Mountain View, Califórnia – Em algum lugar no universo, deve existir um planeta onde os vulcões fazem jorrar chocolate.
Mountain View, Califórnia – Em algum lugar no universo, deve existir um planeta onde os vulcões fazem jorrar chocolate.
Na última segunda-feira, com base em uma nova análise de dados da sonda Kepler da NASA, astrônomos informaram que o número de planetas habitáveis do tamanho da Terra pode chegar a 40 bilhões apenas nesta galáxia.
Uma em cada cinco estrelas da galáxia que são parecidas com o Sol tem um planeta do tamanho da Terra orbitando em torno de si na zona Goldilocks – nem muito quente, nem muito fria – onde as temperaturas da superfície devem ser compatíveis com a água em estado líquido. É o que indica um cálculo hercúleo de três anos baseado em dados da sonda Kepler e realizado por Erik Petigura, estudante de pós-graduação da Universidade da Califórnia, em Berkeley.
A análise de Petigura representa um grande passo em direção ao objetivo principal da missão Kepler, que foi medir qual fração de estrelas parecidas com o Sol têm planetas do tamanho da Terra na galáxia. Às vezes chamado de "eta-Terra", se trata de um fator importante para a chamada equação de Drake, usada para estimar o número de civilizações inteligentes no universo. O artigo de Petigura, publicado na segunda-feira na revista Atas da Academia Nacional de Ciências, acrescenta mais uma nuance interessante em um cosmos que tem se mostrado cada vez mais amigável e fecundo ao longo dos últimos 20 anos.
"Parece que o universo produz inúmeros ambientes que de alguma forma se assemelham à Terra no sentido de que são propícios para a vida", disse Petigura.
Ao longo das duas últimas décadas, os astrônomos registraram mais de mil planetas em torno de outras estrelas, denominados exoplanetas, e a sonda Kepler, em seus quatro anos de vida, antes de sofrer um problema mecânico em maio passado, compilou uma lista de cerca de 3500 outros candidatos. Os próximos resultados podem suscitar planos para encontrar um planeta gêmeo da Terra nos próximos anos e décadas – uma Terra 2.0, como diz o jargão – perto o suficiente daqui para ser estudado.
Próxima página
Nenhum comentário:
Postar um comentário