terça-feira, 22 de novembro de 2011

FARSAS E FARSANTES






Autor:  Cleoffas Cavalcante/AMAN 58 – Cav.
Primeira parte

OS  DOIs_CODIs
       (Light...)

Primórdios


Os DOIs/CODIs, denominação de Destacamentos de Operações de Informações, braços armados dos Centros de Operações de Defesa Interna do EB, foram criados ao fim da década dos anos 60, século passado, sob supervisão do CIE, Centro de Informações do Exército e controle das Regiões Militares – as subdivisões territoriais dos Grandes Grupos Militares do Exército á época, seja. I, II, III, IV Exércitos e Comando Militar da Amazônia – e instalados nas Regiões Militares que se faziam palco das atividades subversivas dos ditos grupelhos de aloprados comunistas que propugnavam pelas “liberdades democráticas” (sic) e democratização à La Cubana do nosso país submetido, segundo a ótica de tais trastes vermelhos, a uma “perversa e odiosa ditadura militar a soldo do imperialismo Yanque” (sic).
Por que foram criados?
Para a isto entender, teremos que voltar no tempo, para a década de 1960, e recordar dados e premissas em vigor a tal época no afetar o mundo em geral e se fazer presente e interferir na política nacional em curso por aquele tempo.
Em apertada síntese, recordemos:
 No campo político internacional, àquela época, acontecia uma acirrada guerra ideológica (denominada de guerra fria entre USA e URSS – por vezes a descambar para grandes conflitos armados (Coréia, Vietnam, etc.) – a ter como forças opostas a bem propagandeada “civilização ocidental cristã” sob a liderança do dito “grande capital”, firmemente assentado e ao comando do governo dos USA; a outro lado, os bárbaros comunistas, ateus e “comedores de criancinhas” que sob a liderança da URSS, da China e de Cuba agitavam e manobravam politicamente a povos e governos alvos através de três específicas vertentes ou linhas “revolucionárias” (a de Moscou, a chinesa e a cubana); tudo, no visar à conquista do poder ou “pudê” (segundo nossa bancada política NE) do país onde atuavam. Segundo a linha de Moscovita aqui no Brasil representado pelo PCB, não se estaria ainda à hora de partir para a luta armada. Isto só seria possível depois de implantado no país o “socialismo” (sic) ao qual então se sucederia um “inevitável” xeque mate aplicado por cima da local e espoliadora burguesia e no daí resultar a “inevitável” implantação da então “gloriosa” e ‘libertadora” (sic) “ditadura do proletariado” (Marx). Segundo tal linha, a revolução seria por obra e feito de um já doutrinado contingente do operariado industrial urbano e a nesse pensar, obrigou o PCB e seus reboques e trastes a terem de atuar de preferência frente e junto às massas operárias de SP e RJ. Como modus operardes quanto a então burguesa representação política existente, preconizavam a infiltração e domínio, pouco a pouco, do decrépito, corrupto e fajuto 

Congresso Nacional àquele tempo em funcionamento e ao que parece, até hoje ao mesmo modo de existir e funcionar.
Já os adeptos da Linha Chinesa e congêneres, instalados nos governos “populares” da China, Albânia e outros países asiáticos, por sua vez, receitavam aos Estados burgueses como o nosso, caracterizadamente agro-pastoris e de incipiente industrialização, a conseqüente “libertação” e tomada do “pudê” pela guerrilha e a mesma no se organizar e partir do meio rural. Sonho e pesadelo da tupiniquim cambada da VPR e do PC do B (Stela Carabina, Lamarca, Onofre, Pomar, Gabões e vários outros canalhas comunistas) que por aqui no Brasil a esposaram e que foram – a exceção de uns poucos, entre eles Stela Carabina, – devidamente enterrados a sete palmos de profundidade em nosso gentil solo pátrio.
Mas a moda mesmo, o frison, era a recém criada teoria do foquismo bolada pela turma de Fidel Castro e pela qual pretendiam exportar e implantar o comunismo a toda América Latina e África. Contava com o sucesso de ter sido uma receita vitoriosa em Cuba por ocasião em que Fidel Castro e caterva botaram para pastar a Fulgêncio Batista e máfia americana que tinham transformado a ilha num prostíbulo e também seleto parque de diversões da burguesia americana. Contava com o apoio material e financeiro da URSS que os tolerava no assim dizer, a ver que bicho iria dar ou nascer dessa nova fórmula. Propagandeada pela mídia a moldes hollywoodianos, a exaltar seus cabeludos, barbados e militarizados meliantes, produziram orgasmos cívicos nas deturpadas mentes de uma nossa minoritária pequena burguesia estudantil universitária que de há muito vinha sendo doutrinada pelos corpos docentes dominados e compostos de comunistas a agitarem e saltitarem pelas principais universidades públicas do País. Justo dizer, esse bando estudantil de alienados ideológicos ainda não se fazia viciado em drogas. A época, tal opção – “Uma boa! Bicho...” - ainda não se fazia corriqueira como atualmente se faz no campus da USP e a droga era algo de caro valor inacessível a tal  universo composto em sua maioria de “pés de chinelo”.
Consistia tal fórmula mágica Foquista no desenvolver a uma tática subversiva de fácil aplicação a ser executada e vitoriosa por quando da tomada do poder ou “pudê” em Cuba. Tinha ocorrido com êxito de quando executada por Fidel Castro e a consistir na criação de vários grupos guerrilheiros dispersos por regiões de difícil acesso e de onde, de surpresa, partiam ataques contra as forças burguesas de reação quase por sempre acantonadas em vilarejos não muito distantes dessas áreas sob influência guerrilheira. Conforme os tais focos fossem se fortalecendo, reunir-se-iam em então chamadas ‘frentes’ ou ‘colunas’ que promoveriam ataques de maior envergadura e porte, até se chegar ao grande final, a grande e definitiva ofensiva à sede do decadente governo burguês então a existir. No assemelhar ao que acontece de quando da forma terminal em um corpo humano acometido de uma infecção geral oriunda de pequenos focos preexistentes. Porém, aos novos alunos adeptos dessa linha se calavam os instrutores de quanto à necessidade de o corpo a ser inoculado deveria já se apresentar combalido e fraco, graças a doenças já neles existente (férreas ditaduras de direita, corrupção desenfreada, entreguismo, etc.).                   

Derrocada do janguismo/populismo/comunismo

Nesse quadro ideológico acima a reinar em 1963/4, e no se estar sob a primazia e tutela do PCB (linha russa, pacífica) o direcionamento da política subversiva em curso no país, aproveitam-se os comunistas para surfarem na maionese por quanto de uma inteligente tática de sustentar e apoiar os estertores terminais do retrógrado fascismo pelego sindicalismo oriundo da era Vargas e que dois políticos e latifundiários gaúchos, o então presidente Jango e seu cunhado Brizola insistiam no continuar manter vivo e atuante no país. Embriagados pela facilidade com que se articulavam no governo janguista, o PCB......            
 ( A continuar. Em elaboração`)

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