domingo, 10 de novembro de 2013

Tufão teria matado mais de 1200 pessoas nas Filipinas, segundo Cruz Vermelha





Dados preliminares divulgado pela ONG neste sábado apontam para número de vítimas dez vezes maior que o divulgado pelas autoridades do país

09 de novembro de 2013 | 0h 34

O Estado de S. Paulo
MANILA - O mais poderoso tufão do mundo neste ano - e possivelmente o mais forte da história, deixou ao menos 1200 pessoas mortas, segundo informações divulgadas pela Cruz Vermelha neste sábado, 9. O número é quase dez vezes maior do que o anunciado anteriormente pelas autoridades do país, que estimavam mais de 100 mortos.
De acordo com dados preliminares da ONG, somente a cidade costeira de Tacloban teria registrado 1000 mortes, e outros 200 teriam sido vitimados na província de Samar. Além disso, mais de um milhão  fugiram de casa, cortando o fornecimento de energia elétrica e destruindo milhares de casas. "A estimativa é de que existam mais de 1000 cadáveres boiando em Tacloban, segundo informaram nossas equipes", disse a secretária-geral da Cruz Vermelha nas Filipinas, Gwendolyn Pang.
O Haiyan atingiu a Província de Cebu, antes de se dirigir para o oeste, a caminho da Ilha Boracay, ambos destinos turísticos, após varrer as Ilhas de Leyte e Samar com rajadas de vento de 275 quilômetros por hora e ondas de 5 a 6 metros.
O fornecimento de energia e as comunicações nas três maiores províncias insulares - Samar, Leyte e Bohol - foram quase totalmente cortadas, mas o governo e os provedores de serviços telefônicos prometeram restabelecer a energia e as ligações dentro de 24 horas.
Autoridades alertaram que mais de 12 milhões de pessoas estavam em risco, incluindo a Cidade de Cebu, de 2,5 milhões habitantes, e áreas ainda em recuperação pela passagem de uma tempestade mortal em 2011 e de um terremoto de magnitude 7,2 na escala Richter, no mês passado.
"O supertufão, provavelmente, atingiu a terra com ventos de cerca de 313 quilômetros por hora. Isso faz do Haiyan o ciclone tropical mais forte já registrado na história", disse o diretor de meteorologia da Weather Underground, Jeff Masters.
Roger Mercado, governador da Província de Leyte, no sul das Filipinas, disse que ninguém deveria subestimar a tempestade. "É muito poderosa", afirmou Mercado à Rádio DZBB. "Perdemos a energia e todas as estrada estão bloqueadas em razão de árvores caídas. Temos somente de rezar." Segundo ele, os ventos destelharam casas e causaram deslizamentos em várias regiões.
Na Província de Samar, as ligações com algumas cidades e vilas foram interrompidas. "A província inteira está sem energia", disse a governadora, Sharee Tan, à Reuters, por telefone. "Árvores e postes de transmissão tombaram e outros detritos bloquearam estradas."
Autoridades suspenderam os serviços de barcas e de pesca e fecharam 12 aeroportos em todo o país. Em torno de 450 voos domésticos e oito internacionais foram cancelados. Escolas, escritórios e lojas na região central das Filipinas foram fechados. Hospitais, soldados e equipes de resgate ficaram de prontidão para operações de salvamento. O Haiyan deve deixar as Filipinas hoje, em direção ao Mar do Sul da China, onde pode ganhar ainda mas força e ameaçar o Vietnã e a China. / REUTERS

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