo aumento das exportações argentinas –, como parte de uma avançada legislação trabalhista e previdenciária, na qual se incluía a arbitragem estatal favorável ao operariado, Perón tornou-se a figura mais importante da República Argentina. Serviu de modelo para o segundo mandato de Vargas, sem Evita ou Isabelita.

Em outubro de 1945, temendo o crescimento da popularidade do então presidente, um golpe militar apoiado pelas elites tradicionais e pelos Estados Unidos derruba Perón. A ação dos militares peronistas, a revolta das massas operárias, dos descamisados, organizada pela CGT e por Evita, ocupando as ruas e decretando a greve geral, levou Perón de volta ao poder. Em 17 de outubro de 1945, ao recuperar suas antigas funções, Juan Domingos Perón passar a ser o homem mais forte de toda a Argentina.

Nas eleições de 1946, Perón surge como candidato apoiado pelas massas trabalhadoras urbanas e rurais, pela Igreja e por amplos setores do bloco militar. Neste pleito, registrou-se a primeira vitória esmagadora do peronismo: todos os senadores da República eram peronistas; da mesma forma quase todos os deputados federais e os governadores de províncias. As massas elegeram aquele que acreditavam ser o seu único benfeitor.

De 1946 a 1951, o peronismo foi o elemento marcante na política argentina. Neste período Vargas nos governou de novembro de 1930 até outubro de 1945 e de janeiro de 1951 até 24 de agosto de 1954, quando se suicidou. Não deixou nem Evita e muito menos Isabelita.

O Estado passa a intervir diretamente na economia, monopolizando o comércio externo e desenvolvendo uma política de nacionalização: ferrovias, comunicações, gás e transportes urbanos. Em vez de estimular a concorrência, privilegiando o consumidor, optou por criar estatais e acomodar parceiros e apoiadores políticos, soube leiloar o Estado. As reservas monetárias são empregadas na indústria de base e no aparelhamento da indústria leve.
No primeiro momento a Argentina vive uma época de prosperidade geral: isso permite a manutenção dos preços baixos, com a ajuda governamental e, ao mesmo tempo, dos altos salários. Segundo Perón, “esta é a justiça social”, daí o justicialismo, outra denominação dada ao peronismo. O culto à personalidade, parte da propaganda de massa, o paternalismo e o autoritarismo tornam-se as grandes características do populismo peronista. O autoritarismo é o outro lado da moeda: o Estado generoso faz as concessões e as massas subordinadas e submissas devem esperar por elas.

Em 1951, Perón é reeleito presidente com outra estrondosa vitória. Contudo os efeitos da irresponsabilidade se fazem presentes, os tempos são outros, pois as exportações começam a diminuir em virtude da concorrência internacional,  para a qual não se prepararam e internamente, não se acumulou o capital necessário para a arrancada da industrialização, ao mesmo tempo que aumentou a presença do capital norte-americano, esmagando qualquer possibilidade de crescimento interno. Podemos dizer então, o que entendo como redundante, o populismo irresponsável. A economia sem controle começou a conhecer a inflação galopante, os salários foram congelados e a onda de desemprego começou a afetar o operariado. A morte de Evita Perón (1952) – a eterna Secretária do Trabalho e a verdadeira “alma” do peronismo –, o agravamento da crise econômica e social, impedindo continuidade da política de equilíbrio das forças sociais, típica do populismo, enfraqueceram o peronismo. A Igreja rompe com o governo, as Forças Armadas se dividem e surge a primeira oposição organizada a Perón. A partir de 1953, inúmeros golpes debilitam a máquina de Estado controlada pelo presidente. Em setembro de 1955, um novo golpe militar, a partir de Córdoba, derruba Juan Domingos Perón, que passa a viver no exílio.
Entre 1930 e 1955 a Argentina conheceu mais de dez tentativas de golpes militares. Contudo, outras cinco intervenções militares na política argentina resultaram na derrubada de governantes, inclusive, a de Perón, em 1955.

O fantasma da esquerdização do movimento operário argentino e a ameaça de revigoramento do peronismo, além da impossibilidade de superação dos graves problemas que abalaram a economia nas últimas décadas, trouxeram os militares para a cena política, em caráter permanente.
De 1962, quando foi deposto Arturo Frondizi, por permitir a participação de peronistas nas eleições do ano, até 1983, quando a Argentina se redemocratizou com a vitória de Raul Afonsín, o país conheceu nove golpes militares. No Brasil tivemos a contrarrevolução de 1964 e dentro dela, em 1969 a revolução dentro da Revolução.

