segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A volta do Clube de Roma



O grupo globalista 'Clube de Roma', que publicou a obra eco-alarmista 'Os Limites do Crescimento' em 1972 volta a repetir a mesma cantilena, dessa vez na revista Foreign Affairs, do CFR (Conselho de Relações Exteriores, dos EUA), outro grupo integrante do globalismo tecnocrata ocidental.
Bjorn Lomborg diz que as novas predições sofrem das mesmas falhas fundamentais das antigas.

Membros do Clube de Roma, um grupo que ficou famoso quarenta anos atrás por predizer fomes mundiais devido à explosão populacional, defendeu suas projeções recentemente numa importante revista de assuntos externos.
“O triste fato é que apesar dos avisos do estudo, os seres humanos já estão sobrepujando a capacidade de sustentação da terra… se a sociedade humana não reduzir o tamanho de sua presença, os sistemas ecológicos que fortalecem seu bem-estar se desmoronarão”, disse Jorgen Randers, co-autor do livro best-seller do grupo, publicado em 1972, “The Limits to Growth” (Os Limites do Crescimento).
O co-autor Dennis Meadows disse que a hipótese do livro foi recentemente confirmada por uma declaração de um grupo de 105 cientistas acadêmicos, dizendo que o planeta está “caminhando para futuros alternativos com implicações graves e potencialmente catastróficas para o bem-estar humano”.
Os comentários vieram como uma refutação a um artigo escrito por Bjorn Lomborg que chamou as projeções do livro “fenomenalmente equivocadas”, mas o alarmismo ambientalista que ele produziu moldou a consciência popular desde então com “efeitos malignos”. O artigo de Lomborg e as refutações apareceram em edições sucessivas da prestigiosa revista “Foreign Affairs” (Assuntos Externos).
“The Limits to Growth” predisse que a explosão populacional e a escassez de matérias-primas trariam colapso econômico global. Mas o fato é que os preços caíram com a invenção de melhores técnicas de colheita e os recursos abundaram. “Então por que os autores entenderam errado? Porque ignoraram a ingenuidade humana”, Lomborg disse. Ao focalizar em campanhas marginalmente eficazes como reciclar, e questões importantes para os países desenvolvidos como proibir pesticidas eficientes, Lomborg disse que os alarmistas ambientais aniquilaram oportunidades para melhor saúde e crescimento econômico nos países em desenvolvimento. Até mesmo seus críticos confessam que o crescimento econômico, por sua vez, aumenta o investimento na proteção do meio-ambiente, disse ele.
Em suas novas predições, o grupo mudou o foco de metais preciosos para recursos naturais.
Randers publicou uma versão atualizada, “Club of Rome Report, 2025” (Relatório do Clube de Roma, 2025), em que ele prediz o derretimento da tundra. “Em resumo, o futuro é desagradavelmente semelhante ao ‘persistente cenário de poluição’ de The Limits to Growth”, concluiu Randers.
Em seu artigo, “Alarmism is Justified” (Há Justificação para o Alarmismo), os ambientalistas John e Mary Ellen Harte disseram: “The Limits of Growth acertou de forma sinistra… aumentos na população humana e níveis de consumo minam a sustentabilidade da sociedade humana”, disseram eles. “Sabemos como diminuir o problema da explosão populacional suprindo conhecimento de planejamento familiar e contraceptivos para mais de 100 milhões de mulheres que têm falta deles nos países em desenvolvimento”.
“Prestar contas pelo capital natural do mundo não é ser alarmista”, Frances Beinecke disse em seu artigo, “Ar puro, um clima estável, abundância de peixes, florestas exuberantes, água fresca… são os alicerces da prosperidade”. Beinecke é a presidente do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais, uma grande organização ambientalista com sede em Washington DC que estabeleceu relações com grupos de controle populacional no começo deste ano, passando por cima das objeções de alguns de seus funcionários pró-vida. Beinecke em outra publicação argumentou que “com a simples medida de suprir as necessidades existentes das mulheres de planejar e espaçar suas gravidezes, o crescimento populacional diminuirá e as emissões globais de carbono serão reduzidas entre 8 e 15 por cento — o equivalente de parar todo o desmatamento hoje”.
Lomborg diz que as novas predições sofrem das mesmas falhas fundamentais das antigas. “Todas as quatro críticas do meu artigo se apoiam na linguagem de calamidade para motivar as pessoas a agir”, disse ele, “que, em prejuízo do meio-ambiente, convence a sociedade de que precisa adotar metas ambientais imediatas, independente dos custos e benefícios”.

Publicado no 'Friday Fax' do C-FAM.

Tradução: Julio Severo


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