Na cobertura da cerimônia comemorativa do Dia da Marinha, O GLOBO de terça feira passada publicou um close de Dilma ladeada pelo MD CA e pelo comandante da MB. Parecia foto de velório. Dilma, mais carrancuda do que o normal, com olhar de paisagem, não fitava o MD. Este, com feição que aparentava grande contrariedade, parecia estar tentando dizer alguma coisa que a contrariava. O comandante da Marinha olhava os dois, de viés, aparentando, em sua fisionomia, um ar de tristeza e desalento, talvez, também, de subserviência. Ao que tudo indica o assunto era o reajuste dos militares e que a decisão já tinha sido tomada por Dilma: reajuste somente em 2013, mesmo assim, se sobrar dinheiro depois dos habituais assaltos consentidos aos cofres públicos.
A contrariedade do MD se explica pelo papel ridículo que ele vinha desempenhando ao defender, veementemente, e parece que também sinceramente, de boa fé, mais do que um reajuste, um alinhamento dos soldos dos militares às demais funções de Estado. Nesse sentido, não poupou palavras em suas diversas aparições, no Congresso, em entrevistas midiáticas e até mesmo em reuniões com os chefes militares. E é claro que o fez por orientação da comandante-em-chefe das FF AA. Porém, acreditava que ela era sincera. Nesse comenos o MD percebeu ter sido induzido a encenar uma grande farsa, que, certamente, lhe custará o cargo e o de seus três mosqueteiros desarmados e sem ânimo para defender as boas causas. Os quatro serão substituídos, como quem joga fora um objeto já desgastado pelo uso, inservível. Tudo ao estilo de um drama shakespeariano.
Resta uma dúvida, hamletiana: será que Dilma encontrará três generais de quatro estrelas para assumir os comandos de Força, vacantes, dispostos a fazer vistas grossas ante a implementação do sinistro plano destinado a transformar as FF AA brasileiras em exército do povo, nos moldes do de Fidel Castro, amigo de fé, irmão camarada de nossa comandante-em-chefe ?
BATALHA
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