Perón colocou literalmente a Argentina rumo à miséria. Em vez de se concentrarem na educação e criar uma infraestrutura adequada à liberdade e competitividade do país, optaram pelo bem-estar social penalizando o contribuinte, também acertaram em muitas ações, como o investimento na área da saúde. Mas o grande erro foi afastar os investimentos internacionais, realizaram a expulsão de multinacionais do país e as nacionalizações. Em vez de mais mercado, passaram a tutelá-lo.

Perón volta do exílio a Argentina em 1973, com o fim do governo militar. Ele é reeleito presidente com 60% dos votos, tendo como vice a sua terceira mulher Isabelita.
Entre golpes e instabilidade política, prevaleceu sempre na Argentina o populista, agora o mesmo é realizado por Cristina Kirchner, infelizmente o populismo, tal qual em muitos países da América Latina, agravou o cenário nacional, se há quatro anos a pobreza, a desigualdade social e o emprego eram as maiores preocupações dos argentinos, hoje são a corrupção, a insegurança – a violência crescente - e a falta de transparência política.

Na Argentina, tal qual no Brasil, uma palavra idolatrada pelo povo é "social". Em nome do social, não só tudo é possível, mas também desejável. Esquece-se totalmente das calculadoras, e ignoram-se leis tão simples como não gastar mais do que se tem. Adotam-se jargões para encontrarem culpados. Passa a ser inevitável a articulação conjunta com o Foro San Pablo, destruindo as instituições e combatendo a imprensa livre.

A consequência natural disso é um aumento explosivo nos gastos públicos, típico do Estado benfeitor, que acaba inevitavelmente em um severo déficit fiscal, gerando inflação via emissão de moedas ou recessão via aumento de impostos ou juros.

Isso sem falar de todos os direitos nobres concedidos ao povo, como educação superior gratuita, moradia digna, transporte gratuito, trabalho bem remunerado, velhice tranquila e, por fim, felicidade eterna.  Seguramente houve acertos, mesmo os populistas não erram 100% do tempo.

Argentinos e brasileiros são assim grandes sonhadores, os argentinos com as mulheres, as Evitas, Isabelitas e as Cristinas, nós com embusteiros, “palanqueiros” e as festas e suas passeatas na Paulista.
O Brasil encontrou seu rumo, mas sem o charme das mulheres. O que nos caracteriza é que passamos, por conta do populismo, a detestar a dura realidade da vida, cheia de incertezas e insegurança, não nos preocupamos muito com o fato de que, para garantir tanto privilégio assim a alguns, precisa tirar de outros.

Paradoxalmente, o Estado, em prol do "social", deixa mais miseráveis do que encontrou, e temos inúmeros exemplos empíricos disso, sendo um dos principais a Argentina de Perón. Eva, sua esposa, confundiu Estado com instituição de caridade, e quem pagou o elevado preço foi a população, que saiu da prosperidade, de um dos países mais prósperos na época,  para a miséria. Será que o povo romântico não tem a mínima capacidade intelectual para entender que são justamente todos esses "direitos adquiridos" pelos monopólios dos sindicatos que jogaram metade dos brasileiros na informalidade?

Será que os mais de 150 milhões de latino-americanos desempregados ou na economia informal estão felizes com todos esses benefícios? Não conseguem perceber que isso é também a causa de um sistema de previdência falido que até na Europa, principalmente na França, representa uma bomba-relógio insustentável no médio prazo?
Mas voltando às lições que os argentinos não fizeram. Deixaram de entender que as leis da economia são naturais como a água, que deveriam ser observadas.

Em fins de 1958, Ludwig Heinrich Edler von Mises  foi convidado pelo Dr. Alberto Benegas Lynch para pronunciar uma série de conferências na Argentina, destas conferências surgiu posteriormente um livro que contém a transcrição das palavras dirigidas a centenas de estudantes argentinos. 
Suas conferências foram proferidas em inglês, no enorme auditório da Universidade de Buenos Aires.   Em duas salas contíguas, estudantes ouviam com fones de ouvido suas palavras que eram traduzidas simultaneamente para o espanhol. Ludwig Heinrich Edler von Mises falou sem nenhuma restrição sobre capitalismo, socialismo, intervencionismo, comunismo, fascismo, política econômica e sobre os perigos da ditadura. Aquela gente jovem que o ouvia não sabia muito acerca de liberdade de mercado ou de liberdade individual.

