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FILIPE COUTINHO
BRENO COSTA
DE BRASÍLIA
BRENO COSTA
DE BRASÍLIA
O delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, envolveu o vice-presidente da República Michel Temer no suposto esquema de compra de apoio político ao ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda.
Em depoimento prestado à Justiça do DF nesta terça-feira (18), Durval Barbosa disse que ouviu de Arruda que conseguiu em 2007 o apoio do PMDB nacional pagando R$ 1 milhão por mês a Tadeu Filippelli, então deputado federal e atual vice-governador.
Alan Marques - 1º.abr.2011/Folhapress |
O ex-secretário do DF Durval Barbosa (Relações Institucionais), delator do esquema de corrupção que derrubou o governador José Roberto Arruda |
Durval disse que, segundo Arruda, parte deste dinheiro era destinado a Michel Temer --Arruda nega participação no esquema. "A partir de 2007, Arruda passou a alardear que atrairia para a base de sustentação de seu governo Tadeu Filippelli, o que seria feito com o apoio do PMDB Nacional", disse o delator.
"Arruda chegou a afirmar a diversas pessoas, inclusive ao depoente [Durval Barbosa], a entrega do valor mensal de R$ 1 milhão a Filippelli em troca desse apoio político. Os valores eram entregues ao Filippelli e seriam destinados em parte a Michel Temer", disse Barbosa.
No depoimento, Durval Barbosa não dá detalhes de como seria essa suposta entrega de dinheiro. À época, o PMDB distrital era controlado pelo ex-governador Joaquim Roriz, adversário de Arruda. Roriz então saiu do PMDB e o partido passou a apoiar Arruda.
"Arruda dizia que, se Filipelli tivesse pedido o dobro em troca do apoio, pagaria com o maior prazer", disse Durval Barbosa no depoimento.
Quando o caso estourou, em 2009, foi divulgado um vídeo no qual Durval Barbosa falava em pagamentos de R$ 1 milhão para Filippelli e seu interlocutor dizia que parte desse dinheiro era para Temer.
Esta foi a primeira vez que Durval falou em público sobre o caso e atribuiu supostos valores a Michel Temer.
OUTRO LADO
A assessoria do vice-presidente Michel Temer rechaçou as afirmações de Durval Barbosa. "É completamente fantasiosa a versão divulgada hoje pelo depoente. O vice-presidente repudia com veemência e indignação essas calúnias. E acrescenta que esse assunto jamais chegou aos seus ouvidos".
Em nota, Tadeu Filippelli afirmou que o depoimento de Barbosa é "irresponsável e absurdo". "Não sou parte ou sequer citado [na ação]". "Creio que o principal objetivo deste elemento, ao referir-se ao meu nome, é valorizar a sua condição de delator e tentar denegrir a minha imagem, sem que consiga apresentar nenhuma prova que sustente o que ele diz a meu respeito", afirmou o vice-governador.
Filippelli disse ainda que sua assessoria jurídica avalia que providências tomar contra Durval Barbosa.
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