Você soube antes – As denúncias publicadas pela revista “Veja” na edição deste final de semana (15 e 16 de setembro), supostamente vociferadas pelo publicitárioMarcos Valério Fernandes de Souza, réu já condenado pelo Supremo Tribunal Federal na ação Penal 470 (Mensalão do PT), não configuram qualquer novidade para os leitores do ucho.info, que há muito sabem de inúmeros detalhes proibidos do maior escândalo de corrupção da história nacional, endossado por ninguém menos que Luiz Inácio da Silva, o sempre inocente e traído Lula.
Ciente de que passará um bom tempo atrás das grades, Marcos Valério teria dito que o montante movimentado no Mensalão do PT ultrapassou com folga os R$ 55 milhões apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), tendo alcançado a incrível cifra de R$ 350 milhões. O primeiro átomo dessa matéria putrefata chamada mensalão surgiu no esquema de cobrança de propina em Santo André, assunto que culminou com o covarde e brutal assassinato do petista Celso Daniel, então prefeito da importante cidade paulista e que discordou do destino dado ao dinheiro imundo. Inicialmente, o dinheiro arrecadado serviria para financiar a campanha presidencial de Lula, em 2002, mas acabou proporcionando a compra de luxuosos imóveis para alguns integrantes do esquema.
Diferentemente do que afirma a cúpula do PT, a morte de Celso Daniel não foi um crime comum, mas o resultado de desentendimento entre políticos criminosos sobre dinheiro ilegal, que em parte estava depositado em contas bancárias no exterior. Após a morte do então prefeito petista, as contas registraram diversas movimentações, fato que passou despercebido dos olhos supostamente atentos das autoridades que investigaram o caso. Repatriar esse dinheiro da maneira menos ilegal possível era o grande desafio do partido, que precisava do produto da propina para quitar dívidas de campanha e custear os primeiros alicerces de uma base aliada obediente no Congresso nacional, pois Lula tinha de provar no Palácio do Planalto o messianismo destilado durante a corrida presidencial.
Foi então que surgiram os empréstimos bancários fictícios, que alguns ministros do Supremo insistem em rotulá-los como fraudulentos. Ora, um empréstimo só pode ser fraudulento se de fato existir. Como não existiram, os tais empréstimos apenas foram fictícios. O número de instituições financeiras envolvidas no esquema criminoso é muito maior do que acusa a PGR, mas a não produção de provas pela CPI dos Correios, por ordem do Palácio do Planalto, impediu o indiciamento de todos os participantes da farsa.
A operação consistia em transferir ao partido, aqui no Brasil, valores correspondentes aos depositados em bancos sediados em paraísos fiscais. As instituições envolvidas no crime mantêm no exterior, até hoje, bancos próprios ou correspondentes, o que em tese viabilizou o esquema de repatriação de dinheiro ilícito. Com o tempo, os tais empréstimos fictícios não seria liquidados, obrigando as instituições concedentes a incluírem os mesmos no item “prejuízo” dos respectivos balanços. Com a descoberta do escândalo, essa manobra não foi concretizada e alguns dos empréstimos acabaram na seara da cobrança.
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