Dados preliminares divulgado pela ONG neste sábado apontam para número de vítimas dez vezes maior que o divulgado pelas autoridades do país
09 de novembro de 2013 | 0h 34
O Estado de S. Paulo
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MANILA - O mais poderoso tufão do mundo neste ano - e possivelmente o mais forte da história, deixou ao menos 1200 pessoas mortas, segundo informações divulgadas pela Cruz Vermelha neste sábado, 9. O número é quase dez vezes maior do que o anunciado anteriormente pelas autoridades do país, que estimavam mais de 100 mortos.
De acordo com dados preliminares da ONG, somente a cidade costeira de Tacloban teria registrado 1000 mortes, e outros 200 teriam sido vitimados na província de Samar. Além disso, mais de um milhão fugiram de casa, cortando o fornecimento de energia elétrica e destruindo milhares de casas. "A estimativa é de que existam mais de 1000 cadáveres boiando em Tacloban, segundo informaram nossas equipes", disse a secretária-geral da Cruz Vermelha nas Filipinas, Gwendolyn Pang.
O Haiyan atingiu a Província de Cebu, antes de se dirigir para o oeste, a caminho da Ilha Boracay, ambos destinos turísticos, após varrer as Ilhas de Leyte e Samar com rajadas de vento de 275 quilômetros por hora e ondas de 5 a 6 metros.
O fornecimento de energia e as comunicações nas três maiores províncias insulares - Samar, Leyte e Bohol - foram quase totalmente cortadas, mas o governo e os provedores de serviços telefônicos prometeram restabelecer a energia e as ligações dentro de 24 horas.
Autoridades alertaram que mais de 12 milhões de pessoas estavam em risco, incluindo a Cidade de Cebu, de 2,5 milhões habitantes, e áreas ainda em recuperação pela passagem de uma tempestade mortal em 2011 e de um terremoto de magnitude 7,2 na escala Richter, no mês passado.
"O supertufão, provavelmente, atingiu a terra com ventos de cerca de 313 quilômetros por hora. Isso faz do Haiyan o ciclone tropical mais forte já registrado na história", disse o diretor de meteorologia da Weather Underground, Jeff Masters.
Roger Mercado, governador da Província de Leyte, no sul das Filipinas, disse que ninguém deveria subestimar a tempestade. "É muito poderosa", afirmou Mercado à Rádio DZBB. "Perdemos a energia e todas as estrada estão bloqueadas em razão de árvores caídas. Temos somente de rezar." Segundo ele, os ventos destelharam casas e causaram deslizamentos em várias regiões.
Na Província de Samar, as ligações com algumas cidades e vilas foram interrompidas. "A província inteira está sem energia", disse a governadora, Sharee Tan, à Reuters, por telefone. "Árvores e postes de transmissão tombaram e outros detritos bloquearam estradas."
Autoridades suspenderam os serviços de barcas e de pesca e fecharam 12 aeroportos em todo o país. Em torno de 450 voos domésticos e oito internacionais foram cancelados. Escolas, escritórios e lojas na região central das Filipinas foram fechados. Hospitais, soldados e equipes de resgate ficaram de prontidão para operações de salvamento. O Haiyan deve deixar as Filipinas hoje, em direção ao Mar do Sul da China, onde pode ganhar ainda mas força e ameaçar o Vietnã e a China. / REUTERS
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