O auditório reagiu como se uma janela tivesse sido aberta e o ar fresco tivesse podido circular pelas salas. Ele falou sem se valer de quaisquer apontamentos. Como sempre, seus pensamentos foram guiados por umas poucas palavras escritas num pedaço de papel. Sabia exatamente o que queria dizer e, empregando termos relativamente simples, conseguiu comunicar suas ideias a uma audiência pouco familiarizada com sua obra de um modo tal que todos pudessem compreender precisamente o que estava dizendo.

von Mises fez posteriormente uma revisão destas transcrições no intuito de publicá-las em livro. Coube a sua esposa esta tarefa e ela teve muito cuidado em manter intacto o significado de cada frase, em nada alterando o conteúdo e preservando todas as expressões que costumava usar, tão familiares a seus leitores. Bem, o livro está aí, disponível hoje a todos  .

E as lições são:

Primeira Lição:  O capitalismo
Segunda Lição:   O socialismo
Terceira lição:   O intervencionismo
Quarta lição:   A inflação
Quinta lição:   Investimento externo
Sexta lição:   Política e ideias

O livro reflete plenamente a posição fundamental do autor, que lhe valeu - e ainda lhe vale - a admiração e os insultos dos adversários. Resta saber que posição devemos adotar, a realidade e a determinação para superar seus desafios ou a ilusão e aguardar dos outros a solução dos seus problemas, quem sabe vindas dos partidos e outras entidades que integram o Foro San Pablo  .

O livro está disponível para download  .


E quando falamos de petróleo, seja em função do conflito da Argentina com o Chile, ou com o Reino Unido, não podemos deixar de comentar o efeito que produz em uma sociedade, como foi bem observado por Celso Furtado.

E a questão do petróleo, será que trará benefícios ao argentino? E ao brasileiro? De minha parte creio que não e o digo baseado em um importante estudo conduzido pelo ex-ministro Celso Furtado, onde dois estudos pioneiros do economista mostram o impacto negativo da abundância de petróleo para a economia da Venezuela. O resulto está aí, além de ter colocado um déspota/demagogo no poder.

Estudos nos anos 50 e 70 mostram que a abundância dos recursos do petróleo foi instrumento de concentração de renda e de desigualdade.

A euforia provocada pela descoberta de enormes reservas petrolíferas no litoral brasileiro - na camada pré-sal da bacia de Santos- pôs em segundo plano uma evidência histórica: são minoria os países que souberam usar os recursos do petróleo para promover o desenvolvimento econômico e social.
Pesquisadores e economistas de todo o mundo tentam explicar o fenômeno. Estes dois estudos pioneiros foram lançados pela primeira vez em livro.
Tratam-se das pesquisas realizadas pelo economista Celso Furtado (1920-2004) na Venezuela em dois momentos distintos, 1957 e 1974, agora reunidas em "Ensaios sobre a Venezuela - Subdesenvolvimento com abundância de divisas".

Furtado é um dos maiores economistas brasileiros e autor, entre outras obras, de um clássico da economia política: "Formação Econômica do Brasil", livro editado pela primeira vez em 1959 e que disseca a história sobre como o país se desenvolveu e passou de uma organização feudal e agrária até alcançar os primeiros passos de uma economia industrial.

Nos estudos sobre a influência do setor petrolífero na Venezuela, ele faz amplo diagnóstico dos impactos das receitas do combustível sobre a estrutura produtiva. As pesquisas tiveram circulação restrita. A primeira foi alvo de uma espécie de "censura branca" do ditador Marcos Pérez Jiménez, que comandava a Venezuela em 1957.

Agora, diante da perspectiva de as reservas brasileiras se multiplicarem nos próximos anos, Rosa Freire D'Aguiar, viúva do economista, decidiu publicar os estudos no primeiro volume da série "Arquivos Celso Furtado". E neste caso cabe também uma comparação do Egito com Israel, a Jordânia ou mesmo o Brasil  .

"É uma análise fascinante. Mostra como a sobrevalorização do câmbio, nas circunstâncias de boom petrolífero, pode afetar a indústria e a agricultura de um país. Por isso, o general de plantão [na Venezuela] não achou muita graça", diz ela.

Encomendado pela Cepal (órgão da ONU para assessoramento à América Latina e ao Caribe), o estudo de 1957 -quando a Venezuela surfava num ciclo de alta do petróleo- conclui que a abundância de divisas fragilizou a agricultura do país e impediu que ele se industrializasse (à exceção, evidentemente, do setor petrolífero).

"A combinação dos elevados salários monetários com a sobrevalorização externa (preços baixos dos equipamentos) dá origem a uma tendência de substituir mão-de-obra por capital (...), resultando em atraso na diversificação ocupacional da população e na expansão do mercado interno", escreveu Furtado. O trabalho conseguiu antever um fenômeno relevante em países excessivamente concentrados no setor do petróleo apenas anos mais tarde.


