Pela tangente – Como já era esperado, Lula fugiu da imprensa após publicação de matéria da revista Veja, que garante que Marcos Valério Fernandes de Souza tem repetido a interlocutores mais próximos que o ex-metalúrgico era o comandante do Mensalão do PT, inclusive do desvio de verbas públicas. Já condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e peculato, Marcos Valério afirmou que o montante de dinheiro movimentado no caixa do mensalão beirou os R$ 350 milhões.
A fuga de Lula, que em tempos outros não aconteceria, se deu momentos antes do comício do companheiro Fernando Haddad, em São Paulo, candidato petista à prefeitura paulistana. O comportamento de Lula serviu para referendar o conteúdo da reportagem, que desde a chegada da revista às bancas vinha sofrendo ataques por parte de aliados do ex-presidente.
Sem ter como se explicar, Lula escalou o governador da Bahia, Jaques Wagner, para falar com a imprensa sobre o assunto. Em São Paulo, onde participou do comício de Haddad, o governador baiano limitou-se a dizer que Lula jamais se encontrou com Marcos Valério. Tal declaração não minimiza a polêmica criada a partir do explosivo conteúdo da matéria e muito menos inocenta Lula das acusações que surgiram nas últimas horas. E só mesmo um incauto com todas as letras pode acreditar que o PT ficaria quieto se a entrevista com Marcos Valério não tivesse ocorrido e devidamente gravada.
Se por um lado a parcela pensante da sociedade está indignada, por outro já deveria saber que nenhum governante consegue passear no parlamento a bordo de medidas meramente populistas. Esse passeio se deu porque muitos dos integrantes da chamada base aliada receberam quantias polpudas durante longos meses.
Muito pior do que as entranhas do Mensalão do PT ora reveladas foi a forma como o Palácio do Planalto substituiu o esquema criminoso que garantiu apoio ao governo mais corrupto da história brasileira. Com o Mensalão do PT na alça de mira das autoridades, entrou em cena a transformação do governo em capitanias hereditárias, no qual partidos políticos receberam ministérios com porteira fechada, em quantidade compatível com o tamanho e a importância da legenda.
Só assim, com cada partido agindo por conta própria e se responsabilizando pelos escândalos, é que Lula conseguiu aprovar no Congresso Nacional a extensa maioria das matérias de interesse do governo. Esse modo estranho de fazer política, com o governante anuindo a corrupção, é muito mais danoso ao País do que o Mensalão do PT. É preciso dar um basta a esse criminoso status quo, antes que esses tutelados de Ali Babá acabem de uma vez com o Brasil. Ainda dá tempo!
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segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Lula se acovarda, foge da imprensa e acaba endossando as acusações do operador do Mensalão do PT
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