Metrópoles investem em tecnologia para enfrentar o desafio de crescer sem esgotar os recursos naturais. Conheça os problemas e as soluções buscadas
Juliana Arini
Somadas, as regiões metropolitanas de São Paulo (foto) e Rio produzem 31% da riqueza e concentram 16,1% dos habitantes (Cristiano Mariz)
“Pensar globalmente, agir localmente”. Esse é um dos principais slogans das discussões sobre sustentabilidade. Há 20 anos, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Eco-92, no Rio de Janeiro, 179 países assinaram a Agenda 21, acordo que mudou a forma de pensar o desenvolvimento e os danos ambientais gerados pelo modo de vida humano. Como anfitrião da conferência da ONU pela segunda vez e ocupando uma posição de maior destaque no cenário internacional, o Brasil tem de mostrar a seus convidados da Rio + 20 que fez a sua parte.
Além da queda nos índices de desmatamento da Amazônia, o país pode exibir algumas soluções locais que apontam um caminho mais sustentável para as cidades brasileiras. As duas maiores vitrines são, é claro, Rio de Janeiro e São Paulo. Somadas, as regiões metropolitanas dessas cidades, produzem 31% da riqueza e concentram 16,1% dos habitantes ou 31,5 milhões de brasileiros.
De hoje à sexta-feira, quando se encerra a Rio+20, o site de VEJA tratará dos desafios da sustentabilidade em São Paulo e no Rio de Janeiro e as iniciativas que estão sendo tomadas para vencê-los. Serão abordados cinco temas: água, lixo, poluição do ar, reciclagem e – o primeiro assunto da série – a influência das metrópoles na exploração dos recursos da Amazônia.
São Paulo e Rio literalmente engolem a floresta. Um estudo do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) batizado “Fatos Florestais” estimou que, em 2009, de 5,8 milhões de metros cúbicos de madeira processada (serrada, beneficiada, laminada e compensada), 1 milhão foi consumido no estado de São Paulo. Ou seja, uma em cada cinco árvores cortada na Amazônia vai parar em São Paulo. Por sediar uma Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016, o Rio de Janeiro passou a competir seriamente com São Paulo no consumo de madeira.
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