Autor: Cleoffas Cavalcante/AMAN 58 –
Cav.
Primeira parte
OS DOIs_CODIs
(Light...)
Primórdios
Os DOIs/CODIs, denominação de Destacamentos de Operações de Informações,
braços armados dos Centros de Operações
de Defesa Interna do EB, foram
criados ao fim da década dos anos 60, século passado, sob supervisão do CIE, Centro de Informações do Exército e controle das Regiões Militares – as subdivisões
territoriais dos Grandes Grupos Militares do Exército á época, seja. I, II,
III, IV Exércitos e Comando Militar da Amazônia – e instalados nas Regiões
Militares que se faziam palco das atividades subversivas dos ditos grupelhos de
aloprados comunistas que propugnavam pelas “liberdades democráticas” (sic) e
democratização à La Cubana do nosso país submetido, segundo a ótica de tais
trastes vermelhos, a uma “perversa e odiosa ditadura militar a soldo do
imperialismo Yanque” (sic).
Por que foram
criados?
Para a isto
entender, teremos que voltar no tempo, para a década de 1960, e recordar dados
e premissas em vigor a tal época no afetar o mundo em geral e se fazer presente
e interferir na política nacional em curso por aquele tempo.
Em apertada
síntese, recordemos:
No campo
político internacional, àquela época, acontecia uma acirrada guerra ideológica
(denominada de guerra fria entre USA e URSS – por vezes a descambar para
grandes conflitos armados (Coréia, Vietnam, etc.) – a ter como forças opostas a
bem propagandeada “civilização ocidental cristã” sob a liderança do dito
“grande capital”, firmemente assentado e ao comando do governo dos USA; a outro
lado, os bárbaros comunistas, ateus e “comedores de criancinhas” que sob a
liderança da URSS, da China e de Cuba agitavam e manobravam politicamente a
povos e governos alvos através de três específicas vertentes ou linhas
“revolucionárias” (a de Moscou, a chinesa e a cubana); tudo, no visar à
conquista do poder ou “pudê” (segundo nossa bancada política NE) do país onde
atuavam. Segundo a linha de Moscovita aqui no Brasil representado pelo PCB, não
se estaria ainda à hora de partir para a luta armada. Isto só seria possível
depois de implantado no país o “socialismo” (sic) ao qual então se sucederia um
“inevitável” xeque mate aplicado por cima da local e espoliadora burguesia e no
daí resultar a “inevitável” implantação da então “gloriosa” e ‘libertadora”
(sic) “ditadura do proletariado” (Marx). Segundo tal linha, a revolução seria
por obra e feito de um já doutrinado contingente do operariado industrial
urbano e a nesse pensar, obrigou o PCB e seus reboques e trastes a terem de
atuar de preferência frente e junto às massas operárias de SP e RJ. Como modus
operardes quanto a então burguesa representação política existente,
preconizavam a infiltração e domínio, pouco a pouco, do decrépito, corrupto e fajuto
Congresso
Nacional àquele tempo em funcionamento e ao que parece, até hoje ao mesmo modo
de existir e funcionar.
Já os adeptos
da Linha Chinesa e congêneres, instalados nos governos “populares” da China,
Albânia e outros países asiáticos, por sua vez, receitavam aos Estados
burgueses como o nosso, caracterizadamente agro-pastoris e de incipiente
industrialização, a conseqüente “libertação” e tomada do “pudê” pela guerrilha
e a mesma no se organizar e partir do meio rural. Sonho e pesadelo da tupiniquim
cambada da VPR e do PC do B (Stela Carabina, Lamarca, Onofre, Pomar, Gabões e
vários outros canalhas comunistas) que por aqui no Brasil a esposaram e que
foram – a exceção de uns poucos, entre eles Stela Carabina, – devidamente
enterrados a sete palmos de profundidade em nosso gentil solo pátrio.
Mas a moda
mesmo, o frison, era a recém criada teoria do foquismo bolada pela turma de
Fidel Castro e pela qual pretendiam exportar e implantar o comunismo a toda
América Latina e África. Contava com o sucesso de ter sido uma receita
vitoriosa em Cuba por ocasião em que Fidel Castro e caterva botaram para pastar
a Fulgêncio Batista e máfia americana que tinham transformado a ilha num
prostíbulo e também seleto parque de diversões da burguesia americana. Contava
com o apoio material e financeiro da URSS que os tolerava no assim dizer, a ver
que bicho iria dar ou nascer dessa nova fórmula. Propagandeada pela mídia a
moldes hollywoodianos, a exaltar seus cabeludos, barbados e militarizados
meliantes, produziram orgasmos cívicos nas deturpadas mentes de uma nossa
minoritária pequena burguesia estudantil universitária que de há muito vinha
sendo doutrinada pelos corpos docentes dominados e compostos de comunistas a
agitarem e saltitarem pelas principais universidades públicas do País. Justo
dizer, esse bando estudantil de alienados ideológicos ainda não se fazia
viciado em drogas. A época, tal opção – “Uma boa! Bicho...” - ainda não se
fazia corriqueira como atualmente se faz no campus da USP e a droga era algo de
caro valor inacessível a tal universo
composto em sua maioria de “pés de chinelo”.
Consistia tal
fórmula mágica Foquista no desenvolver a uma tática subversiva de fácil
aplicação a ser executada e vitoriosa por quando da tomada do poder ou “pudê”
em Cuba. Tinha ocorrido com êxito de quando executada por Fidel Castro e a
consistir na criação de vários grupos guerrilheiros dispersos por regiões de
difícil acesso e de onde, de surpresa, partiam ataques contra as forças
burguesas de reação quase por sempre acantonadas em vilarejos não muito
distantes dessas áreas sob influência guerrilheira. Conforme os tais focos
fossem se fortalecendo, reunir-se-iam em então chamadas ‘frentes’ ou ‘colunas’
que promoveriam ataques de maior envergadura e porte, até se chegar ao grande final,
a grande e definitiva ofensiva à sede do decadente governo burguês então a
existir. No assemelhar ao que acontece de quando da forma terminal em um corpo
humano acometido de uma infecção geral oriunda de pequenos focos preexistentes.
Porém, aos novos alunos adeptos dessa linha se calavam os instrutores de quanto
à necessidade de o corpo a ser inoculado deveria já se apresentar combalido e
fraco, graças a doenças já neles existente (férreas ditaduras de direita,
corrupção desenfreada, entreguismo, etc.).
Derrocada do
janguismo/populismo/comunismo
Nesse quadro
ideológico acima a reinar em 1963/4, e no se estar sob a primazia e tutela do
PCB (linha russa, pacífica) o direcionamento da política subversiva em curso no
país, aproveitam-se os comunistas para surfarem na maionese por quanto de uma
inteligente tática de sustentar e apoiar os estertores terminais do retrógrado
fascismo pelego sindicalismo oriundo da era Vargas e que dois políticos e
latifundiários gaúchos, o então presidente Jango e seu cunhado Brizola
insistiam no continuar manter vivo e atuante no país. Embriagados pela
facilidade com que se articulavam no governo janguista, o PCB......
( A continuar.
Em elaboração`)
Nenhum comentário:
Postar um comentário