segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Pesquisadores americanos apresentam o metal mais leve do mundo



Composto 99,99% por ar, a nova estrutura é mil vezes menos denso que a água e cem vezes mais leve que o isopor

Para comprovar a invenção, pesquisadores divulgaram uma foto em que o metal aparece sustentado por um 'dente de leão', planta famosa por sua leveza.
Para comprovar a invenção, pesquisadores divulgaram uma foto em que o metal aparece sustentado por um 'dente de leão', planta famosa por sua leveza. (Universidade da Califórnia, Laboratórios HRL e Instituto de Tecnologia da Califórnia)
Uma equipe de cientistas da Universidade da Califórnia, dos Laboratórios HRL e do Instituto de Tecnologia da Califórnia anunciou nesta sexta-feira, dia 19, a invenção do metal mais leve do mundo.
Apresentada no número desta semana da revista “Science”, a invenção consiste em uma estrutura que combina 0,01%  de material sólido (tubos ocos fabricados com níquel) com 99,99% de ar. De acordo com os pesquisadores, o metal tem um milésimo da densidade da água e pesa cem vezes menos que o isopor.
“O truque foi produzir uma rede interligada de tubos ocos, com uma parede de espessura cerca de mil vezes mais fina que um fio de cabelo humano', afirmou o autor do estudo, Tobias Shandler, ao jornal ‘Los Angeles Times’. Ainda para o jornal, Bill Carter, responsável pelos materiais construídos nos Laboratórios HRL, disse que o metal pode ser construído com materiais diferentes do níquel, que foi utilizado apenas por ser mais simples de se fabricar.
Além de leve, o novo metal também é resistente. Os pesquisadores o submeteram a estresse térmico, vibração, descarga elétrica e, após ser comprimido por uma alta pressão, o material se recuperou até alcançar 98% de seu volume original.
Os cientistas buscam determinar agora possíveis usos para o metal. Dentre as possibilidades levantadas estão usos na indústria aeroespacial, em tecidos para isolamento acústico e para absorção de impacto e na fabricação de novos modelos de bateria.

Com Agência EFE

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