"É um ensaio pioneiro, que antecipa as linhas conceituais do que a ciência econômica só viria a entender depois, quando estudou os impactos do câmbio permanentemente sobrevalorizado por causa da exportação de commodities", diz Carlos Medeiros, professor da UFRJ.



Nas últimas duas décadas, economistas e pesquisadores vêm se esforçando para entender o fenômeno, que ficou conhecido como "doença holandesa" - referência às crescentes exportações de gás natural do país europeu na segunda metade da década de 70.

Quando voltou à Venezuela para o segundo estudo, em 1974, já sob um regime democrático, na primeira gestão de Carlos Andrés Pérez, em outro ciclo de alta do petróleo, Furtado constatou que a situação havia se agravado.

No caderno de anotações pessoais, o economista brasileiro escreveu: "Não pode haver maior evidência de que o subdesenvolvimento é uma maneira deformada de acumular capital. Caracas é uma criação do automóvel: imensos capitais foram imobilizados para criar esse corpo pesado que funciona queimando royalties".

Na pesquisa de 1974, além de reiterar a força nefasta do petróleo sobre a produtividade da economia, Furtado observou que a Venezuela perdera a capacidade de poupar: "Criou-se um sistema econômico que produz pouco excedente sob a forma de poupança e impostos. Um sistema fundamentalmente orientado para o consumo e o desperdício".
E, nas anotações e reflexões pessoais, o economista observou ainda que não apenas o quadro econômico havia se deteriorado. "Ele constatou um mal típico de sistemas daquele tipo: a corrupção política, que já existia na ditadura dos anos 50, ficou ainda pior", diz Rosa.

No início de 1975, Furtado deixou Caracas. Pouco depois, Andrés Pérez, embalado pelo dinheiro fácil, nacionalizou a indústria do petróleo - e de siderurgia. Em 1989, voltou ao poder num ciclo de baixa. Quatro anos depois, foi afastado sob impeachment, acusado de corrupção.

A Venezuela estava mergulhada numa crise, resultado da ressaca provocada pelo petróleo e pelo endividamento público. Um ano antes de Pérez ter sido afastado, um obscuro e polêmico coronel paraquedista liderou uma tentativa de golpe: um certo Hugo Chávez.


A m... esta feita. Agora não se salva mais a Venezuela  .
O problema é que o socialismo PTista-bolivariano é a receita certa para a pobreza, mas não se dão conta disso  .
Ainda que requeiram tempo, as soluções existem. Mas, dependem de pesquisa científica, projetos sérios e planejamento. Em resumo, de uma boa administração e de uma boa engenharia.

Mas, e os administradores? E os engenheiros?


De uma coisa temos certeza, assim continuaremos a pagar os mais elevados impostos, e a manter uma das máximas, a de que o Estado arrecada cada dia mais impostos e presta menos serviços públicos de qualidade, assim nos tornamos uma das sociedades que mais promovem:

a)        a discriminação espacial  .
b)        a alienação através das drogas  .
c)        a violência  .
d)        a concentração de renda  .
e)        o desperdício de alimentos e perda de qualidade de vida  .
f) a pobreza ou estagnação do crescimento econômico  .
g)        a venda do Brasil e não de produtos e serviços brasileiros  .
h)        a violência contra as mulheres  .
i) o desrespeito com instituições do Estado   
j) a concentração urbana e o desrespeito à qualidade de vida  .
k)        a violência nas escolas  .
l) a escravidão 
m)       a doutrinação 

E qual seria a solução:

a) entendermos a importância do princípio da subsidiariedade   
b) entendermos a diferença entre democracia e a oclocracia  .
c) discriminarmos nos recibos e notas fiscais o quanto pagamos de impostos  .

Os dois primeiros dependem da educação e da maturidade, no caso de nós mesmos, o terceiro está tramitando no Congresso  e depois de institucionalizada a prática, o próprio povo brasileiro irá entender as razões pelas quais não tomamos o rumo do desenvolvimento .

Bem, com o que escrevi procurei dar uma visão geral dos erros que cometemos, e como seguimos os erros de outros países, com destaque aos erros cometidos na Argentina e deixamos de olhar para o Chile que segue no caminho correto. Posso estar errado, ou ter cometido erros, neste caso peço que me enviem através dos endereços abaixo as informações necessárias que possam me convencer do contrário.

Quem sabe a Presidente Dilma seja uma das primeiras, ou um de seus assessores realmente comprometidos com o povo brasileiro, com destaque para sua liberdade, para que o Brasil possa de fato prosperar:


"Não se conhece nação que tenha prosperado na ausência de regras claras de garantias ao direito de propriedade, do estado de direito e da economia de mercado." (Prof. Ubiratan Iorio de Souza)  .

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